terça-feira, 31 de agosto de 2010

GLÁUCIA HELENA MESQUITA LARA

GLÁUCIA HELENA MESQUITA LARA

Barbacenense, nascida no dia 25 de abril de 1969.

Filha de Oto Resende Lara e Dirce Mesquita Lara.

Sua paixão pelo Rádio começou quando ouvia a Rádio Mundial do Rio de Janeiro.

Seu primeiro trabalho como locutora foi na ZYL 8 Rádio Barbacena AM.

Um belo dia, Gláucia resolveu tentar a sorte em Belo Horizonte.

Tempos depois, retornou à Barbacena sendo contratada pela A.B.C. Rádio e Televisão/Sucesso FM.

Também trabalhou em emissoras de São João Del Rei, Conselheiro Lafaiete e Congonhas.

Gláucia Helena, sempre adorou teatro.
Determinada e desafiando a si própria foi morar no Rio de Janeiro. Iniciativa que causou muitos ohs!. Quem diria ?.

Depois de uma série de experiências voltou para Barbacena.
Trabalhou na Rádio Educativa e Cultural Show FM.

Hoje, em mais um momento leve e produtivo, atua na Rádio 93,3 FM (ex-Show FM).

Gláucia menina audaciosa, competente, querida e sincera como raros recorda que desde a sua infância a música fez-se história em sua vida!...

“Rogério e amigos do Rádio, desde a minha infância a música fez-se história na minha vida!.
Minha mãe trabalhava cantarolando nos afazeres domésticos. Minha irmã tocando violão nos levava a pequenos shows particulares.
Sendo a caçula de seis irmãos, confesso que fui influenciada por todos os LP que eles traziam para a vitrola instalada na sala.
Na adolescência descobri a Rádio Mundial AM e esse foi o meu primeiro diferencial. Era uma Rádio AM com uma linguagem nova, dinâmica e que tocava o que de mais novo havia no mercado.
Daí virei fã de carteirinha das Rádios de nossa cidade, que na época eram Barbacena AM e Correio da Serra AM.
Eu me alegrava em participar das promoções e programas ao vivo.
E essa diversão foi ficando cada dia mais contagiante e séria.
Eu tinha um radinho azul à pilha que me acompanhava onde quer que eu fosse.
Em 85 nasceu em Barbacena a primeira FM da cidade: Rádio Sucesso!. Tomei então conhecimento que eles precisavam de uma voz feminina e pensei... Porque não?.
Fiz um teste com meu primeiro professor de profissão: José Rubens.
Ele aprovou e fiz meu primeiro comercial.
Após esse pequeno início, acompanhado de várias gravações, veio-me a oportunidade de trabalhar na Rádio Barbacena AM, onde apresentei por alguns anos o “Bom dia Cidade”.
Novos caminhos me levaram para Belo Horizonte...
E lá fui eu, com minha mochila nas costas, fazer a Rádio Antena 1 FM.
Vim depois, a convite, integrar o elenco da Rádio Sucesso FM; e depois voltei para a estrada...
Desta feita na Rádio Carijós FM... em Lafaiete (saudade do Dr. Agostinho). A seguir, na Rádio Vertentes FM, em São João Del Rei.
Um novo convite surge, e desta vez para Congonhas, Rádio Colonial FM, onde tive o prazer de conviver com uma das pessoas que mais entende de rádio no Brasil: Sr. Augusto Silva (a minha eterna gratidão!).
Daí a vida tratou de me encaminhar para o Rio de Janeiro... e pé na tábua!. Mas desta vez para estudar teatro no Retiro dos Artistas, filiado ao SATED, no bairro de Jacarepaguá.
Foi sem dúvida nenhuma, uma das experiências mais emocionantes de toda a minha vida.
Uma mineirinha, saindo do interior, passou no teste para interpretação, em segundo lugar, onde só havia “feras” tentando vaga na Escola. Terminando o curso, meu celular tocou: era um convite para fazer parte da família Show FM, em Barbacena – hoje, Rádio 93,3 FM onde me encontro no posto de locutora diariamente no horário das 11 da manhã às 15 horas. Além da Rádio, tenho o orgulho de fazer parte do grupo teatral BairroEncena, comandado pela Cia. Elas Por Elas.
É isso... Rogério; vida que se segue...
Rogério um abraço a todos, em especial a você amigo e companheiro de trabalho”.

Durante muitos anos tive a honra de trabalhar com a Gláucia na Rádio Sucesso FM.
Seu desempenho profissional sempre me impressionou e muitos foram os resultados que ela conquistou no meio radiofônico. Ao longo do tempo se transformou em uma estrela da radiodifusão barbacenense.
Quem a conhece sabe que Gláucia Helena Mesquita Lara seguirá bailando pela estrada da vida.

FONTE
Gláucia Helena Mesquita Lara.
Depoimentos em dezembro de 2005 e 28 de janeiro de 2010.
Dirce Mesquita Lara.
Apoio documental em janeiro de 2010.

PRÓXIMA POSTAGEM
Hamilton Fonseca.
Rádio Correio da Serra AM.

FELICIANO AUGUSTO TEIXEIRA "ROSAN"


Grupo "TRÊS DE MINAS" formado por Lorency, Rosenil e Feliciano Augusto Teixeira "Rosan" [último à direita].

FELICIANO AUGUSTO TEIXEIRA

Nascido em Barbacena em 23 de abril de 1945.

Filho de Josefino Augusto Teixeira e Maria da Conceição Teixeira.

Artisticamente conhecido como "Rosan".

Iniciou sua carreira na Rádio Correio da Serra em 12 de dezembro de 1970, como cantor do Trio Alvorada criado no mesmo ano, em parceria com os músicos Lorency e Rosenil.

Em 1973, se transfere para a Rádio Barbacena, onde idealizou e apresentou “Onde Cantam os Trovadores”.

A partir de 1982, o trio passa a ser denominado os “Três de Minas” vencendo uma série de festivais:

> Festivais sertanejos de Barbacena [1982].
> Águia de Ouro da Escola Preparatória de Cadetes do Ar [1982].
> 1º Festival “PRB-3 Rádio Industrial” de Juiz de Fora [1983].
> Festival de Resende Costa [1985].

Em 1983, o Três de Minas gravou o disco “Verdadeiro Amor”.

Na década de 90, Rosan retornou a Rádio Correio da Serra, apresentando ao lado do seu filho Gleison “Onde Cantam os Trovadores”.

Tempos depois Feliciano Augusto “Rosan”, além de comandar os Três de Minas – desde o dia 20 de agosto de 2005, se transferiu com o seu “Onde Cantam os Trovadores” para a Rádio Comunitária Libertas FM de Ressaquinha, MG.

Ao lado de muitos intérpretes sertanejos, trios, duplas, violeiros e sanfoneiros Feliciano Augusto Teixeira “Rosan” segue deixando a sua marca pelos caminhos.

FONTE
Feliciano Augusto Teixeira “Rosan”.
Depoimento em dezembro de 2005.

PRÓXIMA POSTAGEM
Gláucia Helena Mesquita Lara.
Rádio 93,3 FM.

ELIÉSIO ALVES DO NASCIMENTO

ELIÉSIO ALVES DO NASCIMENTO

Nascido em Barbacena em 9 de outubro de 1973.

Filho de Elson Batista e Laura Leonor do Nascimento Batista.

Começou a trabalhar aos 14 anos de idade, admitido em 25 de setembro de 1987, como auxiliar de escritório na Rádio Correio da Serra, localizada no Edifício Automóvel Clube, 103, centro, administrada por Giancarlo dos Santos Lavina.

Em março de 1993, seis meses depois, foi promovido a função de operador de som, colaborando principalmente, aos domingos, com a divisão de esporte da emissora chefiada pelo narrador Beto Santos.

Emocionado se lembra da forma carinhosa que Beto Santos se reportava no ar, a sua pessoa: “O Beto, praticamente, acompanhou todos os meus passos dentro da Correio da Serra. Teve paciência comigo e me ajudou a crescer dentro da rádio. Aos domingos, durante as aberturas das jornadas esportivas ele se referia a minha pessoa dizendo “... dando aquele colorido bonito... no painel da 1520 – o mais jovem comunicador do rádio mineiro... Eliésio Alves...”.

Eliésio Alves assevera que, como locutor, teve a sua grande oportunidade lhe dada pelos amigos Beto Santos, diretor geral e por Moacir Filho “Silva Júnior”, diretor comercial, que após uma reunião administrativa, lhe deram a missão de produzir um programa musical diversificado.

“Fiquei feliz da vida. Afinal de contas me tornaria responsável pela idealização e apresentação de um horário só meu. Contando com o apoio e a experiência dos amigos Pedro Amaral, Sérgio Murilo, Everaldo e Júlio Domingos, realizei o meu maior sonho colocando no ar “Expresso 1.230”. Um programa diferente e líder de audiência. Com prestador de serviços e formador de opinião o “Expresso 1.230” foi alvo de homenagens por parte de lideranças comunitárias entre elas José Jorge do bairro Caiçaras e por Domingos Silva do bairro Ipanema. Com o sucesso do “Expresso 1.230” passei a me dedicar ao dia-a-dia da rádio o que me levou a acumular uma terceira função como programador musical atuando nos programas “Manhã Sertaneja” do apresentador Darcy Emidio/Chevette, “Bom Dia Barbacena” conduzido por Jane Sampaio Silva, “Show da Tarde” com Pedro Amaral e “Noites que não voltam mais” do comunicador João Lúcio.

Eliésio Alves do Nascimento. Um radialista amigo do peito e harmonioso com a sua trajetória radiofônica. Que soube como poucos se expressar através da magia do verdadeiro rádio.

FONTE
Eliésio Alves do Nascimento.
Depoimentos em outubro de 2005 e fevereiro de 2006.

PRÓXIMA POSTAGEM
Feliciano Augusto Teixeira “Rosan”.
Rádio Correio da Serra AM.

ELDAIR PARREIRA MALAQUIAS

ELDAIR PARREIRA MALAQUIAS

Nascido em Antônio Carlos, MG, em 12 de dezembro de 1947.

Filho de José Parreira Malaquias e Angélica Parreira Tomelli Malaquias.

Ainda estudante, iniciou sua carreira artística na década de 60, aos 14 anos de idade na Rádio Barbacena, como calouro do programa de auditório “Parada Infantil” apresentado por Barbosa Silva e equipe.

Chegou à Rádio Barbacena, através do amigo Nadyr da Silveira.

Lá fez um pouco de tudo passando pela redação comercial, locução, pesquisa e até mesmo sonoplastia.

Na emissora aprendeu bastante ao lado de nomes como Sérgio Fernandes, Adauto Ayres Machado, Paulo Jorge Barbosa, Barbosa Silva, Moreira Júnior, Armando Santiago, Vera Lucia Gonçalves, Carlos Alberto Júnior e outros mais.

Em 1965, já como locutor contratado pela emissora, passou a apresentar o programa “Clube dos Brotos”.

Em 1983, participou ao lado de Nadyr da Silveira e Mauro Nascimento Filho, da equipe do programa de variedades “Sábado Alegre”.

Eldair Parreira, tempos depois, também trabalhou na Esso, na Cooperativa Ibertioga, na Mendes Júnior, na Boa Nata e na representação de vendas do laticínios Da Matta.

Eldair Parreira Malaquias, faleceu no dia 27 de fevereiro de 2006, em Antônio Carlos, aos 59 anos.

Casado com Marisa Fernandes Santana Malaquias, deixou dois filhos, Alexandre Santana Malaquias e Fernanda Santana Malaquias Florentino.

