quinta-feira, 27 de maio de 2010

ANDERSON TANAGINO ALVES

ANDERSON TANAGINO ALVES

Natural da cidade de Juiz de Fora, MG, onde nasceu em 07 de abril de 1971.
Filho de Walter José Fernandes Alves e Edilamar Tanagino.

Graduado em Comunicação Social pela Universidade Presidente Antônio Carlos UNIPAC de Conselheiro Lafaiete, MG, com ênfase em WEB-Jornalismo em julho de 2009.

Possui diversos cursos complementares como o de Operações em Programas de Computação em Rádio (Info-áudio, Digi-rádio e Soud-forge).
Gerencia e Chefia pela Psicoméd-Centro de Psicologia de Conselheiro Lafaiete, MG, em 2006.
Coordenação Estratégica e Gerencial de Equipes Profissionais de Rádios AM e FM.

Anderson Alves ao longo de 20 anos de experiência profissional como radiojornalista segue estrada a fora desempenhando suas funções sempre de forma harmoniosa e competente como locutor, operador, repórter, âncora, locutor de estúdio e de gravação.

Em 1988, iniciou suas atividades radiofônicas como auxiliar de externa da rádio Manchester FM 100,1 de Juiz de Fora.
Anderson recorda que, à época, ajudava a montar o equipamento de transmissão para os clássicos futebolísticos regionais.

“Bons tempos aqueles. Depois fui participar de uma pré-seleção para ser operador de áudio da extinta rádio Nova Cidade AM 730 MHZ (JF). Concorri à vaga, disputando com mais três pessoas. Depois de um ano na função, um locutor da Nova Cidade, Walmir Rodrigues, me deu uma oportunidade de falar ao microfone, pois achou minha voz bonita.
Na ocasião, o dono da emissora, Marcos Falconi, ouviu, aprovou e me colocou na madrugada da recém criada Atividade FM 93,5 hoje, já extinta. Deixei a Manchester em 1990, indo trabalhar como operador e repórter na rádio Solar AM e FM. No mesmo ano assumi a função de locutor de cabine da TV Globo de Juiz de Fora (Panorama).
Depois das experiências adquiridas na Manchester e Solar também trabalhei a partir de 1994, na rádio Nova Amizade AM de Juiz de Fora, como locutor e operador” enfatiza Anderson Alves.

Anderson faz um pequeno resumo da sua trajetória no rádio. Confessa que foi parar na rádio Manchester impulsionado por uma certa curiosidade:

“Rogério, fui como curioso. Cheguei na recepção da Manchester FM 100,1 hoje rádio Cidade e pedi a recepcionista para conversar com o diretor que era o Alexandre Magno. O Cara me deu uma chance de fazer um teste, obvio que fui reprovado, mas o programador da rádio, Carlos Braw, ouviu o referido teste , gostou da minha voz e me colocou em contato com o chefe de operadores da emissora , não me recordo o nome dele agora, dizendo que seria mais fácil entrar. Foi onde arrumei a função de auxiliar de externa. Enrolava e desenrolava mais de 100 metros de cabo de microfones, eram 4 metros, por transmissão, foi assim o início de tudo. Depois de alguns anos em JF e em várias emissoras, fui pra Carandai em 1995, para trabalhar na Rádio Fama FM e depois, através do Alberto Lavinha e do Alexandre Magno, dono e Diretor respectivamente das primeiras rádios pela qual passei, fui convidado, no mesmo ano, para exercer a função de locutor da recém criada 104 FM de Barbacena na qual permaneci por quase um ano. Creio que resumi mais ou menos para você e os amigos do (barbacenaonline) esses tantos anos de estrada!”.

Em 1997, uma nova mudança de ares o levou para a Rádio Serra Azul FM de Santos Dumont, MG, onde acumulou as funções de Coordenador Artístico, locutor e operador.

Atualmente, Anderson Tanagino Alves reside em Conselheiro Lafaiete, onde desde 2000, atua como radiojornalista acumulando funções nas áreas de coordenação, locução e operador de som das Rádios Carijós AM e FM.

FONTE
Anderson Tanagino Alves.
Depoimento em agosto de 2009.
Cleber Francisco da Silva.
Apoio documental em gosto de 2009.

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Monsenhor Mário Quintão.
Idealizador e apresentador entre os anos de 1948/1949, da prece da Ave Maria. Um dos maiores colaboradores do jornalismo da ZYL 8 Rádio Barbacena.

domingo, 23 de maio de 2010

ERNESTO FRANCISCO DA SILVA " NÉLSON BATATINHA"

ERNESTO FRANCISCO DA SILVA

Nasceu na cidade de Mercês, MG, em 03 de dezembro de 1934.
Filho de Joaquim Francisco da Silva e Laurentina Souza Lima.

Antes era simplesmente Ernesto Francisco da Silva.
Depois, se transformou em Nélson Batatinha exemplo de classe, dignidade profissional e eficiência.
Alto, forte, bonachão e galhofeiro, legenda maiúscula, uma das figuras mais populares e queridas da história da Rádio Correio da Serra.

Atuou durante muitos anos na emissora, à época, administrada por Ivair Toledo de Paiva. Notabilizou-se como titular do programa “Manhã Sertaneja” formando dupla com o amigo do peito e operador de som Antônio Joaquim da Silva. Nélson também trabalhou durante os anos 80, na Rádio Barbacena.

Nélson Batatinha tinha um estilo próprio e irreverente o que lhe proporcionava um elevado índice de audiência. Lembramos com alegria de seu slogan usado durante as aberturas da programação, onde dizia: “Sapato ficou doente, botina foi visitar, neste momento o programa Manhã Sertaneja entra no ar”. Tudo isso, bem como todos os seus textos comerciais, eram feitos de improviso. Nada era previamente elaborado e sim criado na hora.

A criatividade artística de Nélson Batatinha era tão grande que ele tinha suas famosas novelas, com personagens voltados ao homem do campo, numa homenagem ao mundo sertanejo.

Ele, sozinho, criava o roteiro, debruçava sobre as pesquisas, fazia os personagens e ainda montava os efeitos sonoros. Nunca perdia o sentido do roteiro e o enredo de suas histórias. Produziu o seriado “Filho Adotivo” extraído da música do mesmo nome sucesso na voz do cantor Sérgio Reis, de autoria de Arthur Moreira e Sebastião Ferreira da Silva.

Nélson Batatinha gostava de declamar ou até mesmo cantar, pequenos trechos da música em seu programa... (...Com sacrifício, eu crie meus sete filhos, do meu sangue eram seis, e um peguei com quase um mês, fui viajante, fui roceiro, fui andante, e pra alimentar meus filhos, não comi pra mais de vez...).

Era fã tanto de Sérgio Reis como da dupla Tonico e Tinoco.
Também gravou com apoio dos amigos da Rádio Correio da Serra, o disco “Percorrendo Barbacena”.
Tudo que fez no rádio foi graças ao talento que Deus lhe deu.

