segunda-feira, 14 de junho de 2010

ISLAM GOMES DA SILVA "LANZINHA"

ISLAM GOMES DA SILVA

Nascida em Barbacena em 17 de fevereiro de 1932.
Filha de Silvio Gomes da Silva e Carolina Gomes da Silva.

Esta é uma pequena história a respeito da radialista Islam Gomes da Silva que, possuidora de uma sabedoria sutil, gestos espontâneos e cheios de vida, muito contribuiu para com a cultura radiofonizada através da Rádio Barbacena AM.

Sempre presente na vida da emissora, localizada à rua 1º de Maio, Edf. José Francisco, onde iniciou carreira em 1951.

Orientando-se através da sua própria percepção, se tornou querida dos companheiros da Rádio Barbacena e respeitada pela administração na época, composta pelo Gerente Administrativo Carlos Alberto Gonçalves, Vicente Carneiro, Chefia de Escritório e pelo Diretor Artístico Romeu Rainho.

Discípula de Altair Sampaio e Maria de Lourdes Tostes apresentou durante o ano de 1952, o programa “As Suas Ordens” horário líder em audiência. Diga-se de passagem, horário lhe passado pela companheira Síria Acib Tão, a “Síria Kemil” que na época, se encontrava em processo de afastamento da emissora.

Durante a sua jornada como radialista, trilhou um caminho de luz pontilhado pela amizade dos companheiros Carlos Alberto Gonçalves, Romeu Rainho, Vicente Carneiro, Walmick Campos, Nadyr da Silveira, José Francisco dos Reis Fortes, Paulo Jorge Barbosa, Benedito Fernandes Carlos, Barbosa Silva, Maria de Lourdes Tostes, Altair Sampaio e Síria Kemil.

Islam Gomes, além das atividades junto a Rádio Barbacena, exercia a função de professora primária junto ao Grupo Escolar “Amílcar Savassi” e nas horas de lazer ocupava-se com a pintura, tendo realizado entre os anos de 1960 e 1962 uma série de trabalhos.

Uma pessoa simples que prestou atenção na vida!
Que contribuiu para a vida com seu potencial.

Que levou para a vida as coisas consideradas comuns transformando-as em momentos especiais através do ensino e do contato diário com seus alunos, da arte estampada nas telas que criou e, principalmente, pelas mensagens colocadas no ar e que ditaram o tom do seu estilo de vida.

Uma radialista exemplar que pelos microfones da Rádio Barbacena nós proporcionou e que deu a si própria um amor intenso, apaixonado, transformando-os, em luz. Foi uma rara mulher!

Aceitou a vida como ela é e se sentiu cheia de alegria.
Faleceu no dia 11 de junho de 1969. Final de outono.

Fonte
Ivan Gomes de Azevedo.
Depoimentos em junho e setembro de 2005.
Merle Ivani Azevedo Varandas.
Depoimento em setembro de 2005.
José Theodorico de Paula. Radialista, Advogado e autor.
"Os Primeiros Tempos da Emissora ZYL 8 Rádio Barbacena". Janeiro/1976.

PRÓXIMA POSTAGEM
Walter Möller. Jornalista e radialista.
Rádio Barbacena AM.

JANE SAMPAIO SILVA

JANE SAMPAIO SILVA

Jane Sampaio Silva é natural da cidade de Passos, MG.
Nascida em 3 de setembro de 1962.
Filha de Nelson Fernandes da Silva e Maria Salete Sampaio.

Foi criada no Rio de Janeiro, com seus tios, mais tarde vindo definitivamente morar em Barbacena em companhia de seus pais.

É graduada em Letras, pela Fundação Presidente Antônio Carlos e Pós Graduada em Língua Portuguesa, Literatura Brasileira e em Psicopedagogia Institucional.

Fez vários cursos secundários como Inglês, Jornalismo Intensivo Prático, Comunicador Social, Teatro “LAC” (Letras, Arte e Cultura), Modelo Fotográfico, Informática, Oficina de Redação, Leitura Dinâmica, Guia de Turismo de Cidades Históricas de Minas Gerais e Libras (Linguagem Brasileira de Sinais).

Lecionou Inglês para o Ensino Fundamental e Médio nas Escolas Aplicação e Escola Estadual Henrique Diniz.

A partir daí recebeu convite para trabalhar nos meios de Comunicação dando início a sua carreira artística descobrindo, portanto, a sua vocação como sonoplasta, locutora noticiarista, redatora e repórter.

Iniciou-se na Rádio Correio da Serra AM nos anos 80 na função de sonoplasta e locutora. Em 1 de agosto de 1989, passou a acumular as funções de apresentadora e produtora de comerciais.

Na Correio da Serra fez programas diversificados além de colaborar com a divisão de jornalismo. Idealizou e apresentou o programa “Bom Dia Barbacena”.

Por vários anos desempenhou colaborou como locutora oficial, de Campanhas Políticas da família Andrada.

Gravou inúmeros comerciais e sua voz já passou por várias outras emissoras como rádios de Juiz de Fora, Congonhas, Lafaiete, Santos Dumont e Carandaí. Também fez gravações de áudio para a TV Globo de Juiz de Fora.

A partir de 1990, foi contrada pela Rádio Fama FM de Carandaí em 1990 onde apresentou “Arte Musical”, “A volta das melhores na 88,5”, “No Stop”, “Super Dose” e “Até que enfim é sábado” (em parceria com Pedro Gurgel).

Em 1996, voltou para Barbacena contratada pela Rádio 104,5 FM.
Na emissora apresentou os programas “Arco da Velha”, “Top Hitz” e “Dance Mania”.