Eldair Parreira Malaquias buscou na Rádio Barbacena uma série de elementos preciosos através dos ensinamentos à época – 1960, naquilo em que a emissora tinha de melhor em seu inesquecível elenco.
Lutou bravamente e conquistou seus objetivos!

FONTE
Marisa Fernandes Santana Malaquias.
Depoimento em março de 2006.
Cristovam Abranches.
Coluna Cristovam. Jornal Correio da Serra. Edição nº 394/04/03/2006.

PRÓXIMA POSTAGEM
Eliésio Alves do Nascimento.
Rádio Correio da Serra AM.

DENILSON LÁZARO DA ROCHA


DENILSON LÁZARO DA ROCHA (ao centro) ladeado pelos companheiros João Raposo e Rogério Varandas [ao microfone]. Comandos L-8 na cobertura do Carnaval de 1980.

DENILSON LÁZARO DA ROCHA

Nascido em Barbacena, em 17 de maio de 1960.

Filho de José Rocha Neto e Laura Silvério Rocha.

Ainda estudante, iniciou na Rádio Barbacena AM em 2 de outubro de 1980, levado pelo amigo, Cristóvam Abranches.

Na Rádio Barbacena atuou como locutor, operador de som e diretor de programação.

Na emissora teve como companheiros de trabalho os amigos Nadyr da Silveira, Adauto Machado, Rogério Varandas, José Beraldo Rigotti, Rogério Barbosa, Mauro Filho, Osmarino Eustáquio Coelho e tantos outros.

Apresentou na Rádio Barbacena o programa “Saudade... o tempo não para”.

Como diretor de programação dirigiu “Canta Sertão” com Armando Santiago; “Bom Dia Cidade” com Carlos Barbosa; “Jornal Musical de Barroso” com Érika Machado; “Super Tarde RB” com Tarcisio Duarte; “Super Paradão Sertanejo” com Mauro Nascimento Filho e “Clube do Ouvinte” com Osmarino Eustáquio “Bolinha”.

Como sonoplasta teve participação efetiva no programa “Uma Serenata Para Você” produzido e apresentado pelo médico e radialista Moacir Salim.

Colaborou também com as edições do noticioso “RB Noticias” apresentado por Adauto Ayres Machado.

Deixou a emissora em 31 de março de 1992, seguindo para o Rio de Janeiro, onde longe dos microfones, presta serviços na área da iniciativa privada.

A rigor, as relações de Denílson Lázaro da Rocha com o rádio – especificamente com a Rádio Barbacena, foram especiais e profundamente gratificantes.
Marcou presença na Rádio Barbacena.

FONTE
Denilson Lázaro da Rocha.
Depoimento em junho de 2006.
Osmarino Eustáquio Coelho.
Apoio documental junho de 2006.

PRÓXIMA POSTAGEM
Eldair Parreira Malaquias.
Rádio Barbacena AM.

ATTOS WILKE BORATTO

ATTOS WILKE BORATTO

Nascido em Barbacena em 18 de fevereiro de 1925.
Filho de Humberto Boratto e Luiza Wilke Boratto.

Em 1950, foi trabalhar na Rádio Barbacena, com sede no Edifício José Francisco, no número 65 à Rua 1º de Maio.

Apresentou-se na rádio, acompanhado pelo amigo inseparável José Simão, sendo recebidos pelos radialistas Romeu de Souza Rainho, Marinho Luiz da Rocha e pelo Gerente Administrativo Saulo de Brito Ramos.

Depois de alguns testes, onde foram aprovados, passaram a integrar como narradores, comentaristas e redatores, o elenco de esportes da Rádio Barbacena, à época, formado por Barbosa Silva, José Faria, Odécio Reis e Paulo Barbosa.
No apoio técnico Marinho Luiz da Rocha e Nilo Milagres.

Barbosa Silva, que na época era um dos nomes destacados da rádio, concedeu aos dois a oportunidade de criar um programa esportivo semanal. O desafio foi aceito, sendo colocado no ar, o programa “Panorama Esportivo”, com edições matinais.

Como narradores e comentaristas esportivos, Attos Wilke e José Simão, conviveram com várias figuras excepcionais tanto do rádio, quanto do esporte.

Na Rádio Barbacena, compartilharam suas alegrias e tristezas ao lado de Benedito Fernandes Carlos, Romeu Rainho, Nadyr da Silveira, Saulo Ramos, Nilo Milagres, José Faria, Marinho Luiz da Rocha e outros mais.

Na área esportiva, cada qual com seu estilo, contabilizaram a simpatia e dos dirigentes dos principais clubes da cidade: Olympic, Vila do Carmo, Andaraí e América, além do respeito dos atletas.

Ressalto que, Attos Boratto antes de se transformar em cronista esportivo, colecionou brilhantes atuações como goleiro do Vila do Carmo.

Defendeu o clube até meados de 1949, quando ao disputar uma jogada teve umas de suas pernas fraturadas, fato que o afastou dos gramados.

Devo aos companheiros José Simão e Danton Nabuco Gameiro, a gentileza das informações que me levaram a escrever sobre a trajetória no rádio e no esporte de Attos Wilke Boratto.

Sem dúvida, um profissional espetacular que dignificou a história da Rádio Barbacena e do desporto barbacenense.

FONTE
Danton Nabuco Gameiro.
Depoimento em setembro de 2006.
José Simão.
Depoimentos em setembro e outubro de 2006.
Áurea Moreira Boratto.
Acervo fotográfico em agosto de 2010.

PRÓXIMA POSTAGEM
Denílson Lázaro da Rocha.
Rádio Barbacena AM.

DILSON DOS REIS NAVARRO

DILSON DOS REIS NAVARRO

Prezado Rogério Varandas,

Nasci em Barbacena, em 30 abril de 1934.

Sou filho de Hamilton Navarro e Carmen dos Reis Navarro.

Comecei no rádio por volta de 1950, na Rádio Barbacena.

Depois de alguns meses de aprendizado ao lado do amigo Nadyr da Silveira, fiz a minha estréia como atendente do programa musical e social “As Suas Ordens”. Algum tempo depois, recebi autorização para fazer a redação do programa.

Trabalhei na rádio, ao lado dos companheiros Hélio Moisés, Vicente Carneiro, Sérgio Fernandes, José Francisco dos Reis Fortes “Pingo” e Walmick Campos.

A convite de Sérgio Fernandes, colaborei com o departamento de radioteatro da emissora, o que me deu base para atuar, por volta de 1960, como ator integrante do GAT – Grupo de Amadores Teatrais de Barbacena, ao lado do meu irmão Hilton Navarro, Itamar Ribeiro, Adélia Brandão, Georgina França, Therezinha Ribeiro, Max Leandro, Domingos, Antoninho Martinez Stefani.

O GAT era liderado por Itamar Ribeiro e Osmar de Souza Faria.

Lembro-me, que alguns anos depois, o GAT, foi desfeito, surgindo em seu lugar a ATEAB – Associação Teatral de Amadores Barbacenense fundada por Maria Leite de Castro Coutinho, Itamar Ribeiro e Osmar de Souza Faria.

Fizemos sucesso com os dois grupos, principalmente, com as apresentações das peças: “O Boi e o Burro a caminho de Belém” encenada pelo elenco do GAT e “Dona Xêpa” através da ATEAB.

Na época, dois espetáculos bem aceitos pelo público local e regional.

Nossas apresentações consideradas como itinerantes, ocorriam na maioria das vezes, nos Cines Teatro Brasil, Apollo e em cidades da região.

Na década 60, atuei como bancário junto ao Banco de Minas Gerais S/A.

Fui também Vice-presidente do Sindicato dos Bancários de Barbacena.

Por volta de 1980, apresentei na Rádio Barbacena, com sede no Clube Barbacenense, os boletins diários do Grupo “Barbacena de Alcoólicos Anônimos”.

Meu grande professor que me ensinou o pouco que sei de rádio, foi Nadyr da Silveira, de que me orgulho de ter sido assistente e discípulo.

Finalizando, assevero que, a Rádio Barbacena, marcou de forma direta a minha trajetória como ser humano e profissional. Deixei na emissora um pedaço da minha vida.

Agradeço a Deus, pela oportunidade de estar colaborando com você amigo e radiojornalista Rogério Varandas, na elaboração do projeto Radiodifusão. Fraternalmente, Dílson Navarro.

FONTE
Dílson dos Reis Navarro.
Depoimento em setembro de 2006.

PRÓXIMA POSTAGEM
Attos Wilke Boratto.
Rádio Barbacena AM.

segunda-feira, 30 de agosto de 2010

CLÉBER FRANCISCO DA SILVA "CLEBINHO"

CLÉBER FRANCISCO DA SILVA

Nasceu em Barbacena em 23 de fevereiro de 1976.

Filho de José Eleutério da Silva e Maria de Lourdes Ernesto da Silva.

Formado em Fisioterapia pela UNIPAC / Fundação Presidente Antônio Carlos de Barbacena.

Iniciou suas atividades no Rádio em 1993, acompanhando na A.B.C. Rádio e Televisão Ltda - Sucesso FM, o trabalho do seu primo Carlos Marciano da Silva “Neném” que na época era operador de áudio; com isso tomou gosto pelo rádio e apaixonando-se pela profissão.

Acompanhou também a trajetória de Carlos Marciano na Sociedade Rádio Carandaí Ltda - Fama FM, nos anos de 1993/1994 e, em seguida, na Rádio Educativa de Barbacena 104 FM.

Trabalhou na Fundação José Bonifácio Lafayette de Andrada – FUNJOB no período de 1 de outubro de 1995 à 18 de abril de 1996, data em que decidiu afastar-se do rádio para dar seqüência aos seus estudos.

Foi convidado a retornar a emissora 104 FM, em 1 de novembro de 1996 pelo então diretor artístico Alexandre Magno.

Na FUNJOB exerceu a função de operador de áudio da Rádio Educativa de Barbacena 104 FM, vindo mais tarde a obter progresso na área de comunicação acumulando as funções de locutor, apresentador, animador até a data de 4 de fevereiro de 2004.

PIONEIRO 104,5
Ao longo de seus oito anos ininterruptos de trabalho dentro da emissora participou ativamente do seu crescimento.

Seu primeiro diretor artístico foi Alexandre Magno que na época era chefiado por Carlos Alberto dos Santos Lavinas.

Ainda nesse período prestou serviços como locutor na Rádio Correio da Serra
AM entre agosto de 1998 a setembro de 2000.

Foi operador e editor de matérias jornalísticas do programa Sinal de Alerta apresentado em dualidade pelos radiojornalistas Luiz Lúcio de Almeida e Cristóvam Abranches.
Trabalhou em todos os horários da Rádio Educativa de Barbacena 104,5 FM, (extinta em outubro de 2003).
Dentro de sua eclética programação, gravou comerciais, spots e vinhetas para a área comercial e artística das duas emissoras.

Representou artisticamente as emissoras, junto as principais gravadoras do país na cidade de Belo Horizonte nos anos de 1998-1999.

Participou ativamente das atividades de lançamento da Rádio Educativa e Cultural SHOW FM - inaugurada em outubro de 2003.

Prestou serviços como locutor durante as campanhas eleitorais nas cidades de Barbacena, Antônio Carlos, Alfredo Vasconcelos e Carandaí.

Apresentou vários shows no evento Pop Rock BQ idealizado pelo então candidato a prefeito de Barbacena - Toninho Andrada, eventos realizados na Praça Presidente Antônio Carlos.

Apresentou diversas festas e exposições nas cidades de Senhora das Dores, Antônio Carlos, Ibertioga e Carandaí.