Foi o criador, dos “Festivais de Quadrilhas” que reunia os grupos de quadrilhas de todos os bairros de Barbacena. Um evento que acontecia anualmente, objetivando o congraçamento entre os moradores dos bairros e premiando os melhores grupos com taças e troféus. Com isso, ele não só movimentava a cidade, como também procurava resgatar o nosso folclore regional.

Nas quadrilhas contava sempre com a inseparável companhia dos amigos Geraldo Manobreiro, Jair Samambaia, Paulo Alves Affonso “Cachoeira” e Rosan e do trio Três de Minas. Tais eventos chegaram a fazer parte do calendário oficial da extinta Secretaria de Turismo de Barbacena.

Nélson Silva era um homem de origens humildes e graças a sua determinação, conseguiu sobressair-se como um dos mais importantes nomes da Rádio Correio
da Serra. Uma pessoa bondosa, rica em criatividade, sempre disposta a amparar em seu coração os mais necessitados.

Dona Hilda Maria Ramos viúva de Nelson, acompanhada por seus filhos Márcia, Meire, Edmar e Edgar, das netas Ana Clara, Ana Beatriz e Maria Fernanda reverenciam Batatinha de forma carinhosa. Meire Aparecida Ramos escolhida para expressar o sentimento dos demais, recorda que seu pai foi um homem extraordinário:

“Rogério, papai foi para nós um ser humano muito especial. Foi a nossa bússola de vida e rota de segurança. Firme em suas decisões, franco e dono de um dinamismo invejável. Lembro-me dele no desempenho das suas funções como radialista ao microfone da Rádio Correio da Serra. Ele simplesmente levitava ao microfone ao comunicar-se com os seus milhares de fãs esparramados pelos bairros de Barbacena e região. Através dos microfones das Rádios Correio da Serra e da co-irmã Rádio Barbacena onde também trabalhou durante os anos 80, meu querido e saudoso pai navegava pelas ondas da vida nos fazendo sonhar. Suas histórias simples, mas, recheadas de sentido de vida, de respeito para com o próximo e de religiosidade nos transportavam para além do imaginário. Ao microfone meu pai Nelson Batatinha colecionava amigos, cantava, marcava quadrilha como ninguém, amparava os menos favorecidos pela sorte e, abria o seu coração para o mundo. Seu comportamento ético era capaz de trazer a felicidade através da boa convivência com os seus ouvintes e a sociedade barbacenense. Não foi locutor por acaso... chegou a microfone pelas mãos de Deus!. Para ajudar os mais humildes. Vários foram os momentos que marcaram a trajetória de papai como radialista. Todos gostavam dele e muitas vezes sem o conhecerem pessoalmente, o abraçavam através das ondas do rádio. Muitos o adotaram como um “amigo da família”. Passaram a ser seus ouvintes fiéis. Hoje, emocionada agradeço a cada deles. Amigos sinceros e que o acompanharam até o seu último dia de vida. Eu e meus irmãos fomos amadas por ele de forma muito intensa. Era um pai zeloso, esposo amante e dedicado. Sempre que chegava em casa após mais um dia de trabalho nós presenteava com balas acompanhadas de um fraternal abraço. A dor da sua partida às vezes ainda nos faz chorar. Já se passaram 20 anos mas, o tempo, teimosamente não apaga a sua lembrança retida em nossos corações. Hoje, temos orgulho de poder reverenciá-lo via internet através do projeto Radiodifusão idealizado por você Rogério. Aproveitando a oportunidade e, de forma sintetizada, temos a honra de poder contar ao mundo todo que somos os filhos diletos, amados e fãs do homem que tinha o dom do improviso. Que teve ética para atitudes cotidianas e que foi profundamente ousado. Esse homem foi o meu pai, Nelson Batatinha”.

No dia 2 de junho de 1989, a voz de Nélson Silva se calou para sempre...
Barbacena envolta em flores parou para o adeus a Batatinha sob o aplauso de milhares de amigos, entre eles o companheiro e sanfoneiro Sebastião Rosa.

Este foi Ernesto Francisco da Silva “Nélson Batatinha”.
Uma figura folclórica e um exemplo de profissional perpetuado através das ondas da rádio Correio da Serra a “Namoradinha do Sucesso”.

FONTE
>Walter Antônio Möller. Jornalista. Depoimento em julho de 2005.
>Hilda Maria Ramos. Depoimento em outubro de 2009.
>Meire Aparecida Ramos da Silva. Depoimento em outubro de 2009.
>Márcia Aparecida Ramos da Silva. Depoimento em outubro de 2009.

AGRADECIMENTOS
>Edgar José da Silva
>Edmar José da Silva
>Ana Clara
>Ana Beatriz
>Maria Fernanda.

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Anderson Tanagino Alves.
Rádios Fama FM e 104,5 FM de Barbacena.

sexta-feira, 21 de maio de 2010

REGINALDO GOMES

REGINALDO GOMES

Natural de Barbacena onde nasceu no dia 4 de janeiro de 1961.
Filho de Jovelino Gomes Ferreira e Maria do Carmo Fonseca Gomes.

Radialista com formação em Marketing e Educação, Comunicação e Tecnologia.
Especialista em projetos de Webradio e Radio Indor.
Exerce Consultoria em Programação de AM e FM além de atividades profissionais nas áreas de gravação comercial, vinhetas, elaboração e condução de ceremoniais.

Reginaldo Gomes iniciou sua carreira em 8 de maio de 1978 na rádio Correio da Serra, após ser incentivado pelo inseparável amigo e colega dos tempos do Colégio Estadual Professor Soares Ferreira, Jairo César Attademo. À época, Reginaldo se deixou levar pela emoção, pela vontade, pelo tesão de grande ouvinte de rádio que era. Ele se recorda dos primeiros dias na emissora.

“Comecei como locutor treinando ao lado dos companheiros Sérgio Luiz Carneiro, Adalto Ayres Machado e Garcia Jr., no programa (Musical Wolksvagem). Ainda na Correio da Serra apresentei o programa (Música Para Milhões). Depois fiz, um noticioso, eu e o companheiro Márcio Chaves. A emissora tinha a administração segura do amigo Ivair Toledo de Paiva. Me recordo de alguns amigos que fiz como o Orlando Luiz da Silva, José Fernandes Paraíso, Paulo Alves Affonso o (Cachoeira) e Malú Assis. Tive a sorte de ter iniciado com profissionais muito competentes. Era uma equipe de alto nível. Fico feliz de ter passado bons anos na emissora”.

Reginaldo após alcançar notariedade na Correio da Serra, se transferiu para Juiz de Fora. Foi aí que começou a rodar. Trabalhou como locutor, na rádio Sociedade Juiz de Fora (Super B 3) ao lado de grandes nomes como Mario Helenio, Francisco Barbosa, Helenas Bittencour, Claudio Temponi, Paulo Cesar Magela, Matalio Luz e Carlos Neto. Durante o tempo que esteve na (Super B 3) adquiriu um bom padrão radiofônico que, somado aos conhecimentos da Correio da Serra, o levaram a alçar vôos maiores.