Jane Sampaio recebeu várias homenagens, dentre as quais:
Ano: 1992 - Moção da Câmara Municipal de Barbacena por “Relevantes Serviços Prestados a Radiodifusão Rádios Correio da Serra AM e Fama FM”.
Ano: 1993 - Diploma de Honra ao Mérito do Lions Clube de Barbacena Cidade das Rosas pelos relevantes serviços prestados à comunidade.
Ano: 1994 - Moção da Câmara Municipal de Barbacena pelos trabalhos prestados junto à Rádio Correio da Serra AM, na transmissão da apuração das eleições de 1994.

Atualmente, Jane Sampaio afastada dos microfones e residindo em Barbacena continua atualizando-se com o tempo. Procurando criar espaços novos e se doar para outras coisas.

Ao rádio, e, principalmente, ao seu público que sempre a incentivou com seu carinho, Jane Sampaio Silva só precisa dizer de coração aberto, “muito obrigado”.

FONTE
Jane Sampaio da Silva.
Depoimento em março de 2006.

PRÓXIMA POSTAGEM
Islan Gomes da Silva.
Rádio Barbacena AM.

LUIZ CLÁUDIO DE SOUZA PRENASSI

LUIZ CLÁUDIO DE SOUZA PRENASSI

Prezado Rogério Varandas e amigos do blog Radiodifusão,

Nasci em Barbacena em 26 de junho de 1968.
Sou filho de Altair Prenassi e Eloísa de Souza Prenassi.

Descrever o que foi o meu trabalho na Rádio Sucesso FM não é muito difícil, mas desafiador. Tão desafiador quanto foi tentar modificar uma estrutura estabelecida, uma rota bem definida em uma rádio de uma cidade tão “conservadora” e ao mesmo tempo tão carente quanto Barbacena em meados de 1980.

Minha paixão por música vem de família, mas meu contato com rádios se deu antes mesmo do nascimento da Sucesso FM, quando eu passava horas ouvindo e aprendendo com as Rádios Cidade e Transamérica FMs do Rio de Janeiro e a extinta Manchester FM de Juiz de Fora.

Após o nascimento da A.B.C. Rádio e Televisão/Sucesso FM em novembro de 1985, não reclamava em subir e descer a pé, pelo menos três vezes por semana, o “morro do DEMAE”, primeiro estúdio da rádio.

Claro que muitas vezes também contava com a carona de meus pais que entendiam o meu fascínio pelo assunto, pois meu pai Altair Prenassi, foi locutor da Rádio Barbacena AM e colega do então também locutor iniciante, Hélio Calixto da Costa.

Nestes momentos de visita à rádio, eu aprendia a utilizar a voz, gravar e operar a mesa do estúdio de gravação aprendia tudo sobre música com Manoel Antônio e, vez por outra, sentia um frio na barriga, quando Rogério Barbosa me chamava “no ar” para falar sobre alguma coisa.

Em 1987, com 19 anos, resolvi morar em Juiz de Fora para estudar para o vestibular. Para ajudar nos custos, precisa trabalhar e não pensei duas vezes antes de me candidatar a um estágio para locutor da Rádio Manchester FM, até então, a única FM na cidade.

Aprovado no teste, após dois meses, comecei a fazer as madrugadas da rádio. Nessa época, já cursava a Faculdade de Administração de Empresas na UFJF e a conciliação de horários já estava bastante complicada.

Com experiência suficiente, comecei a gravar comerciais na Sucesso FM nos fins de semana. Não demorou muito para o amigo Rogério Barbosa me convidar para fazer o Let’s Dance, aos sábados, no horário de 08:00 à meia noite. Era tudo que eu queria: na faculdade, como todos desejavam, e trabalhando em duas rádios de cidades diferentes.

A Sucesso FM era referência em tecnologia, lançamentos musicais, jornalismo, mas um toque de irreverência e algo “fora dos padrões estabelecidos” precisava acontecer. Ora, as minhas referências como rádio continuavam a ser as rádios do Rio de Janeiro e precisava colocar isso em prática.

Passei um mês elaborando um projeto para um programa que pudesse substituir o Let’s Dance. A primeira barreira foi o nome. Eu pensava: “tem que ser algo fora dos padrões. Tem que chocar para ser diferente”.

Foi numa tarde de um dia de junho de 1989 que, novamente, subi o morro da rádio para apresentar o novo projeto ao Rogério Barbosa e ao José Rubens de Albuquerque. Aprovado, na semana seguinte todas as vinhetas, produzidas na Manchester FM de Juiz de Fora, já estavam prontas e a chamada para o lançamento do PARANÓIA estava no ar.

A receita era simples: muita música, poucos intervalos comerciais e muita promoção e sorteios. A irreverência ficava por conta de uma locução voltada para o público jovem, ou seja, o tom de voz muito alta, com a fala muito rápida e, às vezes, com a presença de alguns palavrões, padrão muito utilizado no Rio nesta época, como eu queria.

Outra marca do programa era o combate á música “brega”, mas sem intenção nenhuma de ofensas, mas de brincar e divertir. O alvo do quadro, chamado de Momento Brega, normalmente, era o nosso amigo e ANIMAL Zé Rural, que também não me poupava em todas as manhãs da rádio.

Claro que não posso me esquecer dos outros quadros como o Melhor de três, Mini-especial, Reumatismo e o Paranóia na Madrugada. Aliás, o PARANÓIA inovou tanto que conseguiu, depois de muita “briga” com o José Rubens, diminuir o tempo da Madrugada Sucesso aos sábados, que passou a ter início às 2 da madrugada.