Na Rádio Educativa e Cultural Show FM, foi o responsável pela apresentação dos programas “Conexão”, “Ligue Show”, “Alô Show”, “As mais pedidas da Show” e “Ritmos da noite”.

Cleber Francisco da Silva. Um jovem talento amigo e generoso além de profissional reformista e dedicado.

FONTE
Cleber Francisco da Silva
Depoimento em agosto de 2006.
Victor Vicency Delbem Cândido.
Depoimento em agosto de 2006.

AGRADECIMENTOS
José Eleutério da Silva
Maria de Lourdes Ernesto da Silva

PRÓXIMA POSTAGEM
Dílson dos Reis Navarro.
Rádio Barbacena AM.

CHRISTINE CANDIAN CABRAL DISCACCIATI

CHRISTINE CANDIAN CABRAL DISCACCIATI

Artisticamente Christine Candian.

Barbacenense nascida a 17 de agosto de 1977.

Filha de Adalberto Domingos Cabral e Waldomina Candian Cabral.

FORMAÇÃO ACADÊMICA
(Magistério)
Formada pela Escola de Aplicação da FUPAC/Barbacena.

Técnico em violão clássico; Teoria Musical; História da Música; Estruturação Musical; Música Popular e Folclórica; Percepção Musical e Canto Coral pelo Conservatório Brasileiro de Música do Rio de Janeiro

(Bacharelado em Direito).
Universidade Presidente Antônio Carlos-Unipac-Barbacena.

Professora de violão, teoria musical, canto coral e canto lírico.
Lecionou no aspirantado e no noviciado Salesianos e no Conservatório Municipal Heitor Villa-Lobos em Barbacena.

CANTORA LÍRICA
Cantora lírica (solista) em vários eventos tais como “Concerto de Câmara, Coral e Solistas” promovido pelo Conservatório Municipal Heitor Villa-Lobos (2000) e Concerto “Natal Paz”, promovido pela Prefeitura Municipal de Barbacena (2002).

Aprovada no concurso “Jovem Músico”, promovido pelo BDMG em 2002, fazendo grande recital em Belo Horizonte.

Finalista do “IV Concurso Internacional de Canto Bidu Sayão” em 2003, realizado em Belém/PA.

Realizou grande recital na Escola Agrotécnica Federal de Barbacena “Diaulas Abreu” em 2003, promovido pela Sala de Música Heitor Villa-Lobos.

No período de 2002 a 2004, auxiliou o renomado cantor lírico e regente Amin Feres na condução do Coral da Universidade Presidente Antônio Carlos – UNIPAC/Barbacena.

CARREIRA COMO RADIALISTA
Teve início na Rádio Sucesso FM, em 1995.

Após assistir a uma apresentação como cantora lírica, José Rubens Albuquerque, então diretor da emissora, fez o convite para a realização de um teste.

Imediatamente após o teste começou a gravar comerciais e logo depois, passou a apresentar um programa semanal, aos sábados, denominado “Dance Sem Parar”, com duas horas de música pop.

Posteriormente passou a apresentar aos domingos o programa “Hit Trax” que evidenciava lançamentos da música internacional.

Efetivada na Rádio Sucesso em 01 de maio de 1996, passou a trabalhar diariamente apresentando programas bem ecléticos, em horários diversos, tais como “Lentinhas da Hora do Almoço”, “Top List” e as “20 mais da semana”, “Clássicos em FM”, dentre outros, demonstrando conhecimento nos mais diversos estilos musicais.

Destacou-se na condução de programas de participação popular como “Desafio 101” e entrevistas com renomados artistas da música popular brasileira dentre os quais Jota Quest, Skank, Araketu, Paulo Ricardo, Karametade, Daniel, Art Popular, Terra Samba, Belo, Companhia do Pagode, É o Tchan, Fernanda Abreu, Latino, Paralamas do Sucesso, dentre outros.

Assumiu interinamente o cargo de Diretora Artística da A.B.C. Rádio e Televisão Ltda – Sucesso FM.

Desligou-se da emissora em 31 de maio de 2001.

TV CAMPOS DAS VERTENTES
Apresentou na TV Campos das Vertentes, no período de 01 de junho de 2001 a novembro do mesmo ano, o programa “Esporte Vertentes”.

RÁDIOS 104 e SHOW FM
Trabalhou em 2001, na Rádio 104 FM/Show FM, na função de redatora do programa “Sinal de Alerta”.

Posteriormente, foi deslocada da área jornalística para o departamento artístico, passando a apresentar o programa “Arco da Velha” especializado em músicas antigas.
Também apresentou diversos programas tais como “Timbalando” que enfatizava os ritmos de pagode, axé e samba.

Seu último trabalho no rádio foi a condução do programa de participação popular denominado “Alô 104”, atendendo aos pedidos dos ouvintes via telefone.

Durante todo o período em que exerceu atividade como comunicadora, destacou-se na apresentação de diversos eventos para o grande público tais como o tradicional Baile das Rosas, Festa das Crianças, carnaval de rua, dentre outros.

Christine Candian Cabral Discacciati, hoje, se encontra afastada dos microfones.

Aprovada em concurso público, exerce atividades como Analista Previdenciária – INSS, na Agência de Barbacena.

Esporadicamente se dedica à área criminal, destacando-se na atuação em plenário nos julgamentos por Júri popular, tanto como assistente do Ministério Público quanto como advogada de defesa.

FONTE
Christine Candian Cabral Discacciati.
Depoimento em dezembro 2007.

PRÓXIMA POSTAGEM
Cléber Francisco da Silva "Clebinho".
Rádio 104,5 FM e Show FM.

domingo, 29 de agosto de 2010

CÉLIA NUNES FERREIRA

CÉLIA NUNES FERREIRA

Nasceu em Capela Nova, MG, em 18 de março de 1944.
Filha de Alípio Ribeiro Nunes e Hilda Lopes Ferreira.

Iniciou suas atividades, ainda muito jovem aos 16 anos de idade, na divisão de radioteatro da ZYL 8 Rádio Barbacena, na década de 1960, interpretando vários personagens para o programa “Histórias do Tio Max” criado e dirigido pelo ator Jorge Ciodaro Veludo “Max Leandro”.

Paralelamente ao seu trabalho como radioatriz, ajudou algumas vezes, na escolha, nos ensaios, na redação e na produção de algumas peças.

Desde os primeiros dias, contracenou com diversos atores como Vera Abreu, Heloisa Pascoaline, Wilma Abreu, Antoninho Martinez Stefani e José Martins.

Tempos depois, passou a atuar no GAT – Grupo de Amadores Teatrais de Barbacena (criado pelos diretores Itamar Ribeiro e Osmar de Souza Faria) e posteriormente, na ATEAB – Associação Teatral de Amadores Barbacenense montada por Maria Leite de Castro Coutinho (Dona Totoca), Itamar Ribeiro e Osmar de Souza Faria.

Célia Ferreira conseguiu destaque com o espetáculo “Dona Xepa” ao lado dos companheiros Max Leandro, Hilton dos Reis Navarro, Nivaldo, Domingos, Antoninho Martinez Stefani, Osmar de Souza Faria, Vera Abreu, Wilma Abreu, Heloisa Pascoaline, Georgina de Paiva, Dayse e José Martins, peça encenada no Cine Teatro Apollo.

Outro momento de sucesso aconteceu em “Uma vez na vida” encenada no Teatro da Escola Agrotécnica de Barbacena, oportunidade, em que contracenou com o ator José Martins, aluno da escola e considerado, á época, como um dos melhores do teatro barbacenense.

Ambas as peças alcançaram sucesso e foram inúmeras vezes reapresentadas em Barbacena e em diversas cidades da região.

Ela recorda que, a Rádio Barbacena foi o início de tudo: “Era muito jovem quando resolvi ir trabalhar como radioatriz. Fui para a Rádio Barbacena, convida pelo Jorge Veludo (Tio Max) para atuar no programa “Histórias do Tio Max”. Fazia um pouco de tudo, sempre orientada e bem dirigida pelo Max. Foi para mim uma época especial onde me realizei com atriz. Adorava a Rádio Barbacena. Completei-me através da Rádio Barbacena e dos grupos GAT e ATEAB. Eu, e meus companheiros fomos muito felizes. Recebemos uma explosão de aplausos e colaboramos para com o futuro do teatro em Barbacena”.

Célia Nunes Ferreira, um nome de sucesso nos palcos pioneiros do teatro barbacenense.

FONTE
Antoninho Martinez Stefani.
Depoimento em setembro de 2006.
Jorge Ciodaro Veludo “Tio Max”.
Depoimentos ao longo de 2006 e 2007.

PRÓXIMA POSTAGEM
Christine Candian Cabral Discacciati.
Rádios Sucesso FM, 104,5 FM, Show FM e TV Campo das Vertentes.

CARLOS ALBERTO GONÇALVES "PALADINO DOS TECLADOS"

CARLOS ALBERTO GONÇALVES & AMIGOS DA ORQUESTRA ANDRADE "TANGARÁS"

Nascido em Barbacena em 25 de maio de 1916.
Filho de João Gonçalves Júnior e Olga de Freitas Gonçalves.

Carlos Alberto, radialista, pianista e tabelião foi sem dúvida, um dos maiores nomes que a Rádio Barbacena já teve, sendo um dos seus principais idealizadores em 1948, ao lado dos companheiros Bodo Grandcke, Marinho Luiz da Rocha, Alceu Nunes da Fonseca, Nilo Milagres, João Pereira da Silva “Nhô Praxedes”, Walmick Campos, Armando Santiago, Barbosa Silva, Sérgio Fernandes, Benedito Fernandes Carlos, José Francisco dos Reis Fortes “Pingo”, Paulo Jorge Barbosa, Geraldo Magela, Argemiro Alves, Geraldo Magalhães e tantos outros.

Conhecido como “Paladino dos Teclados”, era o responsável pelas programações musicais da emissora, além de se dedicar aos ensaios dos candidatos aos programas de calouros e ao radioteatro voltado ao público adulto e infantil, em parceria com os colegas Saulo Ramos e Iraci.

Entre os cantores mais assíduos destacamos Denilton Varandas, Mirtes Morais, Magnólia Rossi, Itamar Rocha, Marilu Bueno, Nirvan Gomes Azevedo, Antoninho Martinez Stefani e Hércules Moisés da Costa.

Após a inauguração da “ZYL-8” Rádio Barbacena em 11 de janeiro de 1948, houve uma mudança na vida da população de Barbacena e região. Crianças e adultos passaram a ter muitas opções de lazer.

Ficou bastante comum as pessoas se reunirem na Rádio Barbacena para assistirem as peças de radioteatro, ou ainda colocarem seus filhos como atores. Foi aí que muitas pessoas descobriram seus dons artísticos.
Dá para imaginar a revolução que a Rádio Barbacena causou na época.

Carlos Alberto, tendo na música sua grande paixão, foi convidado pelo Sargento Andrade, músico da Escola Preparatória de Cadetes do Ar, para participar como tecladista da “Orquestra Andrade” conhecida também como “Tangarás”, formada por músicos da EPCar, para atender aos eventos sociais da década de 50, realizados nas sedes do Andaraí, na Escola Preparatória e, das programações de auditório da Rádio Barbacena.

Levar ao público a categoria da música tocada na rádio, passou a ser o grande orgulho do musico e radialista Carlos Alberto Gonçalves, respeitado e admirado por todos, principalmente, pelos companheiros de orquestra, Eupídson Belusci de Souza “Cibico”, Djalma Mendonça Vieira e Clemente da Rocha Miranda, saxofonista, baterista e baixo de cordas, respectivamente.