De Juiz de Fora, Reginaldo se transferiu para Belo Horizonte, sendo contratado pela rádio Del Rey 98 FM nas funções de locutor e programador.
Também na capital trabalhou na rádio BH FM do Sistema Globo de Rádio comandando a emissora como Diretor Artístico durante 15 anos (dos quais 14 de absoluta liderança em Belo Horizonte). Tempos heróicos.

Também no Sistema Globo de Rádio, foi locutor e Diretor Artístico da rádio Globo Minas e rádio Globo Tiradentes de João Monlevade.

Reginaldo Gomes possuidor de invejável versatilidade e elevado espírito profissional, colecionou ao longo da carreira de comunicador uma série de outras empresas como a Universal Studios Rádio (produção e apresentação de programas para brasileiros na rádio dos estúdios Universalk localizada em Miami, Florida. Trabalhou na Band FM durante administração do amigo e grande figura humana, Acácio Costa. Também viveu as emoções da FM Grande BH, onde graças a um projeto bem elaborado e considerado audacioso conseguiu alavancar uma Audiência em tempo recorde, colocando a emissora nas primeiras colocações.

Tempos depois foi contratado pela Extra FM pertencente à Organização Itatiaia de Rádio. Trabalhou também na Transamérica POP (onde participou da mudança da emissora para o segmento popular Transamérica Hits.

Ressalta-se que Belo Horizonte foi a única capital a ter uma rádio Transamérica, do segmento popular HITS; todas as outras próprias e afiliadas eram do interior do Brasil.

Reginaldo Gomes residindo em Belo Horizonte integra o Vozes de Minas (Associação dos Locutores Profissionais de Belo Horizonte). Atualmente é a "voz" do programa TV Verdade, de segunda a sexta às 13:30H na TV Alterosa-SBT de Belo Horizonte.

Um nome que continua se destacando no exercício profissional, pontificando com sucesso nas rádios de Minas Gerais e do Brasil.

FONTE
Reginaldo Gomes.
Depoimentos em setembro de 2009 e maio de 2010 (via e-mail)

PRÓXIMA PÁGINA
Ernesto Francisco da Silva "Nélson Batatinha”.
Rádio Correio da Serra AM.

quinta-feira, 20 de maio de 2010

TARCISIO FIRMINO DOS SANTOS "ZÉ RURAL"

TARCISIO FIRMINO DOS SANTOS

Filho de Antenor Firmino dos Santos e Nair Laura dos Santos.
Radialista, ator, promotor de eventos.
Bacharel em Direito.

Nos documentos oficiais está registrado: Tarcisio Firmino dos Santos, natural de Barbacena, onde nasceu em 5 de novembro de 1960.

Nos meios jornalísticos, porém, ele é Tarcisio Santos, que em 1977, despontou na radio Correio da Serra como um brilhante comunicador.

Obteve o seu primeiro registro profissional em setembro de 1979.

Tarcísio Santos, recorda que deu os seus primeiros passos na Correio da Serra AM.
“Iniciei na Correio através de um concurso para locutores. Não conhecia ninguém da rádio na época. Eu tinha meus 17 anos, gostava de ouvir rádio, e quando criança, com meus 6 anos, já ouvia o Nelson Silva “Batatinha” com seu programa sertanejo. Nunca poderia imaginar que alguns anos depois estaria ao seu lado, aprendendo o que faço até hoje, com o personagem "Zé Rural". Procurei trabalho na rádio porque havia perdido meus pais, precisava trabalhar para poder continuar estudando. Foi na Correio da Serra que comecei meu aprendizado”.

Tempos depois se transferiu para o Sistema de Rádio Globo Minas, em Belo Horizonte, onde apresentou os programas Placar Globo e Globo Girando com a Notícia. Retornou a Barbacena, onde por curto período trabalhou na Rádio Barbacena.
“Na Rádio Barbacena iniciei meus trabalhos através de contatos com os amigos da rádio, entre eles, o diretor, Sergio Malta uma vez que me encontrava em Belo Horizonte, na Globo Minas. Com o falecimento de Barbosa Silva, e com um grande desejo de voltar para minha querida cidade, fui muito bem recebido por todos na Rádio Barbacena. Em 1989, fui contratado pela A.B.C. Rádio e Televisão Ltda (Sucesso FM) onde estou até hoje”.

Conhecido pelo seu talento, Tarcisio Santos virou o “Zé Rural” personagem fictício, criado por ele que fincou raízes definitivas na história da comunicação da região inteira. Suas interpretações como o “Zé Rural” não passam da ironia ou do humorismo (com dosagens certas) e sempre sem maldade.

O humorismo sempre foi o traço fundamental de sua personalidade artística. Fazer rir, eis a marca mais presente da sua longa caminhada no radio e no teatro. Durante vinte anos, soube com o seu profissionalismo levar ao riso o seu público ouvinte e a gente da sua terra. Toca até hoje o seu horário de 06:00h às 08:00h da manhã através da rádio Sucesso FM.

Talvez seja a personalização dos seus antecessores João Pereira da Silva “Nhô Praxedes” (Fazenda da Fuzarca), Raimundo de Ávila “Nhô Fidêncio” (Canta Sertão), Lucas Augusto da Silva Caldas “Sô Quincas” (Alvorada na Roça e Sitio da Cana Brava), Nélson Silva “Batatinha” (Manhã Sertaneja), Armando Santiago (Canta Sertão/segunda fase), Paulo Affonso Alves “Cachoeira” (Rancho dos Violeiros).

Radialistas de bom-humor que fizeram a história entre as décadas de 40 a 70 das rádios Correio da Serra e Barbacena. Amigos irreverentes e zombeteiros, que se misturavam a prosa, o verso e a forma brejeira do bom rádio. A exemplo do que testemunhamos hoje com o “Zé Rural”. Quem sabe!.

Como nasceu o ZÉ Rural ?
Em plena campanha para a prefeitura de Barbacena, quando o Hélio Costa apoiava o médico Elói Câmara. Durante um encontro na sala de reuniões da rádio Sucesso FM, com a participação de Tarcísio dos Santos, José Rubens de Albuquerque e Jairo César Attademo. De repente, Tarcísio faz a famosa voz de caipira que o consagrou, brincando. Hélio gostou muito da brincadeira, sugeriu que um personagem ruralístico fosse incorporado à campanha do Dr. Elói Dutra Câmara e deu-lhe o nome de Zé Rural. Nos comícios foi um sucesso. Dr. Elói não ganhou a eleição, mas o Tarcísio ganhou um personagem que está no ar até hoje.