A novidade emplacou, a audiência comprou a idéia e não faltavam patrocínios para o programa. O tiro foi certeiro, o sucesso era inevitável, mas a irreverência era demais, na visão de alguns poucos. Tive vários problemas com a direção da rádio no início que reclamava do excesso de palavras “não muito ortodoxas” durante o programa. Palavras que hoje em dia fazem parte do nosso vocabulário diário e até de dicionários.

Lembro-me de uma manhã de segunda-feira em que a direção da Sucesso me ligou dizendo que um padre havia ligado a rádio no sábado à noite e estava indignado com as coisas que ouviu e que a rádio precisava tomar providências. Eu disse: “ora, o que um padre faz no sábado à noite ouvindo rádio e músicas que não lhe interessam?

Além do mais, estamos em um pais democrático. É só ele desligar o rádio que não ouvirá o que não quer. E por fim, o meu público-alvo é o jovem e prefiro falar a língua dele para continuar garantindo a audiência”, argumentos que tiveram que ser aceitos, apesar de estarem contrariados.

O PARANÓIA inovou muitas atitudes, expressões e ditou moda na música de Barbacena. A partir de 1990, em parceria com o amigo Marco Antônio Dias, que apresentava o Rock da 101 aos sábados ás 5 da tarde, iniciamos a série de festas no Clube Barbacenense, chamadas de Noite do Paranóia.

A partir de 1991, me dediquei somente a Rádio Sucesso nas noites de sábado para não prejudicar meus estudos.

A parceria com Marco Antônio rendeu vários projetos de shows e eventos, entre eles o lançamento em Barbacena do grupo paulista Tek Noir e do grupo mineiro Skank, até então desconhecidos que em maio de 1993, colocou mais de 2.000 pessoas no Hirondelles Fort Country no lançamento de seu primeiro CD.

A partir de 1993, utilizando o apoio e o prestígio que a Sucesso FM me trazia, investi em produções de peças de teatro em parceria com as amigas Maria da Glória Bittar “Gogóia” e Kátia Cilene. Barbacena pode conhecer de perto o trabalho de atores famosos como Maria Zilda, Stepan Nercessian, Marcelo Faria, André Gonçalves, Carlos Alberto, Priscila Camargo, Cristina Oliveira, Ângela Vieira, Fábio Assunção e Silvia Bandeira.

O PARANÓIA ficou no ar até final de 1997, quando resolvi que não tinha mais fôlego para aquele tipo de locução e que precisava dar outro rumo à minha vida profissional. Foram 10 ótimos anos de trabalho com a certeza de ter deixado minha assinatura no tempo e na história e de ter aberto portas para outros seguirem a mesma direção.

Depois do término do PARANÓIA à convite da Sucesso FM, fizemos um PARANÓIA REMEMBER em novembro de 2005, em comemoração aos 20 anos da emissora.

Meu compromisso, a partir daí, foi de fazer um programa por ano, no mês de novembro, a cada aniversário da rádio. Com certeza será sempre um prazer rever os tantos amigos que fiz ao longo de 10 anos de trabalho na Rádio Sucesso FM de Barbacena!!!

Nota:
Atualmente, residindo em Juiz de Fora ao lado de seus familiares, Luiz Cláudio de Souza Prenassi administra (direção e programação) a Webradio Paranóia com o apoio do jornalista Marco Antônio Dias.

FONTE
Luiz Cláudio de Souza Prenassi.
Depoimento em abril de 2006.
Altair Prenassi e Eloísa de Souza Prenassi.
Apoio documental em maio e junho de 2006.

PRÓXIMA POSTAGEM
Jane Sampaio Silva.
Rádios Correio da Serra AM, Fama FM 104,5 FM.

sexta-feira, 11 de junho de 2010

ARI NETO

ARI NETO

Nasceu aos 28 dias do mês de agosto de 1934, na cidade de Antônio Carlos, MG.
Filho de Maria Dolores Neto e Manoel Fortes.

Após o falecimento de seus pais, mudou-se para Barbacena, onde inicialmente, exerceu o ofício de borracheiro, o que lhe permitiu muitos contatos e convites sociais, num dos quais, conheceu o radialista Barbosa Silva, de quem se tornou amigo e admirador.

Apaixonado pelo futebol, Ari Neto, começou a chamar a atenção de Barbosa Silva, por seus comentários precisos a respeito dos jogos.

Na década de 60, Ari Neto, foi convidado por Barbosa Silva, a integrar a equipe esportiva da Rádio Correio da Serra nas funções de narrador e comentarista.

Sua narração dinâmica acrescentaram brilho e realismo às equipes que integrou ao longo de sua carreira, inclusive na Rádio Barbacena, por onde também passou com a mesma competência e seriedade.

Voz marcante, implacável com os dirigentes e paternal com os atletas.

Ao final da década de 80 mudou-se para São João Del Rei a convite da equipe esportiva “970” da Rádio São João Del Rei AM.

Na emissora atuou ao lado dos companheiros Paulo Procópio, Antônio Fraga, Raimundo José, Jair Donizette de Carvalho, José Cláudio, Eli Patrício e Geraldo Santos.

Em São João Del Rei, Ari Neto foi agraciado por duas vezes com o Troféu Imprensa, como o melhor narrador esportivo da região.

Depois de algum tempo afastado dos microfones retornou, desta vez, a convite da equipe esportiva da Rádio Emboabas FM, onde além da transmissão de jogos de futebol, cobriu o carnaval da cidade e os Torneios de Inverno de Futebol de Salão.

Integrou por diversas vezes as delegações esportivas em jogos intermunicipais, foi um guadião dos interesses do Athletic e Social nos campeonatos mineiros de juniores.