Na citação dos programas famosos, merecem lugar destacado, pelo dinamismo e habilidade de Carlos Alberto, os encontros especiais entre músicos e locutores da Rádio Barbacena, que escolhiam o Restaurante “A Brasileira” como palco de suas programações consideradas de grande apelo popular.

A Orquestra “Andrade”, coordenada pelo Sargento Andrade, também conhecida como “Tangará” foi formada na década de 1950, por solicitação do Comando da Escola Preparatória de Cadetes do Ar, sendo composta por Cabos e Sargentos músicos componentes da banda da EPCAr.

EUDÍPSON BELUSCI DE SOUZA “CIBICO” (Depoimentos)
A Orquestra, segundo depoimento do Sargento percussionista baterista, Eudípson Belusci de Souza “Cibico” foi montada para atender as necessidades dos eventos sociais, bastante diversificados na época, tanto de cunho interno da EPCar, quanto externos.

Prezado Rogério Varandas:
> “A Orquestra Andrade - preencheria, segundo cronograma da Aeronáutica, aos diversos apelos da sociedade barbacenense como da região, tais como bailes realizados na sede social do Andaraí e, no próprio rancho dos alunos da Escola Preparatória”.

> “A Orquestra “Andrade” participou em diversas ocasiões, das programações promovidas pela Rádio Barbacena, já que tinha em sua composição o tecladista e radialista, Carlos Alberto Gonçalves”.

> “A nossa maior satisfação foi ter contribuído para a solidificação da cultura musical barbacenense, ao lado dos amigos Djalma Mendonça e Carlos Alberto Gonçalves:

> “Coube-me a honra de, ter como parceiros dois grandes naipes possuidores de uma sensibilidade musical nata. Carlos Alberto e Djalma nos proporcionavam uma viagem fantástica através do mundo da música”.

> “Para mim e os demais instrumentistas da época, Carlos Alberto Gonçalves, especificamente, foi como uma espécie de dínamo no incentivo aos artistas, que fez questão de promover em seus programas na Rádio Barbacena e junto aos companheiros da Orquestra “Andrade”.

DJALMA MENDONÇA VIEIRA
Djalma Mendonça chegou a Barbacena, vindo de Brasília, acompanhando a Banda de Música. Sargento Djalma Mendonça, iniciante na Força Aérea Brasileira, dono de um coração bom e sempre pronto a servir os seus companheiros de farda.

Tornou-se um dos maiores amigos de Eudípson Belusci de Souza “Cibico”. Os dois se transformaram além de parceiros de orquestra em amigos da estrada musical da vida.

Idealizaram suas carreiras profissionais lado a lado nas fileiras da FAB: ele com a maestria de seu saxofone. Eudípson no compasso certo da sua bateria.

Os dois se tornaram amigos inseparáveis de Carlos Alberto Gonçalves, que por sua vez, passou a compor a orquestra, a convite do Maestro Andrade, já que o agrupamento musical não possuía um tecladista.

A proposta inicial, era para que Carlos Alberto Gonçalves, ajudasse nos ensaios da orquestra, o que foi feito com êxito.

Carlos Alberto como musico civil, uniu forças ao também músico e maestro, Clemente da Rocha Miranda, responsável pela sonoridade impecável de um baixo-de-cordas.

O trio, Carlos Alberto, Eudípson e Djalma, acabou por ganhar um espaço no coração de Clemente da Rocha Miranda, considerado nome de primeira hora da Orquestra Andrade.

CLEMENTE DA ROCHA MIRANDA
Além do sucesso junto a Orquestra “Andrade” ao lado dos companheiros Eudípson, Djalma e Carlos Alberto Gonçalves, Clemente da Rocha Miranda, foi um homem modesto, cheio de fé, com grande vocação e capacidade musical.

Tinha amor à terra natal e sua gente, sendo apontado como um marco de dignidade e de filosofia de vida.

Nascido em Marzagão, município de Belo Horizonte, em 27 de maio de 1900, Clemente da Rocha Miranda, fixou residência em Barbacena, iniciando suas atividades musicais, tendo como seu primeiro Mestre o seu próprio pai, músico e regente.

Clemente da Rocha Miranda, Ainda jovem entrou para a Orquestra que era regida por seu pai, passando mais tarde, para a Banda de Música de Correia de Almeida, onde atuou durante 65 anos.

Tomou parte na Orquestra Sinfônica de Barbacena, fundada pelo Maestro Dornas, do 9º BPMMG.

Morreu em 15 de agosto de 1979, ficando na memória de nossa sociedade e dos companheiros da Orquestra “Andrade” e da Banda de Música de Correia de Almeida.

A Orquestra e Coral que nos deixou, teve como seu primeiro regente, o musicista, Carlos Ferreira Dias, substituído em 1985, pelo músico e 2º Tenente PM João Dantas, auxiliado pelas coordenadoras Clélia Barros Ferreira e Eurides Viana.

Clemente da Rocha Miranda, ladeado pelos companheiros Eudípson, Djalma e Carlos Alberto trabalharam propugnados pelo bem, pela verdade, pelo amor a Deus e ao próximo.

Aos músicos Clemente da Rocha Miranda, Carlos Alberto Gonçalves, Eudípson Belusci de Souza e Djalma Mendonça Vieira nosso reconhecimento pelos seus feitos, pelo amor a nossa gente e à nossa pátria e, que fiquem seus nomes perpetuados como símbolos maiores às gerações futuras, que devem trilhar o mesmo caminho de conquistas e exemplos que ficaram registrados nas páginas da cultura musical barbacenense.

FONTE
“Os Primeiros Tempos da Emissora ZYL 8 Rádio Barbacena”. Janeiro/1976.
Autor: José Theodorico de Paula. Radialista e advogado.
Familiares de Carlos Alberto Gonçalves.
Apoio documental ao longo de 2006.
Eudípson Belusci de Souza “Cibico”.
Apoio documental ao longo de 2006 e 2007.
Acervo fotográfico geral.
Maria Alice Gonçalves Dias.
Eudípson Belusci de Souza “Cibico”.

AGRADECIMENTO
Maria Alice Gonçalves Dias.
Olga Constança Gonçalves.
Eliane Gonçalves Dias Pereira.
Luciane Gonçalves Dias.
Carlos Alberto Gonçalves Júnior “Tostão”.
Eudípson Belusci de Souza “Cibico”.
Aos familiares e amigos dos músicos da Orquestra “Andrade” (Tangará). Décadas de 1950,1953,1957,1960) nas pessoas de:
Clemente da Rocha Miranda
Djalma Mendonça Vieira
Jader
Andrade
Pedro Luiz
Alexandre
Cunha
Lessa
Germano Neiva
Piloto
Benício
Olicério
Miguel Amaral
José da Rocha
Mizerani
Marcelino.

PRÓXIMA POSTAGEM
Célia Nunes Ferreira. Radioatriz.
Rádio Barbacena AM.

CAETANO GONÇALVES GOULART

CAETANO GONÇALVES GOULART

Caetano Gonçalves Goulart nasceu em Cipotanea em 11 de agosto de 1949.

Filho de Manoel Gonçalves Goulart e Quirina Gomes Goulart.

Iniciou as suas atividades na Rádio Barbacena, em 1967 como contra-regras de textos.

Em 1969, foi promovido às funções de operador de som e operador de reportagens externas.

Em 1974, passou a participar, como jurado, do programa de auditório Programascope animado por Barbosa Silva e produzido por Nadyr da Silveira.

Idealizador e apresentador de Bandas em Desfile.

Em 1995, produziu e apresentou o evento Encontro de Bandas de Barbacena.

Durante 12 anos, apresentou “Sábado Alegre” programação de maior audiência da emissora, lançado pelo radialista Mauro Nascimento Filho em janeiro de 1978, com produção e direção do radiojornalista Nadyr da Silveira e coordenação geral de Eliane Sabará.
O Sábado Alegre permaneceu no ar durante 25 anos.

Como locutor sacro, teve participação efetiva, ao lado de Marinho Luiz da Rocha, das transmissões religiosas direto da Matriz de Nossa Senhora da Piedade.

Caetano Gonçalves apresentou até o ano 2000, o boletim policial Sentinela da Mantiqueira, substituindo o apresentador do horário Sebastião Valério da Silva Filho, o Soldado PM Valério responsável pela dinamização do boletim a partir dos anos 70.

Ressalta-se que o Sentinela da Mantiqueira surgiu em meados de 1965, sob supervisão e editoração do Capitão PM Felisberto Egg de Resende e, apresentado inicialmente no 2º semestre de 1965, pelo Sgt PM Jacy Alves Murta e pelo então 2º Sgt PM José Maria Alvim e Silva.

Ressalta-se que os primeiros programas eram levados ao ar pela rádio Correio da Serra AM.

Caetano Gonçalves Goulart.
Um eterno apaixonado pela Rádio Barbacena.

Sua passagem pela emissora foi ancorada por opiniões firmes e profundamente claras. Posturas que desencadearam um processo de credibilidade junto ao seu público ouvinte.

FONTE
Caetano Gonçalves Goulart.
Depoimento em setembro de 2006.
Osmarino Eustáquio Coelho, o Bolinha.
Depoimento em novembro de 2006.

PRÓXIMA POSTAGEM
Carlos Alberto Gonçalves “Paladino dos Teclados”.
Rádio Barbacena AM.
BENEDITO MENDES DE SOUZA FONTES (centro) ladeado pelos amigos Paulo Alves Affonso "Cachoeira", Ivair Toledo de Paiva, Antônio Joaquim da Silva e Ernesto Francisco da Silva "Nélson Batatinha".

BENEDITO MENDES DE SOUZA FONTES

Nasceu em Alto Rio Doce, MG, em 07 de maio de 1937.

Filho de Francisco Mendes Fontes e Maria de Souza Machado.

INÍCIO DE CARREIRA
Seu sucesso começou em meados de 1958, na Rádio Barbacena AM, para onde foi levado pelo amigo Nadyr da Silveira.

Lançado como locutor, alcançou popularidade através dos programas “Carnet Social”, “Itália Canta” e “Sucessos que o mundo aplaudiu”.

Em 1963, a convite de Enyr de Magalhães Costa, foi trabalhar na Rádio Correio da Serra AM, abraçando um novo desafio em sua carreira.

Seu ingresso ao microfone da emissora, se deu no dia 9 de outubro do mesmo ano, como um dos apresentadores do show musical do cantor Adilson Ramos, realizado nas dependências do Automóvel Clube de Barbacena.

Na Rádio Correio da Serra, teve atuações consideradas revolucionárias, principalmente, pelas interpretações de editorais e crônicas escritas por Enyr de Magalhães Costa, à época, diretor administrativo da emissora.

Colaborou ainda com a divisão de jornalismo da Correio da Serra.

RÁDIO ITATIAIA
Em 1964, foi contratado pela Rádio Itatiaia de Belo Horizonte, onde apresentou até março de 1965, o programa “Varig é dona da noite”.

RETORNO A BARBACENA
Em 1966, retornou aos microfones da Correio da Serra, onde permaneceu até dezembro de 1983.

Seu programa mais famoso: “Alegria da Manhã”, iniciado na Rádio Correio da Serra.

Outros programas seus também, que marcaram época foram: na Rádio Barbacena “Nadyr da Silveira” e “Tango e Fantasia”. Na Correio da Serra: “A noticia que você não leu” e “ Prece da Ave Maria”.