Tarcisio Santos também se enveredou pelos caminhos da notoriedade no teatro e na televisão, sendo dirigido e redigido, por vários artistas.
“No teatro, iniciei no grupo barbacenense Ponto de Partida, com participações em muitos trabalhos e oficinas teatrais. Participei de algumas montagens como no musical "Vinícius de Moraes em prosa e verso". Lembro-me que na época, eu cursava "Letras" na Fundação Presidente Antonio Carlos. Também fiz: "Contrastes", a poética de Chico Buarque e "Se essa Rua fosse minha". Viajamos muito com essas peças, Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná, Santa Catarina, Minas Gerais. Em Belo Horizonte cursei teatro no "T.U" da UFMG, onde tive a oportunidade, após o curso, de realizar avaliações que culminaram com o meu Registro de Ator Profissional. Nos vários laboratórios que trabalhei, sempre gostei de representar o nosso "homem do campo", o "caipira". Agora, estou tendo a oportunidade e a hora de representá-los através do rádio com o personagem - Zé Rural”.

Tarcísio participou de alguns trabalhos na televisão. Ele recorda das experiências adquiridas no SBT, Manchete e Globo.
“Participei de alguns trabalhos no SBT. Me lembro do programa “Arrumação” contracenando com Saulo Laranjeiras, Nerso da Capitinga e muitos outros. Na extinta Rede Manchete, do "Programa de Domingo" ao lado de Nerson da Capitinga, onde eu interpretava "Gervásio" o primo do Nerso da Capitinga. Na Globo participei do programa "Amigos e Amigos", um programa sertanejo com Chitãozinho e Chororó, Zezé de Camargo Luciano. Fui convidado para participar da Escolinha do Professor Raymundo, com Chico Anysio, onde intrepretei o personagem "Seu Nair", um mineiro bem curioso e alegre, (bem parecido com o Zé Rural, embora um pouco mais tímido). Permaneci neste programa por mais ou menos dois anos. Hoje, ainda participo do show de Nerso da Capitinga, interpretando o seu primo "Gervásio". Nerso é um grande companheiro, extremamente talendoso. Trabalhei com muitos atores, Chico Anysio, Yara Janra, Agnaldo Rayol, Anquito, Cazaré, Telma Reston, Nerso da Capitinga, Tom Cavalcante, todo o elenco da Escolinha do Prof. Raymundo. Muitos cantores, principalmente da música sertaneja no programa "Amigos e Amigos", entre eles Chitãozinho e Chororó, Zezé de Camargo e Luciano, Sérgio Reis, Roberta Miranda, Ana Maria Braga, Xuxa, Gugu, Saulo Laranjeiras.
Tenho um sonho a ser realizado. Fazer um filme com o nosso universo rural, junto com Nerso da Capitinga e outros mais. Planejo também concluir uma montagem de um show de humor. Rogério para finalizar, o que mais me faz feliz é poder até hoje, 30 anos depois, dizer que se fosse para voltar o tempo, faria tudo de novo, com o mesmo carinho, e com as mesmas amizades que colhi nestes bons anos. Agradeço a Deus essa impar oportunidade de ter emprestado minha voz, meu trabalho e minha dedicação pra levar aos meus irmãos um pouco de alegria, comunicação, entretenimento e, principalmente, e com todo respeito, as orações que me acompanham nestes anos de rádio. Meus amigos, principalmente você Rogério, são testemunhas de tudo aquilo que fiz até hoje, com o objetivo de preservar o nosso rádio, que sempre viverá. Para mim o rádio jamais morrerá”.

Tarcisio a partir de setembro de 2009, passou a colaborar com o Portal de Noticias Barbacenaonline assinando a coluna “Pílulas do Zé Rural – seu remédio contra o mau-humor”.

Tarcisio Firmino dos Santos é um exemplo a ser seguido pelos seus companheiros do rádio. Uma figura especial. Bom, honesto, generoso e incapaz de semear inimigos ou simplesmente desafetos.

FONTE
>A História da A.B.C. Rádio e Televisão Ltda - Sucesso FM.
Acervo particular. Ano: 1989. Rogério Varandas.
>Tarcisio Firmino dos Santos.
Depoimento em setembro de 2009.
>Como Nasceu o Zé Rural ?.
Colaboração especial do jornalista Jairo César Attademo.
>Portal de Notícias Barbacenaonline.

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Reginaldo Gomes.
Rádio Correio da Serra.

LUIZ RAIMUNDO CANUTO CHAVES "LUIZ CHAVES"

LUIZ RAIMUNDO CANUTO CHAVES

Nascido em Jequeri, MG em 7 de novembro de 1944.
Filho de João Martins Chaves e Aurora Canuto de Souza.

Formado em Ciências Sociais pela Universidade federal de Minas Gerais. Em Administração de Empresas, pela FUMEC e em Administração de Recursos Humanos, na UNA.

Luiz Raimundo Canuto Chaves, Luiz Chaves, pode ser considerado como um dos pioneiros da Rádio Correio da Serra AM, fundada em 22 de janeiro de 1962, sendo contratado à época, aos 16 anos de idade, como funcionário da divisão de esportes da emissora. A princípio como repórter, sendo promovido tempos depois por indicação do amigo Barbosa Silva, na função de narrador esportivo.

Na Correio da Serra, trabalhou ao lado de profissionais como Clery Renault, Hamilton Navarro, José Faria, Ney Sebastião, Silvério Dionísio, Alamiro Pires “Popó”, Jadir Elias, Ary Neto, Márcio Chaves, Cristovam Abranches e Netuno Nézio.

Apresentou na emissora ao lado dos companheiros Ney Sebastião e Silvério Dionísio o programa “Esportivo Dominical”.

Em 1964, transferiu-se para a Rádio Barbacena AM.
No final de 1965, retornou a Correio da Serra.

No mesmo ano, a convite de Tancredo Naves, diretor da Rádio Guarani de Belo Horizonte, participou das solenidades de inauguração do Estádio Magalhães Pinto (Mineirão) sendo contratado oficialmente pela emissora em 1966, como narrador.

Participou de quase todas as jornadas esportivas promovidas pela Guarani, ao lado de J. Júnior e César Rizzo (narradores), Carlaine Guimarães e Kafunga (comentaristas), Edson Rodrigues, Geraldo Augusto, Vicente Gomes, Orlando José, Paulo Celso, Walter Luiz, Dirceu Pereira, Paulo Roberto e Pinto Coelho.
Alguns anos depois se transferiu para as Rádios Tiradentes (Sistema Globo de Rádio) e Inconfidência, respectivamente. De retorno a Rádio Guarani, fez jogos na Venezuela, Argentina e na Colômbia.

Em 1976, foi trabalhar no Espírito Santo, atuando no rádio e na TV pertencentes aos Diários Associados.

Em 1994, na condição de comentarista, retornou a Belo Horizonte, sendo contratado para chefiar a equipe de esportes da Rádio Inconfidência e da TV Bandeirantes.