Em 2003, Ari Neto despediu-se definitivamente de sua carreira no Rádio.

Faleceu em São João Del Rei, aos 71 anos de idade, no dia 5 de novembro de 2005, deixando muitos admiradores de seu trabalho, muitas saudades e um importante legado de dignidade e profissionalismo.

FONTE
Samuel Rocha. Jornalista.
Jornal Gazeta de São João Del Rei. 12/11/2005. Edição/376.
Coluna “Esporte & Lazer”.
Perla Maria Simões. Radialista.
Depoimento em fevereiro de 2006.

PRÓXIMA POSTAGEM
Luiz Cláudio de Souza Prenassi.
Rádio Sucesso FM.

ALAMIRO PIRES PULINHO DE ALMEIDA "POPÓ"

ALAMIRO PIRES PULINHO DE ALMEIDA

*Por Alamiro Pires Pulinho de Almeida.


Prezado Rogério Varandas e amigos do blog Radiodifusão,

Nasci em Barbacena em 9 de janeiro de 1932.
Sou filho de Odilon Pires de Almeida e Arinda Pires Pulinho de Almeida.

Ainda estudante da Escola Agrotécnica, inicie, aos 16 anos, meus trabalhos nos anos de 48/49 como editor, narrador e repórter, na Rádio Barbacena ZYL 8, na época, instalada no Edifício Ede.

Barbosa Silva e Marinho Luiz da Rocha, também companheiros da Agrotécnica, foram os responsáveis pelo meu ingresso na ZYL 8.

Durante cerca de seis anos, e radiofonicamente conhecido como “Popó”, colaborei efetivamente com a divisão de esportes da emissora ao lado dos companheiros Barbosa Silva, Wilton Navarro, Clery Renault, Guaracy Mulili, Armando Santiago, José Raimundo de Faria, Faniquinho, Odécio Reis, Marcus Vinicius Moreira Paes, Marinho Luiz da Rocha e Nilo Milagres.

Lembro-me que em 1962, viajamos para o Rio de Janeiro, para a transmissão da festa montada para a recepção aos jogadores campeões do mundo.

Registro que, numa deferência do amigo João Navarro, nossa equipe de reportagem foi hospedada nas proximidades do Palácio Laranjeiras, sede do Governo, onde os nossos craques foram recepcionados pelo Presidente da República, João Goulart. Foi um fato que, marcou a minha passagem pela rádio.

Paralelamente aos trabalhos na Rádio Barbacena, mantive por volta dos anos de 1951/1952, a coluna “O Esporte Como Ele É” no jornal Correio da Serra administrado pelo jornalista Alberto Augusto da Silva.

Sempre gostei de futebol e, como estudante, atuei no time de futebol da Agrotécnica ao lado de Barbosa Silva, responsável técnico pela equipe.

Também jóquei no quadro de Amadores da Liga de Desportos de Barbacena LDB, em 1956, ao lado dos companheiros: Mendes, Bituca, Lima, Orlando, Jadir, Zé Rato, Luizinho, Bombeiro, Néca, Cardoso, Silvinho, Irani, Damásio, Lau Espanhol, Luiz e Djalma.

Em 1959, atuei pelo Aspirante do Vila do Carlo Esporte Clube. Diga-se de passagem, um timaço. Ei-lo: Calixto, Lima, Bombeiro, Néca, Hertel, Cordeiro, Hilário, Carlindo, João Turco, Laurinho, Irani, Silvinho e Primo.

Minha maior satisfação foi ter contribuído com a história da Rádio Barbacena e, agora, de poder estar participando deste resgate da radiodifusão barbacenense.

Só mesmo atenção e a generosidade do companheiro Rogério Varandas, poderiam justificar a presença do meu nome entre os que figuram no projeto “Radiodifusão – A História das Emissoras de Rádio de Barbacena”.
Obrigado amigo.

FONTE
Alamiro Pires Pulinho de Almeida “Popó”.
Depoimento em junho de 2007.

PRÓXIMA POSTAGEM
Ari Neto.
Rádio Correio da Serra AM.

quinta-feira, 10 de junho de 2010

CARLOS ROBERTO DOS SANTOS OLIVEIRA "BETO SANTOS"

CARLOS ROBERTO DOS SANTOS OLIVEIRA

Nascido em Barbacena em 10 de fevereiro de 1956.
Filho de Roberto Nepomuceno de Oliveira e Lea Alair Santos Oliveira.

Conhecido na vida radiofônica de Barbacena e região como “Beto Santos”, sua passagem pelo rádio é considerada eclética.

Diretor da Rádio Correio da Serra AM de 1980 a 1998 e Diretor Fundador da Rádio 104,5FM (depois SHOW FM)hoje, 93,3 FM.

Sua maior participação continua sendo na área esportiva.
Atuou durante muitos anos nas rádios Correio da Serra e Barbacena, atuando como apresentador de diversos programas esportivos, repórter e narrador.

Foi o primeiro narrador barbacenense a realizar transmissões internacionais direto do Chile, Peru, Paraguai e Argentina.

Acompanhou o Cruzeiro Esporte Clube em sua participação na Copa Libertadores de América, transmitindo os jogos Cruzeiro x Colo-Colo, direto do Chile; Cruzeiro x Boca Juniors e Cruzeiro e River Plate, direto da Argentina; Cruzeiro x Aliança, direto do Chile e Cruzeiro x Serro Portenho, direto do Paraguai.

Pela primeira vez em sua história os microfones de uma emissora de Barbacena, brilharam no âmbito internacional.