Além do rádio, Souza Fontes atuava como Oficial Interino, junto ao 2º Cartório de Registro de Imóveis em Barbacena.

Benedito Mendes de Souza Fontes, considerado como um dos maiores nomes da radiodifusão barbacenense em todas as épocas.

Viveu com o rádio as suas sucessivas crises, suas pompas e as suas glórias.

Trilhou vários caminhos, muitas vezes só, mantendo vivo o entusiasmo do rádio.

FONTE
Eli Mendes de Souza Fontes.
Depoimento em agosto de 2005.
Malu Assis.
Walter Antônio Möller.
Depoimentos ao longo de julho, agosto e setembro de 2005.

FONTE DE PESQUISA
Malu Assis e Walter Möller.
Acervo/Particular.
Malu Assis.
Acervo/Fotográfico.

PRÓXIMA POSTAGEM
Caetano Gonçalves Goulart.
Rádio Barbacena AM.

BENEDITO FERNANDES CARLOS

BENEDITO FERNANDES CARLOS

Nascido em São Paulo, capital, em 20 de junho de 1930.
Filho de Antônio Carlos e Vitalina Carlos.

Em junho de 1948, iniciou as suas atividades na Rádio Barbacena de propriedade das empresas Radinterior, sediada no Rio de Janeiro, administrada por Alceu Nunes da Fonseca.

Foi levado para a emissora por Nilo Milagres.

Nos primeiros meses acumulou as funções de operador de som e auxiliar de escritório.

Na Rádio Barbacena, administrada à época, por Paulo Nazareth de Oliveira adquiriu experiência ao lado dos profissionais: João Bathista Leite, Orlando Marques, Leda Piacesi, Bodo Grandcker, Marinho Luiz da Rocha, Décio Brandão, José Theodorico de Paula, João Pereira da Silva, Almeida Neto, Vicente Carneiro Maia, Levy Maia, Walmick Campos e Walter Bonato Neiva.

Tempos depois, se transferiu para Belo Horizonte, onde cursou jornalismo na Universidade Federal de Minas Gerais, sendo diplomado pela segunda turma, da UFMG.

Em 1966, de volta a Barbacena, se firmou na Rádio Barbacena, localizada no Edf. da Associação Comercial de Barbacena, já administrada pela família Bias Fortes e gerenciada em dualidade por Sônia Pereira da Silva e Albertina Abrahão acumulando as funções de locutor, editor, radioator, redator , produtor de teatro e repórter.

Como editor, foi responsável pelos principais jornais falados da emissora, entre eles “Uma Página Para Você” anteriormente escrito por Rubens Loyal, Saulo Ramos e Nadyr Manoel da Silveira com apresentação ao longo do tempo por José Francisco dos Reis Fortes “Pingo” e Walmick campos, respectivamete.

Na emissora, idealizou, editou e apresentou o programa “Vesperal de Gala” um horário com peças especiais direcionadas ao clássico, trechos de óperas, sinfonias e aos poemas sinfônicos.

Como produtor de teatro, escreveu e radiofonizou várias peças, entre elas, uma seqüência de adaptações de obras literárias para o rádio, ou seja, da literatura gráfica para a literatura radiofônica, com a produção de “Marcelino, Pão e Vinho”, “A Vida de Cristo” e “Os Dez Mandamentos”.

Fez algumas novelas e peças de radioteatro, para a Rádio Guarani de Belo Horizonte.

Ainda na Guarani, escreveu o programa humorístico “Escolinha do Juju”. Um programa de auditório comandado pelo radialista, Aldair Pinto.

Paralelo, ao rádio, exerceu a função de Assessor de Comunicação da União do Comércio Varejista de Belo Horizonte.

Fernandes Carlos foi um expoente na imprensa escrita de Barbacena, com atuações brilhantes nos jornais “Cidade de Barbacena”, “Correio Mineiro” e “Da Cidade”.

Foi proprietário, em parceria com José Francisco dos Reis Fortes “Pingo” do jornal Correio Mineiro, no subsolo do Edf. Mercantil, após o falecimento do jornalista Alberto Augusto da Silva.

Criou em parceria com os jornalistas Hélio Costa e José Francisco dos Reis Fortes, o jornal “Da Cidade”.

Foi redator e repórter no Jornal dos Lagos, em Araruama, RJ.

Também atuou como redator responsável do jornal “Nova Gazeta” de Conselheiro Lafaiete, MG.

Benedito Fernandes Carlos, esteve afastado das atividades jornalísticas, durante alguns anos por motivos de saúde.

Com o apoio do amigo inseparável Hélio Costa, conseguiu se recuperar retornando às atividades no final do ano de 2005.

Fonte
Benedito Fernandes Carlos.
Depoimento em setembro de 2005.
Local: Hotel Aliança. Barbacena. MG.

PRÓXIMA POSTAGEM
Benedito Mendes de Souza Fontes.
Rádio Correio da Serra AM.

BELLARMINO DE AZEVEDO JUNIOR

BELLARMINO DE AZEVEDO JUNIOR

Nascido aos 20 dias do mês de junho de 1932, na cidade do Porto, Portugal.

Filho de Bellarmino Manuel de Azevedo e Almerinda Menezes de Azevedo.

Família oriunda de Portugal, mais precisamente da cidade do Porto, segunda maior cidade de Portugal e considerada a capital do Norte do País.

CIDADE DO PORTO, BERÇO DE BELLARMINO AZEVEDO
A cidade localizada na margem direita do rio Douro, tem cerca de 350 mil habitantes, mas a área metropolitana tem aproximadamente 1,2 milhões de habitantes.

O nome deriva da palavra "portus" e "cale" (abrigo): "porto de cale" (a raiz do nome Portugal). A partir do século XII, a cidade designa-se apenas por "Portus", Porto.

A Cidade do Porto é conhecida internacionalmente pelo vinho do Porto, considerado o rei dos vinhos fortificados, cultivado e produzido nas margens escarpadas do Rio Douro.

VINDA PARA O BRASIL
Bellarmino de Azevedo Junior veio para o Brasil ainda menino, instalando-se em Santos Dumont, onde seu pai, Bellarmino Manuel, possuía um comércio de madeiras, até que veio a falecer em 1936, deixando seus filhos Manoel (Mané Pipa), Maria da Conceição (Maricota) - Genaro e Rosa está falecida em 1965.

INTERESSE PELO JORNALISMO
A partir daí, Bellarmino Azevedo, sempre com sua inteligência incontestável, interessou-se pelo jornalismo.

Mesmo sem qualquer formação pedagógica a este respeito, passou a participar de programas de auditório, e, com sua curiosidade, aprendeu como se fazia rádio naquela época.

Daí então, surgiu na radiodifusão de Barbacena um novo nome Bellarmino de Azevedo. Seus programas contagiavam os ouvintes das rádios Barbacena e Correio da Serra, emissoras em que trabalhou.

RÁDIO BARBACENA
Na Rádio Barbacena, empresa da Organização “Radinterior” comandada por Alceu Nunes da Fonseca, décadas de 1950/1954, trabalhou sob a orientação administrativa de Saulo de Brito Ramos.

Uma trajetória brilhante ao lado dos companheiros Fernandes Carlos, Hélio Moysés Fonseca, Oto Ribeiro, Leonardo Malta, Carlos Alberto Gonçalves, Vicente Carneiro, Barbosa Silva e José Francisco dos Reis Fortes.

Com sua capacidade de escrever crônicas, foi convidado para exercer a função de redator junto ao jornal Correio Mineiro.

RÁDIO CORREIO DA SERRA
Em 1962, foi convidado pelo Diretor Presidente da Correio da Serra, Enir de Magalhães Costa a compor a primeira diretoria da emissora (inaugurada em 21 de janeiro daquele ano) no cargo de Diretor de Broadcasting.

Na mesma época, acumulou as funções de redator, locutor, cronista, repórter e discotecário da Correio.

Teve como companheiros de diretoria os amigos Dr. Mário Ibrahim da Silva, José Francisco dos Reis Fortes, Francisco Alves Torga Filho, Dr. Fernandes Carlos, Pe. Hilário da Motta Barros, Marinho Luiz da Rocha e Wilson Panta Leão.

CARICATURISTA E LETRISTA
Além de radialista se tornou conhecido como um dos maiores desenhistas de Barbacena, assinando seus diversificados trabalhos que retratavam as caricaturas de personagens que naquela época faziam parte da mídia nacional.

Exerceu também a função de pintor letrista, destacando-se com as confecções de cartazes para o então Cine Brasil.

Criou a logomarca retratada por um (jornal e um microfone) da, hoje extinta, ABIR Associação Barbacenense de Imprensa e Rádio, fundada pelo radialista Marinho Luiz da Rocha.

PROFUNDA SAUDADE
Bellarmino de Azevedo Junior faleceu no dia 15 de janeiro de 1990, levando consigo a certeza de angariar novas amizades, traçar novas metas e, rever sua vida terrena.

Deixou uma lacuna nos meios radiofônicos além de uma escancarada saudade nos corações dos amigos das Rádios Barbacena e Correio da Serra.

FONTE
José Francisco Rodrigues de Azevedo.
Acervo documental. Setembro de 2005.
Maria Bernadete Braga.
Foto/Acervo. Doação ao projeto Radiodifusão.

AGRADECIMENTO
Hermelinda Maria da Conceição
Rosana Aparecida Azevedo
Eliana de Fátima Azevedo
Adriana Nazaret Azevedo
Silvana de Lourdes Azevedo
Luciana Maria do Carmo Azevedo
Hozana Assunção Azevedo
Francisco José Azevedo.

PRÓXIMA POSTAGEM
Benedito Fernandes Carlos.
Rádio Barbacena AM.

sábado, 28 de agosto de 2010

ANTÔNIO AUGUSTO DE CASTRO

ANTÔNIO AUGUSTO DE CASTRO

Nasceu em Ressaquinha no dia 08 de junho de 1923.
Filho de Augusto Pita de Castro e Dolores Maria de Castro.

INÍCIO NO RÁDIO
Começou a trabalhar como estagiário, no Rio de Janeiro, em 1948, exercendo a função de operador de som nas Rádios Nacional e Globo.

Também trabalhou nas Rádios Bandeirantes e Aparecida, SP; Difusora de Petrópolis, RJ; Industrial e Capital de Juiz de Fora; Cultura de Santos Dumont, MG.

FORMAÇÃO RADIOFÔNICA
Antônio de Castro assevera que naquela época, cultuava-se um rádio serio. “Orgulho-me de ter tido uma formação respaldada por um rádio de verdade, feito com amor e dignidade. Lembro-me das programações musicais realizadas ao vivo, onde não se podia jamais errar. Um tempo em que os locutores, editores e repórteres eram observados de perto por seus diretores setoriais. De um tempo em que os textos levados ao ar eram rigorosamente analisados e revisados pelos contra-regras de estúdio. De um tempo de locutores capacitados e dos comerciais bem montados. Hoje, pelo que tenho observado, o rádio se esvaziou. Não existe mais a preocupação direcionada a qualidade”.

ALCEU NUNES DA FONSECA e ANDRÉ GUSTAVO DE MURTÚ
Antônio Augusto, escarafunchando os porões do passado destaca a figura do empresário Alceu Nunes da Fonseca.

Foi o grande responsável pela sua orientação profissional, quando da sua estada no Rio de Janeiro, onde morou por alguns anos. Época, em que ele trabalhava no Circo do Dú, na Praça da Bandeira.

Depois de conhecê-lo, recebeu o convite para ingressar em sua organização de radiodifusão conhecida como “Radinterior”, uma verdadeira “plantadora de antenas” por este Brasil afora.