Em 1998, como coordenador de equipe e comentarista da Rádio Inconfidência, cobriu a Copa do Mundo da França.

Na TV Bandeirantes/Belo Horizonte, participa do programa “Minas Esporte” que cobre 386 cidades mineiras.

Luiz Raimundo Canuto Chaves se tornou um dos grandes nomes da radiodifusão barbacenense e de impacto na comunicação esportiva brasileira. Além das atividades como jornalista, presta assessoria no campo empresarial nas áreas de Liderança Moral e Emocional, da Excelência em Serviço e de Prevenção e Segurança.

FONTE
Luiz Raimundo Canuto Chaves.
Depoimento em Março de 2006.

PRÓXIMA POSTAGEM
Tarcisio Firmino dos Santos, o Zé Rural.
Rádio Sucesso FM.

NEY PEIXOTO DO VALE

NEY PEIXOTO DO VALE

Prezado Rogério Varandas,

Respondendo ao seu convite para participar do projeto “RADIODIFUSÃO – a história das emissoras de rádio de Barbacena", agradeço sua gentileza e passo algumas lembranças de minha distante atuação na Rádio Barbacena. Foi meu primeiro trabalho profissional na área da comunicação.

Sou natural de Macaé, RJ, onde nasci em 14 de fevereiro de 1929, filho de Raymundo Peixoto Lins e Maria José Vale Peixoto Lins.

Na minha adolescência tive uma breve experiência amadorística no jornalismo interiorano em minha cidade natal Macaé. Por volta de 1948 entrei na organização Radinterior, que fazia a representação comercial de rádios do interior e possuía a rádio Sul Fluminense em Barra Mansa. Fui designado para dirigir a área comercial da recém inaugurada Rádio Barbacena.
Eu não tinha qualquer referencial sobre a cidade. Ao desembarcar do trem da Central para me dirigir ao Hotel Aliança do saudoso Jorge Abês, assustei-me com o frio e com o tamanho da ladeira que eu subiria carregando minha mala de viagem.

Praticamente comecei do zero, pois o meu antecessor, Marílio dos Santos Fonseca, filho do dono da Radinterior, não se adaptara com a função nem com a cidade.
Todos os dias corria o comércio local em busca de anunciantes para o veículo novo que ainda precisava provar sua utilidade. Meu primeiro cliente foi a Alfaiataria Oggero, do simpático e tímido Oggero da rua XV. Fiz uns dois ternos permutados por espaço publicitário na rádio.

Certa vez me apareceu um cidadão modesto que desejava anunciar a inauguração de um bar na periferia da cidade. Ele descrevia como se fosse uma boate, eu me entusiasmei com a novidade da cidade pacata e dobrei o número de inserções de comerciais, gratuitamente. Na noite de inauguração, eu e outros incautos atraídos pelo anúncio nos deparamos com um barraco modesto mal iluminado, com o dono espantado, sem saber o que dizer.

A Rádio Barbacena era o veículo de difusão mais importante da cidade. Os dois caciques políticos da época, Zézinho Bonifácio da UDN e Biasinho do PSD, adversários ferrenhos e poderosos, estavam de olho na rádio e, obviamente, no meu trabalho. Tive que conviver harmonicamente com os dois, numa corda bamba, apesar da inexperiência dos meus 19 anos.
Deixei a rádio amigo dos dois. Esse talvez tenha sido o meu trabalho mais importante, pois foi fundamental para manter a independência da rádio e sua eqüidistância das disputas e interesses políticos locais.

Ajudei a dinamizar a programação da rádio, criando os programas “Crepúsculo”, “Uma página para você” e “Tango em fantasia” este em parceria com João Baptista Leite, á época, diretor artístico. Dinamizei também o noticiário jornalístico; inclusive com a transmissão externa do animado carnaval barbacenense. Em parceria com os demais diretores, ampliamos o horário de funcionamento da Rádio, instituindo o terceiro turno, isto é, das 20:00 ás 22:00h.
Escrevia diariamente “Uma página para você”. A primeira “página” foi dedicada a Therezinha Boratto, com que acabei me casando e gerando os filhos Alexandre, Marcelo e Lívia. A “página” era lida por João Baptista Leite e Juracy Santos Rocha, com a entonação característica dos locutores da época. Na ausência dos dois era lida pelo barbacenense Walter Bonato Neiva. Sempre evitei o microfone, pois não me considerava apto para a locução.

De Barbacena fui mandado para inaugurar e dirigir a Rádio Itaperuna, com a presença do Presidente da República Eurico Gaspar Dutra. Em seguida fui transferido para o escritório da Radinterior em São Paulo, onde encerrei minha carreira de radialista, passando para o jornalismo no “Diário Carioca”. Em seguida aceitei convite para dirigir o Serviço de Imprensa da Esso, onde criei o “Prêmio Esso de Jornalismo”, que comemorou 50 anos em 2006, considerado a maior láurea do jornalismo brasileiro.

Posteriormente fui diretor do Grupo LTB de onde me desliguei para criar a ACI Assessoria de Comunicação Integrada, que era uma das maiores assessorias de comunicação social do país, com escritórios no Rio, São Paulo e Belo Horizonte, até ser vendida para o grupo JW Thompson.

Espero ter colaborado com o amigo e contribuído com parte da história da Rádio Barbacena. Abraços e sucesso em seu empreendimento.

FONTE
* Ney Peixoto do Vale. Jornalista.
Depoimento em Setembro de 2006 (Via E-mail).

PRÓXIMA POSTAGEM
Luiz Raimundo Canuto Chaves “Luiz Chaves”.
Narrador e comentarista esportivo.
Rádios Barbacena AM, Correio da Serra AM e TV Bandeirantes de Belo Horizonte.

DARCY JOSÉ EMÍDIO

DARCY JOSÉ EMÍDIO

Natural de Barbacena onde nasceu em 18 de julho de 1960.
Filho de Nilton José Emídio e Judite Gomes de Oliveira Emídio.

Darcy José Emídio um apaixonado pelo rádio, a simplicidade no ser. Conhecido popularmente como “Chevette” tem por objetivo o amor à profissão, que escolheu e com a qual se fez ao longo da vida, trabalhando nas rádios Correio da Serra e Barbacena. Uma palavra para ele diz tudo: idealismo.

Tudo começou por acaso em 1978, quando foi levado pelo amigo Ivair Toledo de Paiva para a Rádio Correio da Serra na função de sonoplasta.

Em 1979 iniciou-se na área da locução apresentando o programa “Domingo Alegre” ao lado dos companheiros Sérgio Luiz Carneiro e Ana Alice Teles. Também apresentou os programas “Especial do Dia” e “Madrugada Sertaneja”.

Transferiu-se para a Rádio Barbacena em 1998, levado por Barbosa Silva, Adauto Ayres Machado e Sérgio Malta. Foi trabalhar direto na Divisão de Jornalismo ao lado dos companheiros Nadyr da Silveira, Paulo Jorge Barbosa, Adauto Machado, Barbosa Silva.