Como diretor de esportes liderou uma equipe de profissionais formada por Garcia Júnior, Marquinho, Carlos Alberto Júnior, o “Tostão”, Hélcio do Carmo, o “Ligeirinho”, Silva Júnior e Hamilton Fonseca.

Como diretor geral da Correio da Serra, realizou uma série de modificações nos vários departamentos da emissora, dando uma roupagem nova aos setores comercial, artístico, grade musical, esportivo e jornalístico.

Modernizou os estúdios da RCS, adquiriu novas aparelhagens, atualizou seu departamento técnico e priorizou profissionalmente seu quadro funcional.

Em sua gestão, garimpou os melhores nomes para o cast da RCS como os de Lucindo Rodrigues de Paula, o “Sindiquinho”, Pedro Amaral, Malu Assis, Nélson Silva, o “Batatinha”, Sérgio Luiz Carneiro, Luiz Lúcio de Almeida, José Beraldo Rigotti, Jorge Tavares, Júlio Costa, Manoel Caldas e um punhado de outros nomes.

O romantismo também faz parte da trajetória de Beto Santos.
Durante muitos anos produziu e apresentou o programa “Roberto Carlos e Seus Amigos” um horário especial que embalava os sonhos de um universo incalculável de ouvintes.

Atualmente, Beto Santos exerce a função de Diretor da Divisão de Esportes da Correio da Serra afiliada ao Sistema Jovem PANSat 1230 AM. Como narrador divide o seu sucesso com os companheiros Hélcio do Carmo, Oldair Ferreira, Chocolate e Di Oliveira.

A história da radiodifusão barbacenense deve muito a este profissional sério, humilde, abnegado e de coração aberto ao rádio. Com espírito povoado de serenidade procurou escrever parte desta história deste sonho!

Um bravo radialista que numa atitude esperta, não deixou que o rádio lhe atropelasse. Ele segue passando pelo rádio, marcando a sua presença no rádio, amando e respeitando o rádio.

Carlos Roberto dos Santos Oliveira “Beto Santos” um nome maior da radiodifusão da “cidade das rosas”.

FONTE
Walter Möller. Jornalista e radialista.
Depoimento em maio de 2005.
Carlos Roberto dos Santos Oliveira “Beto Santos”.
Depoimento em julho de 2005.
Foto: (Acervo/Beto Santos).
Cobertura de Cruzeiro x Boca Juniors em Buenos Ayres.
Copa Libertadores de América.

PRÓXIMA POSTAGEM
Alamiro Pires Pulinho de Almeida “Popó”.
Rádio Barbacena AM.

quarta-feira, 9 de junho de 2010

GERALDO HENRIQUES ALVES DE FARIA. Autor da identificação da Rádio Correio da Serra como a "Namoradinha do Sucesso".

GERALDO HENRIQUES ALVES DE FARIA

Natural de Barbacena onde nasceu em 11 de setembro de 1945.
Filho de Antônio Henriques de Faria e Maria José Henriques Alves.

Jornalista, radialista e professor aposentado CTU/UFJF e Colégio Estadual Professor Soares Ferreira de Barbacena.

Iniciou a sua carreira artística a convite dos amigos Flávio Andrade (Professor) e Antônio Carlos Duarte (Arquiteto) na Rádio Correio da Serra, ainda estudante, nos meados da década de sessenta, para apresentar um segmento de música clássica, dentro do “Programa do Estudante”.

Em seguida, foi convidado a fazer parte do setor de “broadcasting” (locução comercial), posteriormente Jornalismo e finalmente área de esportes.

Na Correio atuou em todos os setores e departamentos.
Naquela vivência de semi-amadorismo, muito comum aos que militavam no rádio naqueles tempos, fez de tudo um pouco, até mesmo atividades próprias de técnicos em sonoplastia.

Geraldo Faria, lembra que na época que o futebol tinha grande evidência em Barbacena, dirigiu a equipe de esportes da rádio, formada por profissionais de alto nível como Carlos Fernando, Luiz Chaves, Ari Neto, Cristovam Abranches, Ari Lopes, Netuno Nézio e José Maria Bráz Pereira.

“Na época, por nossa decisão, tecnicamente, tínhamos ligação direta (cabos próprios) com todos os estádios de Barbacena. Fomos a primeira emissora do interior de Minas Gerais a ser autorizada pela AFA Federação Latino Americana de Futebol a transmitir jogos da Libertadores da América com a cobertura de Cruzeiro x Penhãrol”.

Das atuações diretas, independentemente de centenas de projetos junto a Correio da Serra, criou e idealizou o Festival da Canção de Barbacena, com registro em Cartório, que premiava entre outros: Melhor Canção, Melhor Intérprete, Melhor Música, Melhor Letra, Melhor Arranjo.
Geraldo Faria dedicou-se, por inteiro, às coisas da Correio da Serra, que respeitou, ajudou a crescer e conheceu como poucos.

Tempos depois, transferiu-se para a Rádio Barbacena a convite do chefe da Equipe de Esportes da ZYL 8 Marcus Vinícius Moreira Paes.

“Por gentileza do amigo Marcus Vinícius, fui convidado a assumir a direção do esporte, mas declinei do honroso convite. Fiz parte daquele grupo por vários anos, desfrutando do prazer de conviver com colegas como Barbosa Silva (referencial de todo radialista de Barbacena), Odecio Reis, José Antônio Lopes, Armando Santiago e vários outros”.

Geraldo Faria, por vários anos continuou atuando na Rádio Barbacena como locutor da área de “broadcasting”, (locutor comercial) acumulando-a com a de Comentarista Esportivo e outras funções ligadas ao Jornalismo.

Foi obrigado a se afastar do rádio por ter assumido várias responsabilidades da área do magistério.