Também foi muito apoiado pelo amigo André Gustavo de Murtú, Supervisor Geral da Organização Radinterior Ltda e sogro de Alceu Fonseca.

RÁDIOS BARBACENA e INDUSTRIAL
Augusto voltou para Minas Gerais, em 01 de janeiro de 1951, contratado nas funções de operador de som e de auxiliar de estúdio, para trabalhar na Rádio Barbacena AM, onde prestou serviços até 01 de agosto de 1952.

Em seguida, promovido ao cargo de locutor, foi transferido para a Rádio Industrial de Juiz de Fora, hoje, Rádio Capital AM onde atuou até 26 de julho de 1958.

Neste mesmo período, alternou seu trabalho entre as duas emissoras atendendo às necessidades da Radinterior.

Augusto de Castro se afastou profissionalmente do meio radiofônico em 8 de janeiro de 1981, como funcionário da Rádio Capital de Juiz de Fora.

RÁDIO BARBACENA – FASE TRANSITÓRIA
Augusto recorda que participou da vida da Rádio Barbacena, até a sua fase de transição em 1955, quando a emissora foi transferida por Alceu Nunes da Fonseca para a família Bias Fortes.

COMPANHEIROS DA ZYL 8
Na ZYL 8 (administração Bias Fortes-1956), fez inúmeros companheiros: Sônia Pereira da Silva (Diretora), Carlos Alberto Gonçalves (Gerente Administrativo), Nilo Milagres, Walmic Campos, Barbosa Silva, José Raimundo de Faria, Vicente Maia Carneiro, Romeu Rainho, Paulo Jorge Barbosa, José Francisco dos Reis Fortes, Geraldo Magela, Odécio Reis, Armando Santiago, Nadyr da Silveira, Leonardo Malta, Antônio de Castro, Nilcéa Prenassi, Islam Gomes de Azevedo, Maria da Glória Sampaio dos Santos, Marinho Luiz da Rocha, Sérgio Fernandes, Benedito Fernandes Carlos, Hélio Costa e outros mais.

DESEMPENHO PROFISSIONAL
Augusto de Castro fez um pouco de tudo na Rádio Barbacena, atuando nos setores artístico, jornalístico, esportivo e técnico de externas.

Enfatiza que, no esporte, como suporte técnico, trabalhou ao lado de Barbosa Silva, José Raimundo de Faria, Armando Santiago, Paulo Sérgio, Belarmino Azevedo, Odécio Reis, Júlio Zilbert e Pio Canêdo.

Por solicitação de Barbosa Silva, à época, chefe da Divisão de Esportes, realizou uma série de transmissões em parceria com a Rádio Mauá AM do Rio de Janeiro, comandada por Orlando Batista.

Na área regional trabalhou na manutenção técnica das transmissões simultâneas de Carandaí, São João Del Rei e Barbacena.

No jornalismo, como técnico de externas, assessorou Walmic Campos, Marinho Luiz da Rocha, Barbosa Silva e Hélio Costa.

RÁDIO CULTURA DE SANTOS DUMONT
Castro idealizou e apresentou diversos programas pelo microfone da Cultura ZYV 8, entre eles o musical “Fim de Semana” com a colaboração efetiva de Itamar Vidal, da dupla Jair e Lainôr e do cantor “Carioca”.

Criou os personagens humorísticos “Zé Pindoba” e “Zé Moamba”.
Notabilizou-se como apresentador dos programas “Meu sertão”, “Momento de Meditação”, “Rádio Atrações” (programa de auditório em parceria com Sérgio Fernandes), “Rádio Show” (também em parceria com Sérgio Fernandes).

Antônio de Castro prestou também sua colaboração ao setor jornalístico da ZYV 8, redigindo e apresentando o “Informativo V-8”, focalizando especialmente a atividade policial.

Produziu e dirigiu ao lado dos radialistas Cauby Silva, Odilon Guerra, Cláudio Keler, Aloísio Costa e do Diretor Superintendente da Rádio Cultura José Freixo, o programa especial comemorativo ao 6º aniversário de fundação da emissora.

REVISTA DO RÁDIO
Augusto lembra que, como correspondente da Revista do Rádio, manteve uma coluna com notícias pertinentes a radiodifusão em Minas Gerais, especialmente, das emissoras pertencentes ao agrupamento da Radinterior. “Empresariei vários artistas entre eles: Orlando Silva, o “cantor das multidões” Cauby Peixoto, Carlos Galhardo, Marlene, Ângela Maria, Nely Grey (cantora da Rádio Industrial de Juiz de Fora), Betty Day e Dlores Delmar (artistas da Rádio Belgrano de Buenos Ayres, em rápida temporada na ZYV 8 Rádio Cultura de Santos Dumont. Tempos que considero como maravilhosos” recorda o radialista.

CASTELO FORTE FM
José Augusto de Castro, hoje, aposentado e morando em Juiz de Fora, administra em parceria com amigos, a Rádio Comunitária Castelo Forte FM 88.2 pertencente à comunidade de Monte Castelo.

FONTE
Antônio Augusto de Castro.
Depoimento em dezembro de 2007.
José Maria Alvim Silva.
Apoio documental ao longo de 2007.

PRÓXIMA POSTAGEM
Bellarmino de Azevedo Junior.
Rádios Barbacena AM e Correio da Serra AM.

ANTONINHO MARTINEZ STEFANI

ANTONINHO MARTINEZ STEFANI

Olá Rogério Varandas,

Nasci em Barbacena, em 10 de abril de 1938.
Sou filho de Avante Stefani e Alzira Stefani.

Meus primeiros contatos com o rádio, aconteceram em meados de 1950 quando a Rádio Barbacena estava situada numa ampla sobreloja do Edifício José Francisco, número 65, à rua 1º de Maio, centro, em frente onde hoje está o Restaurante Ginos “Il Candelabro”.

Participei de várias edições do programa de auditório “Parada Infantil” com pessoas que minha memória nunca esqueceu: Nirvan Gomes Silva, Magali e Magnólia Rossi, Walmick Campos, Romeu Rainho, Saulo de Brito Ramos, Vicente Carneiro, Benedito Fernandes Carlos, José Francisco dos Reis Fortes, Nadyr da Silveira, Sérgio Fernandes, Carlos Alberto Gonçalves (Paladino dos teclados), João Bathista Leite, a dupla caipira Zico e Zeca, Olga Gonçalves (filha de Carlos Alberto) e muitos outros.

Depois de algum tempo, passei a trabalhar com meu pai e estudar e a rádio parecia que ficaria como mera lembrança, mas, um dia, fui convidado pelo amigo Cristovam Abranches para trabalhar em seu programa Você faz o Sucesso, na Rádio Correio da Serra.

E eu fui para ficar por 4 anos como locutor na Correio.
Tive dois programas: Show das Dez e Música para seu fim de noite.

Na Correio da Serra, convivi com outras pessoas que marcaram minha vida: Enir de Magalhães Costa, Manoel Caldas, Souza Fontes, Daury Rocha, Vicente Lima, Nilton Curcio, Ricarbene Antônio, Jorge Wagner, Orlando Luiz da Silva, Antônio Joaquim, José Francisco Paraíso (figura humana admirável), José Maria, Manoel Antônio e tantos outros.

Tempos depois por causa de estudar à noite na Faculdade e trabalhar de dia, renunciei ao trabalho na emissora.

Também participei de todas as atividades teatrais à época, produzidas pelos núcleos do Grêmio do Colégio Estadual (1º cast fundado em Barbacena).

Em seguida entrei para o Grupo Barbacenense de Amadores Teatrais/GBAT que, tempos depois passou a ser conhecido como Conjunto Barbacenense de Amadores Teatrais/CBAT.

Participei do Grupo de Amadores Teatrais de Barbacena GAT (fundado pelo professor Anésio, em parceria com alunos da Escola Técnica Professor Plínio Alvarenga, dentre eles: Benedito Caldeira de Morais, Targino Pereira Silva Filho e Dinazarda Augusta da Silva).

Atuei ainda pelas Associações Teatral Estudantil Barbacenense/ATEB) e Teatral Estudantil e de Amadore Barbacenenses “Osmar Faria” - ATEAB.

Tive a honra de contracenar com grandes atores e atrizes de Barbacena: Georgina Paiva, Dair Izabel, Maria Helena Navarro, Maria Leite de Castro Coutinho (Totoca), Delliane de Azeredo Coutinho, Luiz Felipe Martins Barra, Professor Anésio, Léa Belo, Hilton Navarro, Arimar Couto, Wagner Milagres, Nivaldo de Oliveira, Dílson Laguardia, Célia Nunes, Heloisa Helena, José Martins, Max Leandro, Vera Lúcia de Abreu, Hélio Geraldo Ottoni, Osmar de Souza Faria, Ana Lúcia Santos, Telma Soares da Rocha, Déia Stela de Melo, José Ramos de Melo, Itamar Ribeiro, Maria da Glória Lima, Rosangela Quintão, Maria José de Oliveira, Ana Lucia Guimarães, Francisco Ribeiro de Assis, Lourdinha Laguardia.

Batemos vários recordes de bilheteria, com várias peças.

Lembro-me de termos alcançado sucesso, quando da exibição dos espetáculos: “A Família do Linhares” de (Paulo Orlando e Eurico Silva), “Dona Xepa” (Original de Pedro Bloch), “O Inimigo Intimo” de (Pacheco Filho), “O Maridos Atacam de Madrugada” de (Paulo Orlando), “A Ditadora” de (Paulo de Magalhães), “O Boi e o burro a caminho de Belém”, “Sem mulher e sem dinheiro”.

Tenho imensas saudades daquele tempo e considero essa época, a mais feliz da minha vida.

Sou agradecido a você Rogério – primeiro por esta viagem ao passado, pelos bons tempos vividos junto a Correio da Serra e do mundo encantado do radioteatro barbacenense. Tempos que não voltarão jamais.
Segundo, agradecido pela oportunidade de estar ajudando a perpetuar a história das Rádios Barbacena e Correio da Serra através do projeto Radiodifusão.
Muito obrigado!

FONTE
Antoninho Martinez Stefani.
Depoimento em setembro de 2007.
Manuel de Carvalho Caldas.
Apoio documental ao longo de 2007.

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Antônio Augusto de Castro.
Rádios Nacional e Globo do Rio de Janeiro; Bandeirantes e Aparecida - SP; Difusora de Petrópolis, RJ; Industrial e Capital de Juiz de Fora; Cultura de Santos Dumont e Barbacena.

sexta-feira, 27 de agosto de 2010

ARTENES JORGE TURCHETI (1º- E) ladeado pelo companheiro José Maria da Silva - em solenidade apresentada pelo radialista Hederson Varandas.

ARTENES JORGE TURCHETI

Artenes Turcheti, natural de Barbacena, nasceu no dia 12 de janeiro de 1954, na localidade da Lavrinha.
Filho de Jair Turcheti e Maria Vicente Portes.

Começou sua carreira na Rádio Barbacena, em 01 de janeiro de 1970, aos 16 anos de idade, a convite do radialista Vicente de Paula Barbosa da Silva.

Na emissora, exerceu funções junto ao setor de serviços gerais, sendo promovido em 01de julho de 1970 ao cargo de Auxiliar de Escritório, onde trabalhou ao lado da companheira Vera Lúcia Gonçalves da Silva, se responsabilizando pela confecção dos roteiros publicitários, montagem de textos, recepção e setor de cobranças.