Darcy nunca se deixou teleguiar por ninguém. Com espírito progressista e no exercício de funções variadas como as de repórter, redator e locutor noticiarista “o grande guerreiro” lança um desafio a si próprio: fazer o curso de Jornalismo da Universidade Presidente Antônio Carlos UNIPAC Faculdade de Tecnologia e Ciências FATEC de Conselheiro Lafaiete.

O caminho foi longo, cheio de incertezas, mas, a disciplina, a garra e a dedicação foram maiores, transformando o “Chevette” no jornalista Darcy José Emidio.
Darcy Emídio recebeu o título de Bacharelando em Comunicação Social-Jornalismo no dia 28 de agosto de 2009.

O curso de Jornalismo da FATEC foi coordenado pelo profº Darlan Santos, pela Orientadora Profª Carla Martoni Mendes, pela Co-orientadora Profª Aline Avellar e pelos professores jornalistas Anderson Pimentel e Lílian Gonçalves. Darcy abordou no Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) o tema “A História Nas Ondas do Rádio Rádio Barbacena a primeira emissora da Cidade das Rosas”.

Hoje, responsável pelo jornalismo da Rádio Barbacena (afiliada da Rádio Globo Brasil do Sistema Globo de Rádio ZYL 255 – 820) é sabedor que tem que enfrentar duros desafios, mas acredita que manter a sobriedade nas noticias que divulga é o passaporte para o respeito à profissão, uma relação comunitária de proximidade com o público.

Darcy, sempre adotou ao longo da carreira uma postura ética ao mostrar os fatos com responsabilidade, segurança e credibilidade. Como radiojornalista segue desempenhando um papel decisivo na construção social e político da cidade. Olha para o passado com carinho, caminha no presente com segurança, trabalhando para a construção de um futuro promissor para a radiofonia de Barbacena.

PRÓXIMA POSTAGEM
Ney Peixoto do Vale.
Jornalista pertencente à Organização Radinterior de Alceu Nunes da Fonseca. Membro da Rádio Barbacena em 1948.

MESSIAS MÁRCIO THOMAZ

MESSIAS MÁRCIO THOMAZ

Natural de Barbacena onde nasceu em 02 de fevereiro de 1968.
Filho de Sebastião Thomaz e Margarida Costa Thomaz.

Messias Thomaz é Jornalista, Editor e Repórter.
Trabalhou nos jornais Correio da Serra, Tribuna da Mantiqueira, Notícias da Mantiqueira, Jornal Oficial do Município de Barbacena.

Também atuou nas sucursais em Barbacena dos jornais Folha de Minas e Tribuna do Interior (Conselheiro Lafaiete), Tribuna de Minas (Juiz de Fora) e no Jornal Correio da Cidade (Conselheiro Lafaiete).

Messias Thomaz que só agora escreve a sua passagem pelo rádio, considera encerrado o capítulo Radiojornalismo no livro da sua vida como Jornalista. De forma sucinta ele conta o que viu, viveu e pode testemunhar com relação à história de um dos maiores programas radiojornalísticos de Barbacena, o Sinal de Alerta.

Caro Rogério Varandas,
“O programa Sinal de Alerta surgiu no início da década de 90.
Naquela época, a rádio Correio da Serra AM, que havia sido terceirizada, estava em processo de reestruturação, comandada pelo superintendente-administrativo Antônio Carlos Doorgal de Andrada (Toninho Andrada).

Ele era um dos sócios na família Andrada na Sociedade Jornalística Correio da Serra, responsável pela rádio e pelo Jornal Correio da Serra, fundado pelo seu avô, Zezinho Bonifácio e dirigido por seu pai, Bonifácio Andrada.

Uma das primeiras providências de Toninho Andrada foi criar um Departamento de Radiojornalismo. De Barbacena mesmo havia apenas a equipe de Esportes e alguns locutores, como Pedro Amaral, Orlando Silva, Paulo Affonso Cachoeira, Júlio Domingos, Domingos Silva, Carlos Alberto Júnior, o Tostão, entre outros. Os outros eram de Santos Dumont, Juiz de Fora, Três Rios e Valença, as duas últimas cidades fluminenses.

Um dos locutores da rádio Correio da Serra no final dos anos 80 era o niteroiense Alberto Bejani, que depois foi para Juiz de Fora onde fez carreira política.
Para o recém-criado Departamento de Radiojornalismo Toninho Andrada convidou a equipe de redação do Jornal Correio da Serra.

Em 1987, ele colocou o Jornal Correio da Serra novamente em circulação com o mesmo sendo publicado e encadernado em parceria com o Jornal Tribuna de Minas, de Juiz de Fora. A redação do jornal era no Edifício Chaquib.

O novo Departamento de Radiojornalismo ficava junto à rádio e ao escritório político do deputado Bonifácio Andrada, no antigo salão de festas do Automóvel Clube. Era na Praça dos Andradas, 39, em cima da Padaria Mug e nos fundos do Vagão’s, depois Vera’s Bar.

Aos poucos Toninho Andrada foi montando uma equipe com a presença de nomes como os do jornalista Luiz Fernando de Andrade, o repórter Messias Thomaz, o colunista social Reynaldo Freitas e a secretária Vera Lúcia da Silva. Éramos estranhos no ninho. Jornalistas de semanário metidos dentro de uma rádio com a missa de produzir notícias.

Começamos pelo “gillette-press” (recortar notícias de jornais diários) que entregávamos para os locutores falarem junto com as notícias do Jornal Correio da Serra e notas de utilidade pública. Isso era falado de hora em hora, através do boletim Correio Notícia.

Depois Toninho criou três jornalões diários – Correio da Manhã (às 07h30min), Correio da Tarde (às 17h) e o Correio da Noite (às 22h30min). O Correio da Manhã entrava no ar depois do Jornal da Itatiaia de Belo Horizonte que a Correio da Serra retransmitia.

Os jornalões eram noticiários de 30 minutos de duração, com entrevistas e reportagens, tudo editado no gravador Akai. O locutor entrava com a cabeça ao vivo e a matéria ou a entrevista estava em seqüência nos rolos de fita. Para editar no estilete uns 25 minutos de áudio, gastava-se mais de duas horas, fora o tempo para pautar e agendar entrevistas. A audiência era pequena junto com a falta de um noticiário há anos na rádio que obrigava a equipe a telefonar para os entrevistados perguntando se ouviu a matéria.

Até chegar a estes jornalões, ao mesmo tempo em que editava um jornal semanal de 12 páginas, a equipe teve que se desdobrar e aprender a fazer RADIOJORNALISMO. Éramos jornalistas que escreviam e diagramávamos matérias e não estávamos acostumados com o jornalismo radiofônico. Um dos reforços, trazidos pelo então deputado José Bonifácio Filho foi o radialista e produtor Luiz Carlos Santos, o Lula, com grande experiência no rádio da capital.

