Nasceu em Teófilo Otoni, Minas Gerais, em 30 de julho de 1930.
Filho de José Affonso e Lindaura Alves Affonso.
No meio radiofônico, porém, ele é o Paulo Cachoeira, que em 1957, veio para Barbacena a convite do amigo Conde Orfeu Bonato, para trabalhar no Cine Teatro Palace, como aprendiz de operador de máquinas.
No mesmo ano, se deixou fisgar pelo rádio: arranjou um emprego paralelo, na função de operador de externas na Rádio Barbacena, para onde foi levado pelo diretor técnico da emissora, Marinho Luiz da Rocha.
Na Rádio Barbacena, teve como companheiro de trabalho Nilo Milagres.
Pouco tempo depois foi convidado pelo próprio Marinho Luiz da Rocha, à época, funcionário também da Rádio Correio da Serra, para trabalhar na emissora na função de diretor-técnico.
[...Atendendo ao convite do amigo Marinho Rocha passei a trabalhar nas duas rádios. Ressalto que, Marinho Rocha foi o responsável pela formação a partir daquele momento da “dupla” Nilo Milagres e Paulo Cachoeira.
Praticamente, eu e o Nilo, passamos a operar tecnicamente nas duas emissoras.
Havia respeito mútuo e o nosso trabalho era conduzido em dualidade.
Cercado de respeito humano e profunda harmonia profissional...] enfatiza Paulo...].
Paulo Affonso relata com orgulho do dia em que chegou a Rádio Barbacena, levado pelas mãos do companheiro Marinho Rocha, com quem tinha uma profunda amizade:
[...Professor Marinho, além de muito humilde, era competente e todos o respeitavam como um dos melhores homens que o rádio já teve.
Foi ao lado do “alemão” Bodo Grandcke um dos fundadores da Rádio Barbacena e um dos pilares técnicos da Rádio Correio da Serra.
Com ele tive além de bom trânsito nas duas rádios, a oportunidade de crescer como cidadão e profissional...].
Para Paulo Cachoeira, foi uma honra ter trabalhado ao lado dos amigos Marinho e Nilo Milagres:
[..Senti muito quando o Nilo Milagres se transferiu para Santos Dumont, indo trabalhar na Rádio Cultura.
Éramos companheiros e juntos participamos dos momentos alegres e tristes das nossas rádios.
Para mim, Nilo, era o mais capacitado e me passou importantes ensinamentos em relação à radiodifusão. Ele, quase não se separava do Marinho. Era uma pessoa muito educada e prestativa.
Além dos dois amigos, tive a felicidade de conviver com outros nomes do rádio como Enir de Magalhães Costa e o Nélson Silva, o “Batatinha” responsável pela condução do programa Alvorada na Roça. Recordo-me também dos companheiros Antônio Joaquim, Orlando Luiz da Silva, professora Terezinha Abreu, Nilton Bergamaschi, Ivair Toledo de Paiva, Dauri Rocha, José Fernandes Paraíso, Benedito Souza Fontes, Manuel Carvalho Caldas, Malu Assis, Armando Santiago, Walmick Campos, Benedito Fernandes Carlos, Barbosa Silva, Sérgio Fernandes, Adauto Ayres Machado, Olinto Moreira de Faria, Paulo Barbosa, Nadyr da Silveira, Marcus Vinicius Moreira Paes, Odécio Reis, Osmarino Eustáquio Coelho “Bolinha”, Cristóvam Abranches, Rogério Varandas, José Francisco Beraldo Rigotti, Mauro Filho, Rogério Barbosa e tantos outros.
Juntos atravessamos uma das maiores fases do rádio em Barbacena, respeitando e fazendo um rádio de verdade...].
Paulo Cachoeira, independente das funções técnicas, também contribuiu para com o departamento artístico da Rádio Correio da Serra com a idealização e apresentação de Rancho dos Violeiros que marcou época e fez sucesso durante dez anos.
Quanto ao apelido de “Cachoeira” ele esclarece que o mesmo foi lhe dado por um locutor natural do Rio de Janeiro de sobrenome Brasil, com uma curta passagem pela Rádio Correio da Serra:
[...Prá começo de conversa, o apelido apareceu de repente. Partiu deste locutor “Brasil”. Não me lembro o nome correto. Ele ficou pouco tempo na rádio. Conhecia-o apenas como Brasil.
Um dia, no ar, em tom de brincadeira, ele apelidou-me de “Cachoeira”.
Foi colocado pelo destino e em tom de brincadeira. Nada preparado.
A partir daí, os ouvintes e, principalmente, os companheiros da Rádio Correio, gostaram e o “Cachoeira” pegou. Foi assim comigo, com os outros também...].
Paulo Alves Affonso conhecido tanto pelo seu profissionalismo quanto pela coragem de dizer o que pensa. Uma das maiores preciosidades do rádio.
Da época em que a radiodifusão era “florescente”.
Enfim, um radialista que fez do rádio um trabalho útil; debaixo da maior humildade.
Afasto-se definitivamente do rádio em 20 de abril de 1995.
Ao longo de 38 anos de profissão, Paulo Affonso, hoje, mora em Barbacena amparado pelo amor e dedicação da esposa Ercilia Maria Affonso.
FONTE
Paulo Alves Affonso “Cachoeira”.
Depoimento em abril de 2005.
Ercilia Maria Affonso.
Apoio documental
PRÓXIMA POSTAGEM
Padre Symphrônio de Castro “Padre Symphrônio”.
Rádio Barbacena. MG.
Notável personalidade
Há 2 dias
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