“Afastei-me do radialismo, deixando um considerável número de amigos que prezo muito e que jamais esquecerei” diz Geraldo Faria.

Hoje, Geraldo Faria aposentado do magistério, formado em Jornalismo na FATEC-Unipac Lafaiete confidencia que segue tentando driblar as saudades do rádio.

Com postura profissional irrepreensível, inteligência, afeto, generosidade e voz possante teve larga e brilhante atuação aos microfones das rádios Correio da Serra e Barbacena.

Geraldo Henriques Alves de Faria um ponto maior da radiodifusão barbacenense. Bom companheiro e um jeito especial de fazer rádio.

FONTE
Geraldo Henriques Alves de Faria.
Depoimento em março de 2005.

PRÓXIMA POSTAGEM
Carlos Roberto dos Santos Oliveira “Beto Santos”.
Rádio Correio da Serra.

sábado, 5 de junho de 2010

PERLA MARIA SIMÕES

PERLA MARIA SIMÕES

Perla Maria Simões nasceu aos 13 dias do mês de novembro de 1974, em Barbacena onde viveu até os 12 anos de idade, quando se mudou com a família para São João Del Rei.
Filha de Ari Neto e Inês Aparecida Simões.

Envolvida com o rádio desde cedo, atraída pela profissão de seu pai, decidiu fazer um teste para locutora na Rádio Emboabas AM de São João Del Rei.
A partir daí definiu seu perfil profissional!

Aprovada no teste foi contratada pela Emboabas no final de 1992, aos 18 anos de idade, na função de sonoplasta.

Algum tempo depois foi convidada para trabalhar também na Rádio Emboabas FM, onde permaneceu por 5 anos nas áreas de locução, sonoplastia e programação musical.

Atuou também no setor de gravações comerciais ao lado dos companheiros Chico, Daniela Sena, Ana Cláudia, Juninho e Valdinei Ângelo.

Durante vários anos dedicou-se ao ramo publicitário através de gravações de comerciais para rádio, volantes para carro de som, chamadas em espera, finalização de áudio jornalístico e propagandas para anunciantes de vários pontos de Minas Gerais e do Brasil.

Em 1998, retornou à Barbacena onde seu trabalho e sua bela voz foram notados pela Rádio Barbacena AM.

Na emissora exerceu as funções de locutora comercial e sonoplasta, amparada pelo profissionalismo dos notáveis amigos Carlos Luiz Pereira Barbosa e Marcos Henriques Faria.

Sua voz peculiar, mesclada a um timbre aveludado e inconfundível, foram rapidamente adotados pelos ouvintes da Rádio Barbacena onde em dualidade com o companheiro Carlos Luiz Pereira Barbosa – na época, diretor artístico, apresentou o programa “Bom Dia Barbacena”.

Impondo o seu estilo, criatividade e sensibilidade musical, soltou a sua voz ao lado do comunicador Marcos Henriques Faria através do programa “Super Tarde RB” contribuindo, para a abertura de novos caminhos, para toda uma geração de vozes femininas no rádio.

Perla Simões também transitou com êxito pela Divisão de Jornalismo da emissora.

Dois anos depois, se afastou dos microfones deixando um tremendo vazio pelos corredores da Rádio Barbacena.

Em 2000, a convite de Rogério Varandas, gravou uma série de chamadas especiais, colaborando com a nova montagem do Departamento de Jornalismo da Rádio Barbacena administrada na época, por Danuza Bias Fortes.

Perla Maria Simões uma profissional madura, de voz confiável e sem deslumbres ou falsetes. Uma representante maior das mulheres no elenco das rádios Emboabas AM/FM e Barbacena AM.

FONTE
Perla Maria Simões.
Depoimentos em janeiro e abril de 2006.
Walcy Barboza Rettori.
Apoio documental em fevereiro de 2006.
Osmarino Eustáquio Coelho, o Bolinha.
Apoio documental em janeiro de 2006.
Carlos Luiz Pereira Barbosa.
Apoio documental em junho de 2010.

PRÓXIMA POSTAGEM
Geraldo Henriques Alves de Faria.
Rádios Barbacena e Correio da Serra.

quarta-feira, 2 de junho de 2010

HELENA BASÍLIO DE OLIVEIRA "Estrelinha da RB"

HELENA BASÍLIO DE OLIVEIRA

Helena Basílio de Oliveira, natural de Barbacena onde nasceu a 2 de janeiro de 1936. Artisticamente conhecida como a “Estrelinha Caçula da RB”.
Filha de Vicente Basílio de Oliveira e Mikelangêla Salvatori de Oliveira.

Em meados de 1948, a convite de José Galdioso de Oliveira “Rubem Loyal” foi levada para participar no Parada Infantil, um dos mais importantes programas de auditório do interior do país, na época, apresentado por João Bathista Leite, Walmick Campos e Romeu de Souza Rainho, nos auditórios do Cine Teatro Apollo e Cine Brasil, com produção de João Bathista Leite e, tempos depois, de Nadyr da Silveira.

Helena Basílio era ladeada em suas apresentações, pelos músicos Carlos Alberto Gonçalves o Paladino dos Teclados, ao piano, e por José Galdioso de Oliveira, o Rubem Loyal, guitarra americana.

Consolidou o seu nome radiofônico, atuando ao lado dos companheiros Denilton Varandas, Magnólia Rossi, Sindiquinho, Tijuca, Paulo Barbosa, Geraldo Magalhães e Joel Militão, interpretando canções de Dalva de Oliveira, Ângela Maria, Jamelão e outros mais.