Em 1971, foi transferido para o departamento técnico da emissora, passando a atuar como operador de som, onde alcançou, graças a sua inteligência, um sucesso além da sua expectativa, ao lado de profissionais como Raimundo de Ávila “Nhô Fidêncio”, Sérgio Fernandes, Adauto Machado, Nadyr da Silveira, Paulo Barbosa, Fernandes Carlos, Rogério Varandas, José Francisco Beraldo Rigotti, Elpidio Almeida, Armando Santiago, Hederson Varandas, Cristovam Abranches, Mauro Filho, Vera Lúcia Gonçalves, Carlos Alberto Júnior “Tostão”, Nilo Milagres Filho, José Cláudio dos Santos, José Carlos “Português”, Dr Moacir Salin, Sérgio Luiz Carneiro, Osmarino Eustáquio “Bolinha”, Olinto Moreira de Faria e Sérgio Malta.

Trabalhou por diversas vezes em horários lideres de audiência: “Carnet Social” com Vera Lúcia Gonçalves, Rogério Varandas e Hederson Varandas; “Canta Sertão” com “Nhô Fidêncio e Armando Santiago; “Sábado Alegre” com Nadyr da Silveira e Mauro Filho, além de ter tido participação efetiva, em toda linha de programação produzida e apresentada por Sérgio Fernandes.

Em 10 de janeiro de 1977, se desligou da Rádio Barbacena, indo para a Rádio Correio da Serra, onde permaneceu até 30 de novembro de 1977, como sonoplasta, adquirindo novos conhecimentos técnicos.

Na Correio da Serra criou um novo ciclo de amigos colecionando as companhias de Ivan Eustáquio, José Maria, Manoel Antônio, Pedro Amaral, Ivair Toledo de Paiva, Orlando Luiz da Silva, José Faria, Benedito Souza Fontes, Enir de Magalhães Costa, Malu Assis, Paulo Afonso Cachoeira, Nélson Silva “Batatinha” e Manoel Caldas.

Retornou à Rádio Barbacena em 01 de abril de 1984, na mesma função, além de trabalhar na escala de folgas dos operadores de som nos finais de semana.

Na Rádio Barbacena trabalhou sob a administração das diretoras Albertina Abraão e Maria Isar Tamm Bias Fortes.

Exerceu suas funções na Rádio Barbacena até 09 de junho de 1986.

Tempos depois retornou para a Rádio Correio da Serra, permanecendo durante o período de 01 de outubro de 1988 a 02 de fevereiro de 1989, acumulando as funções de sonoplasta e plantonista esportivo.

Na Correio da Serra, se destacou junto ao departamento de esportes, ganhando o carinho e o respeito dos companheiros Silva Júnior, Beto Santos, Carlos Alberto Gonçalves “Tostão”, Hélcio do Carmo e Hamilton da Fonseca.

Encerrou as suas atividades no rádio no final de 1989.

Casado, se transferiu para São Paulo, trabalhando em outros ramos profissionais.
Hoje, ao lado de seus familiares reside em Barbacena.

Artenes Jorge Turcheti foi meu colega de rádio.
Trabalhamos juntos na Rádio Barbacena. Tornou-se credor da minha admiração.

FONTE
Artenes Jorge Turcheti.
Depoimentos em maio e junho de 2005.
Orlando Luiz da Silva.
Depoimento em julho de 2005.
Ivair Toledo de Paiva.
Depoimento em agosto de 2005.
Malu Assis.
Depoimento em agosto e setembro de 2005.
Osmarino Eustáchio Coelho.
Depoimentos diversos ao longo de 2005.

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Antoninho Martinez Stefani.
Rádios Barbacena AM e Correio da Serra AM.

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

ARMANDO SANTIAGO

ARMANDO SANTIAGO

Nascido em Barbacena no dia 1 de novembro de 1933.
Filho de José Galdino Santiago e Maria Antonia de Jesus.

Armando Santiago, com inicio de carreira por volta de 1950, foi um dos nomes que contribuíram para enriquecer a história da radiodifusão de Barbacena, se dedicando por inteiro aos ouvintes e a cultura, direcionada a zona rural através do “Manhã Sertaneja” e do “Canta Sertão”.

Um elo entre a Rádio Barbacena e o homem do campo, através do cancioneiro de raiz e de saudação sincera a vida.

Armando Santiago era uma criatura humilde, profundamente sensível e capaz de se deixar levar pela emoção ao dar uma nota de falecimento de um amigo ou conhecido.

Era dono de um estilo próprio e todos o respeitavam.

Tratava com carinho todas as pessoas que lhe procuravam na emissora, principalmente as humildes e adoentadas, encaminhando-as para atendimento médico e, muita das vezes, fornecendo-lhes remédios com o apoio dos amigos farmacêuticos.

Gostava de ajudar os seus ouvintes em situações difíceis, levando-lhes informações diversas desde o registro de aniversários até o considerado “correio da saúde”, onde em constante intercâmbio com a direção dos hospitais, transmitia o estado dos pacientes internados em Barbacena, moradores nas fazendas e sítios da região.

Era comum ouvi-lo dizer: “A direção do hospital (...) comunica aos familiares de (...) que o mesmo está passando bem. Que o paciente deverá ter alta no dia (...)”.

“O sr (...) está fazendo aniversário no dia de hoje. Ele mora na Fazenda do Campo Verde, na região da Borda do Campo. Ao aniversariante o abraço da administração e funcionários da Rádio Barbacena”.

Aos domingos a partir das 14:00h, nos estúdios da Rádio Barbacena se colocava apostos junto ao Plantão de Esportes. Um show de informação nacional e internacional e das Loterias.

Além da atividade como plantonista, exerceu as funções de repórter e comentarista.

Trabalhou ao lado de profissionais como: Alamiro Pires Pulinho de Almeida (Popó), Barbosa Silva, Arthur Dapieve, Clery Renault, Demostenes Ayres Viana, Estefano Pedro Trad Júnior (Faniquinho), Marcus Vinicius Moreira Paes, Odécio Reis, José Raimundo de Faria, Ernani Silva, Luiz Raimundo Canuto Chaves “Luiz Chaves”, Adauto Ayres Machado, José Maria Beraldo Rigotti, Carlos Alberto Júnior (Tostão), João Raposo, Mauro Nascimento Filho, Ary Lopes, Osmarino Eustáquio Coelho (Bolinha), Cristovám Abranches, Rogério Varandas, Ary Neto, Geraldo Henrique Alves de Faria, Rogério Barbosa, José Antônio Lopes, José Fernandes Paraíso, Carlos Fernando da Silveira Fagundes, Juarez Pinto, Wenceslau Resende, Deusdete Alves de Paula, Clawdyr José de Resende, Awdyrnhavir Weyder, Alawir de Resende, Oldair Ferreira e tantos outros.

Armando Santiago se dedicava de corpo e alma a Rádio Barbacena!.
Sua conivente e amante verdadeira.

Um dia, se sentindo colocado a margem do caminho se esmoreceu para a vida.
Sentiu morrer a Árvore dos seus amigos.

Deixou de ser feliz ao ver que muitos desses denominados companheiros do peito, do coração, não queriam mais compartilhar com ele a mesma rota.

Chorou ao desejar a todos que um dia trilharam com ele do mesmo caminho, Paz, Amor, Saúde, Sucesso, Prosperidade e Dignidade em nome do rádio.
Da Rádio Barbacena!

Armando Santiago deixou um pouco de si e levou um pouco de nós.
Faleceu no dia 10 de julho de 2003.

FONTE
Walter Antônio Möller. Radiojornalista.
Depoimento em junho de 2003.
Osmarino Eustáquio Coelho.
Depoimento em junho e julho de 2003.
Agradecimentos
Maria da Glória Sfredo Santiago.
Giovanna Sfredo Santiago.
Patrícia Sfredo Santiago.

PRÓXIMA POSTAGEM
Artenes Jorge Turcheti.
Rádio Barbacena AM.

ANTÔNIO JOAQUIM DA SILVA

ANTÔNIO JOAQUIM DA SILVA

Nascido em Carandaí, MG, em 07 de janeiro de 1937.
Filho de Joaquim Antônio da Silva e Conceição Andrada da Silva.

Foi para a Rádio Correio da Serra, sua única emissora, em 21 de janeiro de 1962, onde permaneceu no cargo de “operador de som” sob administração de Enir de Magalhães Costa, até 01 de agosto de 1987.

Em 18 de julho de 1987, foi contratado pela empresa Credireal Serviços Gerais & Construções S/A, para prestação de serviços no Manicômio Judiciário Jorge Vaz de Melo, como Agente Penitenciário, permanecendo na função por dezesseis anos, sendo afastado das atividades por motivos de saúde. Faleceu em 25 de setembro de 2003, em Barbacena.

Antônio Joaquim encarava a vida com o coração aberto, pregando a união e o humanismo entre as pessoas.

Religioso e tendo a Bíblia, como seu livro de cabeceira, lembrava da importância de se viver a vida com fé e amor ao próximo: “Devemos nós colocar sempre em estado maior de alerta, procurando ajudar as pessoas necessitadas com simplicidade e sem alardes... sem visar a obtenção de favores” asseverava.

Deixou no rádio várias amizades, sendo a principal - Malu de Assis, acompanhada por Padre Hilário da Mota Barros, Jader Roberto, Adelson Rodrigues, Enir de Magalhães Costa, José Beraldo Rigotti, Márcio Chaves, Nelson Silva, José Faria, Nilton Curcio, Dorinha Gomes, Rogério Varandas, Antônio Paulino, Souza Fontes, Geraldo Vale, Pedro Amaral, Manuel Carvalho Caldas, Antônio Carlos, Moacir Filho, Paulo Roberto, Mauro Filho, Paulo Afonso Cachoeira, Orlando Luiz da Silva, Lucindo de Paula Filho e Ivair Tolêdo de Paiva.

Nas referências que tenho feito à Rádio Correio da Serra realço com carinho os méritos, do amigo Antônio Joaquim da Silva.

Manifestei, posteriormente, tristeza ao saber do seu falecimento.

No entanto, ele se encontra feliz, passeando pelo Universo à procura de novos lugares de direito, levitando em novas frentes radiofônicas, enchendo de alegria não só os seus fãs que aqui ficaram, como todos os companheiros do rádio.

Que bom saber, que ele continua servindo de exemplo e de estímulo para o progresso de todos.

É um registro que, de coração aberto, faço no final desta lembrança de Antônio Joaquim da Silva. [Rogério Varandas].

FONTE
Izolina Ribeiro da Silva.
Depoimento em maio de 2005.
Ivair Toledo de Paiva.
Depoimentos em maio e junho de 2005.
Orlando Luiz da Silva.
Depoimento em junho de 2005.
Manuel carvalho Caldas.
Depoimento em maio e agosto de 2005.

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Armando Santiago.
Rádio Barbacena AM.

ALTAIR SAMPAIO TRÓCOLLI

ALTAIR SAMPAIO TRÓCOLLI

Nascida no dia 12 de fevereiro de 1928 em Paraíso Garcia.
Filha de Alcides Ulisses Sampaio e Maria Cristina Sampaio.

Filha de pais bastante religiosos Altair, herdou uma educação admirável, moldando assim a personalidade forte, porém, generosa.

Altair Sampaio trabalhou entre os anos 40 e 50 na Rádio Barbacena, acumulando funções de locutora, contra-regra de textos comercais e rádio-escuta.

Foi uma das primeiras locutoras da rádio administrada pelo Grupo Alceu Nunes da Fonseca & Cia. Ltda – Organização Radinterior sediada na então Capital Federal, Rio de Janeiro – GB – à Avenida Rio Branco, número 138, 9º andar.