Os jornalões iam ao ar de segunda a sexta, além do Correio Notícia produzindo um total de 2 horas e 30 minutos de notícias. Então o Toninho Andrada fez uma reunião, para anunciar mais uma novidade: criar um programa de debates aos sábados. A fórmula era repercutir os assuntos da semana com convidados ou personagens das notícias. Para este novo programa, ele convidou Luiz Lúcio de Almeida, que era funcionário da Minas Caixa, banco estatal que havia quebrado.

Luiz Lúcio já tinha passagens nas rádios Correio da Serra e Barbacena como repórter esportivo. O novo apresentador tinha toda a estrutura do Departamento de Radiojornalismo por trás de si. Ele recebia o programa pronto, com convidados e entrevistados, agendados e textos prontos para leitura. Com o tempo, passou a se envolver mais e sugerir temas e entrevistados.

Em 1990, Toninho Andrada, reúne a equipe e lança um novo desafio, fazer um programa de jornalismo e variedades, no horário de almoço. O objetivo era concorrer com o Contato Direto, programa da rádio Sucesso FM, que ia ao ar às 11h. O Sinal de Alerta entrava ao meio-dia, logo depois do concorrente. A rádio do então deputado Hélio Costa (PFL) apoiava o governo de Vicente Araújo. Toninho Andrada era líder da oposição e queria um programa com audiência.

Inusitado que o Contato Direto era apresentado pelo vereador Cristóvam Abranches e pelo radiojornalista Rogério Varandas. Tempos depois, Cristóvam Abranches veio a ser um dos apresentadores do Sinal de Alerta. No início era apenas meia hora. Depois passou para uma hora e depois chegou a ter 90 minutos de duração, isso todos os dias. Era o programa de radiojornalismo de maior duração em Barbacena.

O primeiro apresentador do Sinal de Alerta foi Orlando Luiz da Silva, um dos mais antigos locutores da Correio da Serra, que ficou apenas nos primeiros meses. Depois foi apresentado por Hamilton Oliveira, um radialista de Santos Dumont e por Sérgio Murilo. Também ressalto que, o primeiro operador de som do programa foi Genilton Rodrigues Costa, hoje publicitário.
O Sinal de Alerta era um programa de notícias, entrevistas, enquête, previsão do tempo, utilidade pública e comentários. Com essa fórmula o programa atingiu o seu ponto máximo passando a ser apresentado às 11h, por Luiz Lúcio de Almeida, batendo de frente com o Contato Direto.

Essa fórmula surtiu o efeito desejado, deu audiência e preencheu as expectativas. Tanto é que Luiz Lúcio saiu candidato a vereador pela primeira vez e ficou como suplente. Na mesma ocasião a rádio Correio da Serra ainda teve como candidatos Pedro Amaral e o seu diretor esportivo Beto Santos, que se elegeu vereador. Há rádio que anos antes estava terceirizada e fora da política, em 92, elegeu ate um dos seus radialistas como vereador e outros dois suplentes.

Na mesma época, o diretor de Radiojornalismo e do Jornal Correio da Serra, Luiz Fernando voltou a trabalhar em Conselheiro Lafaiete, sua cidade natal, onde em 17 de junho de 1993, fundou o Jornal Correio da Cidade rompendo com os Andradas. A situação mudou aos poucos. A equipe do Radiojornalismo se dividiu em outras funções. Reynaldo Freitas foi dirigir o recém-criado Jornal Oficial do Município e eu Messias Thomaz fui ocupar a função de correspondente da sucursal Barbacena do Jornal Tribuna de Minas de Juiz de Fora.

Pouco antes, em 1991, houve um outro divisor de águas que foi a campanha em prol de Flávio Simões, um rapaz que com 15 anos de idade precisava de um tratamento contra a leucemia (câncer no sangue) no valor de 2 milhões de cruzeiros novos. Era uma quantia considerável para a época. As rádios lançaram apelos, tímidos e rotineiros por doações.

Aí aconteceu um fato que dá a dimensão como o rádio pode prestar um serviço à comunidade. O diretor comercial da rádio Correio da Serra, Moacir Silva Filho, o Silva Júnior, teve a idéia de fazer uma campanha ininterrupta por doações para Flávio Simões. Silva Júnior que foi um grande locutor esportivo e que comandava a transmissão das eleições na época da cédula e da urna de pano quando a apuração demorava até uma semana, sabia que a audiência iria se concentrar na emissora, mesmo com um assunto só. O jornalismo produziu textos, matérias, contatos e fez a logística.

No dia combinado, a partir das 8 horas da manhã, a Correio da Serra mandava para o ar a campanha “SOS Flávio Simões”. A princípio a campanha teria 24h de duração, mas passou de cinco dias. As outras duas rádios da cidade, a Sucesso FM e Barbacena AM entraram na campanha. Em pouco tempo as pessoas abraçaram a causa e passaram a fazer pedágios nas ruas e arrecadar dinheiro para bancar o tratamento de Flávio. A resposta do povo foi impressionante com uma arrecadação de 6 milhões. Quatro milhões a mais do que o necessário. Quem não tinha dinheiro, doou móveis, brinquedos, roupas para leilão. Até que apareceu um hospital de Curitiba (PR) que fez o tratamento gratuitamente.
Lembro-me que, a EPCAR transportou Flávio e seus familiares para Curitiba para o transplante de medula óssea. Infelizmente Flávio não suportou o pós-operatório e veio a falecer. Surgiu então Barbacena, a cidade mais solidária do mundo.

A partir daí o Sinal de Alerta se modificou. Luiz Lúcio, praticamente sozinho na produção do programa, passou a colocar no ar reportagens e entrevistas com apelos de ouvintes carentes e necessitados. O programa se tornou uma espécie de porta da esperança e um rosário de lamentações, de reclamações populares. A estratégia deu audiência, suficiente para eleger o comunicador a condição de suplente em 1996 (faltando apenas oito votos) e vereador em 2000, com 822 votos.

A partir da virada do século, o Sinal de Alerta passa a ser transmitido em cadeia pelas rádios Show FM e Correio da Serra AM. Era um fato inédito: duas emissoras, uma AM e outra FM, transmitindo o mesmo programa jornalístico. Outra novidade é que o locutor e ex-vereador Cristóvam Abranches passa a dividir a apresentação com Luiz Lúcio de Almeida, tendo como operador de estúdio Domingos Silva.

Candidato a vereador em 2004 e 2008, Luiz Lúcio volta a ser suplente, apesar do apoio do seu colega de programa, Cristóvam Abranches. A performance do programa Sinal de Alerta vai até o ano de 2008, quando assume a rádio Correio da Serra o empresário do ramo dos postos de combustíveis Aderbal Calmeto que extingue o programa na FM e diminui o tempo de 90 minutos na AM para 45 minutos. Em 2008, Messias Thomaz, como repórter e Reynaldo Freitas como editor, voltam a participar do Sinal de Alerta e do Jornalismo das rádios AM e FM.
A participação do “novo” Sinal de Alerta (de volta a rádio AM), um programa que se alterou em toda a sua história, termina em novembro daquele ano”.