Uma vez na Rádio Barbacena, além de se apresentar no Parada Infantil, foi contratada pela emissora, passando a se apresentar no programa “A Estrelinha Caçula da RB” criado especialmente para ela e comandado por Romeu Rainho.

O programa ia, ao ar, às sextas-feiras, no horário das 17:15 às 17:30h, onde Helena, dona de uma bela e possante voz, interpretava páginas musicais de autores brasileiros e estrangeiros. O roteiro musical e a apresentação de textos eram de Romeu Rainho.

O programa se transformou num dos mais famosos e líder absoluto de audiência que se podia desejar.

Em 1952, concorreu e venceu o concurso “Rainha do Carnaval” como representante do Andaraí Esporte Clube, obtendo votação expressiva de 10.004 votos.

Helena Basílio de Oliveira a “Estrelinha Caçula da RB” permaneceu na Rádio Barbacena por quatro anos.

Conviveu com vários nomes da emissora como João Bathista Leite, Romeu Rainho, Walmick Campos, Nadyr da Silveira, Rubem Loyal, Benedito Fernandes Carlos, Barbosa Silva e José Francisco dos Reis Fortes.

Recebeu ao longo da carreira o reconhecimento dos barbacenenses, que realmente, apreciaram o seu trabalho.

Helena Basílio de Oliveira, um nome, que na Rádio Barbacena, encantou a todos.

FONTE
Helena Basílio de Oliveira.
Depoimento em setembro de 2006.
Danton Nabuco Gameiro.
Apoio documental em setembro e outubro de 2006.

PRÓXIMA POSTAGEM
Perla Maria Simões.
Rádio Barbacena AM.
Rádio Emboabas AM e FM de São João Del Rei.

JOSÉ RAYMUNDO DE FARIA

JOSÉ RAYMUNDO DE FARIA

Natural de Ressaquinha onde nasceu em 30 de abril de 1932.
Filho de Zulmíra Gama de Faria e de José Henriques de Faria.

José Raymundo de Faria era ainda menino quando a família mudou-se para Barbacena.
Formou-se em contabilidade pelo Colégio Crispim Jacques Bías Fortes.

Aos 18 anos, ingressou-se na Sul América Capitalização SULACAP, onde foi Inspetor durante dez anos.
Na mesma ocasião, iniciou carreira como narrador esportivo da Rádio Barbacena, recebendo o cognome de “O Garganta de Ouro”.

Apaixonou-se pela radiofonia, duplicando suas atividades na Rádio Barbacena com programas sociais, de auditório e com a realização de reportagens externas. Tornou-se um radialista carismático e polivalente, sendo enaltecido por toda a sociedade barbacenense.

Ao lado de Barbosa Silva, Nadyr da Silveira, Paulo Jorge Barbosa e Nilo Milagres, animavam os programas de auditório, sendo um deles “Atrações Organa”.

Em 1961, José Faria deixou a SULACAP, ingressando no banco do Estado de Minas Gerais (BEMGE).

Em 1962 foi convidado pela direção da TV Itacolomi para se transferir para Belo Horizonte, mas preferiu ficar em Barbacena, indo trabalhar na recém inaugurada Rádio Correio da Serra.

Destacou-se na Correio da Serra com os seus programas “Favoritos na Passarela”, “Um Dia na Sociedade” e “Jornal de Barroso”. Amante da poesia manteve no ar o programa: “Noturno”.
Foi também um dos apresentadores da prece da “Ave Maria”.

A Correio da Serra, sob o comando de José Faria, transmitiu as principais festas religiosas da cidade, tais como São José Operário, Nossa Senhora da Piedade, São Sebastião, Santo Antônio, Nossa Senhora de Fátima, São Geraldo.
Na Semana Santa de 1974, a convite de Pe. José Alvim Barroso proferiu na Semana das Dores, o Sermão da Segunda Dor de Nossa Senhora.

José Faria marcou também presença como Relações Públicas e Promotor de Eventos junto a ABIR Associação Barbacenense de Imprensa e Rádio e no NICS Núcleo de Intercâmbio Cultural e Social.

Para ele, a reportagem mais emocionante, foi quando transmitiu a visita de Nossa Senhora Aparecida, a Padroeira do Brasil, a Barbacena, recepcionando a Sagrada Imagem no Adro da Igreja do Rosário, a convite do Clero barbacenense em maio de 1965.

Em 1970, ao lado de José Francisco dos Reis Fortes “Pingo” e José Beraldo Rigotti participou da TV EXPERÍMENTAL em Barbacena, denominada EPC do Ar TV EDUCATIVA Canal 4.
Na emissora, além do “Jornal Falado”, José Faria apresentava um programa de serestas.

Além das atividades rádio Correio da Serra, escreveu a coluna “José Faria Informa” nos jornais Correio da Serra e Cidade de Barbacena.

José Raymundo de Faria era presença certa em todos os acontecimentos que marcaram a vida de Barbacena, dos mais simples aos mais importantes.
A figura de José Faria era, pode-se dizer o arquétipo de um profissional completo, um comunicador de grande sensibilidade que com alegria na voz, emitia o amor do coração.

FONTE
Aparecida Beraldo Rigotti.
Depoimentos e acervo fotográfico em setembro e janeiro de 2006.

PRÓXIMA POSTAGEM
Helena Basílio de Oliveira.
Rádio Barbacena AM.

MONSENHOR MÁRIO QUINTÃO. Idealizador da Prece da Ave Maria levada ao ar pela Rádio Barbacena AM.

MONSENHOR MÁRIO QUINTÃO

Mário Quintão nasceu na cidade de Rio Pomba no dia 22 de maio de 1902.
Filho de Pedro Vieira Quintão e Maria das Dores da Conceição.