Época, em que muitos nomes vinham de toda a parte tentar uma chance na ZYL-8.

Ainda muito moça se viu envolvida num momento novo de vida, em plena ebulição da Rádio Barbacena crescendo, se avolumando, pedindo produção, influenciada pelos profissionais de maior experiência, direcionada a produção comercial, musical e jornalística.

Altair recebeu e conviveu com nomes do mais alto nível como Benedito Fernandes Carlos, Paulo Jorge Barbosa, Vicente de Paulo Barbosa Silva, Armando Santiago, José Faria, Sérgio Fernandes e Nadyr da Silveira.

Logo nos primeiros dias conseguiu revelar-se para o público se transformando em uma das maiores atrações do meio artístico da emissora.

Desenvolveu-se de forma espantosa. Foi uma consagração!
Uma funcionária exemplar, cumpridora de seus deveres.

Mais tarde deixou à emissora indo morar no Rio de Janeiro onde se instalou definitivamente.

Altair Sampaio Trócolli foi na Rádio Barbacena um nome que jamais será esquecido.

FONTE
Jane Sampaio Silva. Radialista.
Depoimentos ao longo dos meses de abril e maio de 2006.

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Antônio Joaquim da Silva.
Rádio Correio da Serra AM.

ALCEU NUNES DA FONSECA

ALCEU NUNES DA FONSECA

PRIMEIRO DIRETOR GERAL DA RÁDIO BARBACENA
Acionista, superintendente e primeiro diretor geral da Rádio Barbacena.

Nascido em Marica, RJ, em 31 de abril de 1903.

PRIMEIROS CONTATOS COM O RÁDIO
Representante de produtos farmacêuticos. E foi nessa atividade que começou seus primeiros contatos com o rádio, já que era necessário divulgar as qualidades dos produtos que vendia nas farmácias e drogarias.

PLANTADOR DE ANTENAS
Entre 1940 e 1941, entrou no ramo publicitário, conseguindo as primeiras representações de estações de rádio do interior do país, uma delas sob a sua orientação: Rádio Cultura de Araraquara Ltda, SP.

Foi o pioneiro nesse encontro do rádio do interior, com o mundo publicitário, do Rio de Janeiro e de São Paulo através do Grupo Alceu Nunes da Fonseca & Cia. Ltda – Organização “RADINTERIOR” sediada na então Capital federal, Rio de Janeiro, GB, à Avenida Rio Branco, número 138, 9º andar.

Inúmeras vezes tomou a iniciativa de requerer a instalação de emissoras para cidades do interior. Foi, um verdadeiro “plantador de antenas” por este Brasil afora.

RÁDIO BARBACENA
Dirigiu durante anos a Rádio Sul Fluminense, de Barra Mansa, RJ, a Rádio Cachoeiro de Itapemirim e a Rádio Capixaba, no Espírito Santo. A Rádio Ubaense, em Ubá e a Rádio Industrial de Juiz de Fora, em Minas, além de algumas outras, entre elas, a RÁDIO BARBACENA.

Tornou-se figura de expressão junto à primeira diretoria da Rádio Barbacena como (Superintendente-Acionista) amparado pelo trabalho do Supervisor Paulo Nazareth de Oliveira e pelo profissionalismo dos companheiros Marílio Santos Fonseca (Diretor Comercial); João Bathista Leite (Diretor Artístico).
Na área técnica recebeu o apoio dos diretores Bodo Grandcke e Marinho Luiz da Rocha.

INDUSTRIAL DE JUIZ DE FORA
A Rádio Industrial de Juiz de Fora, foi uma das mais completas sob sua direção.
Possuía orquestra e conjunto de cordas próprios, cast de radioteatro e grupos de cantores, completo quadro para transmissões esportivas e perfeito corpo de redatores.
E se dava ao luxo, inclusive, de manter programa semanal animado por César de Alencar e outro com Renato Murce, numa parceria com a Rádio Nacional do Rio de Janeiro.

INDUSTRIAL versus TELEVISÃO
Também sob sua direção, pela primeira vez na América do Sul, em 29 de setembro de 1948, a Rádio Industrial de Juiz de Fora, passou a transmitir programas de televisão, inclusive o Congresso Eucarístico, programa do Centenário da cidade de Juiz de Fora; e com grande sucesso patrocinado por Carlos Pereira Industrias Químicas S/A, jogo de futebol, entre Bangu, do Rio de Janeiro, e o Tupi de Juiz de Fora.

A aparelhagem técnica foi construída em Juiz de Fora, pelo técnico Olavo Bastos Freire. A noticia foi publicada também nos Estados Unidos, pela revista especializada “Television” em julho de 1951, com fotografias e dados completos.

Alceu Nunes da Fonseca dirigiu ainda outras emissoras de rádio: a Rádio Carioca de Feira de Santana, na Bahia, e a Rádio Carioca, no Rio de Janeiro.

FORÇA DO RÁDIO
Alceu Nunes Fonseca sempre acreditou na força do rádio, seja como veículo de informação ou de entretenimento.

“A velocidade com que o rádio atua junto ao povo, levando-lhe a notícia, a informação, a música, o prazer e a cultura, bastaria para justificar o meu entusiasmo” enfatizava Alceu Fonseca.

FONTE
> Bastidores do Rádio. Editora: Imago/1976.
Renato Murce. Autor e radialista.
Compilação: Rogério Varandas. Radialista. Setembro/2004.
> “Os Primeiros Tempos da Emissora – ZYL 8 Rádio Barbacena”.
Autor: José Theodorico de Paula. Radialista. Janeiro/1976.
> Projeto “Radiodifusão - a história das emissoras de rádio de Barbacena”.
Autor: Rogério Varandas. Radialista. Setembro/2004.

AGRADECIMENTO
Direção e funcionários da Editora Imago. Rio de Janeiro. RJ. Ano/1976.
Renato Murce. Radialista e autor.

PRÓXIMA POSTAGEM
Altair Sampaio.
Rádio Barbacena AM.

quarta-feira, 25 de agosto de 2010

ADAUTO AYRES MACHADO

ADAUTO AYRES MACHADO

Nascido em Leopoldina, MG, em 8 de junho de 1942.
Filho de João Ayres Machado e Anália Alves Machado.

Notabilizou-se através da radiodifusão barbacenense. Dono de uma voz muito boa, bem timbrada e possuidor de um improviso fácil.

Foi uma das figuras de maior realce da Rádio Barbacena colaborando com todos os setores da emissora. Foi animador de auditório atuando no programa “Atrações Organa” sob direção de Nadyr da Silveira.

Locutor noticiarista, radioator, redator e repórter. Apresentou vários programas musicais e teve atuação de destaque interpretando as preces da Ave Maria.

Foi narrador esportivo atuando ao lado dos companheiros Barbosa Silva, Armando Santiago, Marcus Vinicius Moreira Paes, Odecio Reis, José Antônio Lopes, Ary Lopes, Ary Neto, Geraldo Faria e muitos outros.

Apresentou os programas jornalísticos RB Noticias e Jornal da Boa Vizinhança.

Conheci Adauto Machado em junho de 1971.

Recebeu-me de braços abertos na Rádio Barbacena localizada no Edifício da Associação Comercial.

Tive a honra de conviver com ele durante muitos anos num aprendizado diário de como se fazer uma verdadeira comunicação. Com esportividade, energia marcante e de contestação.

Adauto buscava com humildade e profissionalismo conquistar novos espaços no meio radiofônico. O rádio para ele era vocação...
Um dos maiores radialistas que conheci.

É um registro que, orgulhosamente, faço no final desta página.
[Rogério Varandas].

FONTE
Osmarino Estáquio Coelho “Bolinha”.
Depoimento em maio e junho de 2006.
José Theodorico de Paula.
Depoimentos em maio e junho de 2006.

PRÓXIMA POSTAGEM
Alceu Nunes da Fonseca.
Acionista, superintendente e primeiro diretor geral da Rádio Barbacena a partir de 11de janeiro de 1948.

MANUEL CARVALHO CALDAS

MANUEL CARVALHO CALDAS

Nascido em Barbacena no dia 25 de setembro de 1941.
Filho de Lucas Augusto Caldas e Maria da Conceição Caldas.

Manuel Caldas sem em se deixar levar pelos encantos do sucesso, se tornou um dos pioneiros da Rádio Correio da Serra AM.

Festejou a sua entrada no rádio em 21 de janeiro de 1962, apostando de maneira consciente nos resultados da Correio da Serra, para Barbacena e região.

Ao lado dos companheiros Enir de Magalhães Costa, Marinho Luiz da Rocha, Bellarmino Azevedo Junior, Paulo Affonso Cachoeira, Olinto Moreira de Faria, Antônio Joaquim da Silva, Nilo Milagres, Terezinha Abreu e outros tantos, se tornaram os principais responsáveis pelo êxito do prefixo (ZYV-52) o que fez com que estes profissionais iniciassem uma caminhada firme em direção a novos expoentes.

Um dos sonhos de Manuel Caldas era o de contribuir para que a sociedade barbacenense, pudesse ter através da Correio da Serra, um rádio forte e capaz de ajudar a criar novos tipos de conceito de vida.

E Manuel Caldas tinha razão. Lembro que ao longo das suas atividades, a “Namoradinha do Sucesso” (primeiro slogan da emissora criado pelo jornalista Geraldo Henriques Alves de Faria em 1962), desempenhou significativo papel na construção e consolidação da radiodifusão, ajudando a escrever a história da comunicação em Minas e em vários pontos do país.

Desempenhando uma postura eticamente correta, Manuel Caldas se destacou com o passar dos anos, o profissional modelo, onde através de uma vida inteira de trabalho, tem mostrado que a vontade de vencer derruba qualquer barreira.

Sua história acena para um passado de muito sacrifício e dedicação aos serviços que desempenhou.

Como comunicador e repórter teve participação efetiva como coordenador e apresentador do (1º Festival de Música Jovem RCS de Barbacena) além dos trabalhos desenvolvidos junto à comissão da criação das Escolas de Samba e Blocos Carnavalescos de Barbacena.

Pela passagem dos 40 anos da Rádio Correio da Serra, comemorados no dia 21 de janeiro de 2002, nos estúdios da emissora, Manuel Caldas, ao lado dos companheiros Domingos Silva, Carlos Alberto Gonçalves Júnior, Malu de Assis e Banedito Souza Fontes, enfatizou que:

“A amizade coletiva é de amplitude infinita e, disso, depende a alma em crescimento na vida. Compreender o valor dos outros e o intercâmbio entre as criaturas é despertar o amor permanente no coração. A coletividade é uma família maior, e para que essa comunidade seja feliz, é necessário que a paz reine em todos os corações e, nessa data, podemos afirmar sem medo de errar: a rádio Correio da Serra, através dos seus dirigentes e funcionários, sempre soube promover a paz na família barbacenense”.

Crítico e benevolente ao mesmo tempo consigo mesmo, Manuel Carvalho Caldas é um desses profissionais raros de se encontrar.

Advogado, professor de História, radialista, membro Honorário da Academia Barbacenense de Letras e Assistente Jurídico Penitenciário do Hospital Psiquiátrico e Judiciário “Jorge Vaz” de Barbacena.

Manuel Carvalho Caldas.
Um ícone da radiodifusão de Barbacena.

FONTE:
Manuel Carvalho Caldas.
Depoimentos em março, maio e agosto de 2004.
Tíndaro Carvalho Caldas.
Depoimento em outubro de 2004.

PRÓXIMA POSTAGEM
Adauto Ayres Machado.
Rádio Barbacena AM.