Completou seus primeiros estudos em Barbacena, ingressando-se depois, no Seminário de Mariana, ordenando-se Sacerdote a 30 de novembro de 1928.

Iniciou, em Barbacena, seus ministérios sacerdotais, em trabalho de colaboração com Monsenhor Francisco Lopes de Araújo, na então única Paróquia da Piedade, constituindo-se em auxiliar do Vigário além da prestação de serviços, na mesma ocasião, a Sant’Ana dos Montes.

Monsenhor Quintão, obteve grande projeção durante a revolução de 1930, graças ao seu trabalho de assistência eclesiástica junto aos jovens militares, que se concentraram em Barbacena. Após a revolução, foi nomeado Vigário de Tabuleiro, durante cinco anos.

De Tabuleiro foi enviado para Itabira. Em 1943 se transfere para São João Del Rei. Em 1947, é transferido pelo Arcebispo de Mariana, Dom Helvécio Gomes de Oliveira, para a Capelania do Colégio Imaculada Conceição de Barbacena.

A 6 de janeiro de 1949, com o falecimento de Pe. José da Silveira Lobo, Monsenhor Quintão é nomeado pároco da Paróquia de Nossa Senhora da Piedade, onde durante 18 anos, exerceu seus ministérios sacerdotais. Criou novos departamentos de trabalho na Igreja e instituiu novas irmandades, a fim de atingir com mais facilidade, determinadas classes. Ficou na lembrança de todo seu carinho para com a Irmandade de Santa Zita, a protetora das domésticas. A Obra dos Tabernáculos, ainda florescente em nossos dias.

Na suas atividades com Pároco da Piedade, recebeu o título de Cônego, degrau que o conduziria a outro mais alto, dentro de alguns anos. Enfermo, exonerou-se do vicariato, sendo em 1967, nomeado 1º Reitor da Igreja da Boa Morte, recebendo o encargo de Vigário Forâneo. Na Igreja da Boa Morte, galgou mais um degrau, sendo condecorado com o título de Monsenhor.

Pioneiro da idéia de emancipação financeira da Igreja de Barbacena assumiu a responsabilidade da construção das lojas do adro na antiga Rodoviária, para auferir renda para a manutenção da Matriz. Não compreendido por algumas pessoas, sua iniciativa suscitou injustos ataques, sendo cruelmente ferido em sua dignidade. Apesar de insultado, o seu trabalho ficou para o bem da Igreja.

Empreendeu na Boa Morte, trabalhos monumentais com o acabamento da Igreja construindo os salões laterais, instalando num deles a Capela de Nossa Senhora Aparecida e a Capela Mortuária.
Introduziu em Barbacena nova devoção com tantos servos genuflexos em sua Capela: Nossa Senhora da Cabeça, por providência da senhora Déa Arlete Sad Savassi que doou a imagem. Considerando os poucos recursos da Boa Morte, procurou aumentar a sua renda. Assim sendo, quando fundou a Obra dos Tabernáculos, ao fazer a sua instalação no local da antiga Gruta de Lourdes, mandou construir a mesma, frente à Praça Soares Ferreira. Desta forma, atraindo as pessoas para a meditação e a prece, encaminharia as dádivas generosas para a compra de velas e óleo para a iluminação do Santíssimo.

Não é de se estranhar, que ao fundar o órgão de imprensa da Igreja da Boa Morte, o denominasse com o nome sugestivo de ABELHA. E através das colunas do jornal, com sua sensibilidade humana, linguagem escorreita e fluida, atingia certo o objetivo: todos os leitores compreendiam seus artigos e saboreavam sua catequese.

Não podemos deixar de mencionar, com o destaque que o assunto requer, o entusiasmo com que fundou o Serra Clube. Como primeiro Assistente Eclesiástico do Clube, deu ênfase e força, coragem e dinamismo, incentivando e trazendo muitos adeptos, num trabalho incessante, até o final de sua vida. Pela sua dedicação à causa das vocações sacerdotais, foi fundada a 1ª Bolsa de Estudos com o nome de Monsenhor Mário Quintão.

PRECE DA “AVE-MARIA”
Graças a sua afinidade com a imprensa escrita e falada de Barbacena, se tornou o grande responsável pela produção e apresentação por longo período através da ZYL 8 Rádio Barbacena [1948/1949] da “Ave-Maria”.
É, portanto, considerado o precursor do horário religioso na emissora.

Sua vida foi toda fosforescente; esfuziante como dos espíritos luminosos. Amou Barbacena como sua própria terra. Desejou morrer celebrando; e quase que isso aconteceu, pois expirou poucos momentos antes de seu horário de ir para a igreja celebrar, no dia 5 de novembro de 1975. Ao noticiar seu falecimento, a edição do jornal da Voz da Padroeira nº 153 disse: “Como Reitor da Igreja da Boa Morte, tombou com altivez, com serenidade, em pleno exercício de suas funções”.

FONTE
>Maria José Pereira Senra.
Depoimento em setembro de 2005.
>Antônio Teixeira Chaves Filho. [In-Memorian].
Presidente Serra Clube de Barbacena. Distrito 104-MG.
>Administração e funcionários da Revista “Serra Clube de Barbacena.
“Xª Convenção Nacional dos Serra Clubes do Brasil/VII Congresso Sacerdotal Brasileiro Iº Encontro Nacional das Companheiras Serra. Barbacena-Julho de 1981”.
Edição composta e impressa pelas Monjas Beneditinas Mosteiro da Santa Cruz. Juiz de Fora. MG.

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José Raymundo de Faria.
Rádios Barbacena AM e Correio da Serra AM.