FONTE
Messias Márcio Thomaz.
Jornalista MG 4.775.396.
Acervo “A História do Sinal de Alerta”. Autorizado a divulgação com o crédito de direito.
Depoimento em 23 de junho de 2009.
Barbacena. MG.

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Darcy José Emídio.
Rádio Barbacena.

quarta-feira, 19 de maio de 2010

HEDERSON PAES VARANDAS

HEDERSON PAES VARANDAS

Prezados companheiros do rádio,

Assumo estar emocionado com esta homenagem “in-memorian” ao ex-radialista e meu irmão HEDERSON PAES VARANDAS um dos mais expressivos nomes que já passaram pelo elenco da Rádio Barbacena.

Hederson Paes Varandas natural de Barbacena, onde nasceu em 9 de maio de 1954.
Filho de Dirceu Ferreira Varandas e Lygia Paes Varandas.

Iniciou sua trajetória na ZYL 8 Rádio Barbacena no dia 1 de outubro de 1972, como locutor comercial, na administração de Paulo Jorge Barbosa.

Foi levado para a emissora por Cristovam Abranches na época, diretor artístico da rádio.

Seu nome logo despontou no meio radiofônico com grande aceitação. Notabilizando-se, como um dos grandes comunicadores da “ala jovem” da Rádio Barbacena vivendo o auge da carreira na década de 70.

Relembro que Hederson teve um trabalho marcante na emissora, quando apresentava o programa musical Carnet Social onde deixou aflorar toda sua criatividade.

Transitou durante dois anos pelos microfones da Rádio Barbacena levando sua voz, sua mensagem de conforto e carinho, sua palavra amiga e companheira aos seus ouvintes.

Teve uma passagem agradável pela ZYL 8 onde fez uma coletânea de amigos entre eles Cristovam Abranches, Sérgio Fernandes, Olinto Moreira de Faria, Carlos Alberto Júnior “Tostão”, Nilo César de Paiva, Osmarino Eustáquio Coelho “Bolinha”, Armando Santiago, Vera Lúcia Gonçalves “Verinha”, Nadyr da Silveira, Adauto Ayres Machado, Caetano Goulart e tantos outros mais.

Para o radiojornalista Cristovam Abranches, o amigo Hederson era um profissional sério que gostava do que fazia. Para ele o jovem companheiro reunia inúmeras qualidades, realçadas pela modéstia da figura humana que era.

“De fato, o saudoso Hederson foi mais um grande nome do rádio descoberto por mim. Na época, quem era o diretor administrativo da Rádio Barbacena era o Paulo Barbosa. Hederson tinha um “gogó” de primeira, o que permitiu que ele fosse um grande locutor, também era uma figura humana como poucos, gente da maior qualidade. Quando vi nele o dom, o talento, para ser um grande comunicador, tratei logo de fazer com que ele entrasse no ar. Além de tudo, tinha uma bela voz. Sempre me lembro dele com saudade”.

Hederson Varandas transformou o seu talento e a sua sensibilidade em instrumentos do seu trabalho, por um mundo melhor, mais justo, mais humano, de mais amor e de mais fraternidade.

Destacou-se na profissão, dando uma relevante contribuição à sociedade por meio do seu trabalho, merecendo, portanto, todo o nosso apreço e reverência.

Enfim, foi um dos belos momentos da nossa imprensa especializada através dos microfones da Rádio Barbacena sempre ocupando seus espaços com comentários sensatos, de elevado teor cultural.

Em 24 de junho de 1974, foi contratado pela Cia. de Cimento Portland Barroso/Paraíso, na função de cargo de confiança, passando a conciliar as atividades radiofônicas às de funcionário junto à fábrica Barroso, tendo como local de trabalho o Terminal de Barbacena, onde permaneceu em atividade até os seus últimos dias de vida.

Afastou-se da Rádio Barbacena em três de julho de 1974.

Hederson era casado com Lúcia Helena Patrício Varandas.
Desencarnou em sete de julho de 1989, aos 35 anos de idade, vitima de infarto. Partiu deixando muitas saudades em nossos corações...

FONTE
Rogério Varandas.
Em agosto de 2005.
Cristovam Abranches.
Depoimentos em agosto de 2005 e maio de 2010.
Osmarino Eustáquio Coelho “Bolinha”.
Depoimento em setembro de 2005.
Caetano Goulart.
Depoimento em outubro de 2006.

PRÓXIMA POSTAGEM
Messias Márcio Thomáz.
Rádio e Jornal Correio da Serra.

terça-feira, 18 de maio de 2010

ILKA CAVACA BONAPARTE

ILKA CAVACA BONAPARTE "Ilka Machado"

Nascida em Barbacena, aos 22 de outubro de 1931.
Filha de Napoleão Bonaparte e Isabel Cavaca Bonaparte.

Ilka Cavaca Bonaparte mais conhecida como Ilka Machado, perdeu a sua progenitora ao nascer. Daí passou aos cuidados de seus tios, Arminda Cavaca da Cruz Machado e Mário Brandão da Cruz Machado.
Ilka traduzindo um preito de gratidão ao casal que a criou, adotou na arte o sobrenome Machado.

Desde garota, Ilka já dava mostras do seu potencial artístico, exibindo-se em festivais e teatrinhos infantis, promovidos pela Rádio Barbacena, onde se salientava pela beleza de sua voz.

De início, apresentou-se em público, cantando em solenidades de casamentos, em saraus familiares e recitais beneficentes, assim como, nas missas domingueiras, no Coro da Igreja Matriz de Nossa Senhora da Piedade.

Depois passou a exibir-se algumas vezes no programa “Rádio Atrações L 8” esporadicamente fazendo dupla com Walmick Campos, na interpretação de musicas de Vicente Celestino, tais como “Coração Materno”, “Patativa” e “Porta Aberta” entre outras.

Ilka Machado obteve tanto sucesso cantando pela Rádio Barbacena que, foi contratada pelo Banco Financial da Produção S/A passando a apresentar-se em três audições semanais, nos estúdios da emissora, sob o patrocínio exclusivo do Banco Financial.
Nesses recitais de “música fina” Ilka Machado fazia-se acompanhar pela pianista barbacenense Neyde Gonçalves.

Daí para cá, se tornou conhecida em várias regiões de Minas e do Brasil em busca de novos triunfos que, depois de alcançados, a levaram a conhecer de perto o reconhecimento da empresa Phillips que através dos seus dirigentes, contemplaram-na com uma “Bolsa de Estudos” para aperfeiçoar seus estudos de canto, no Velho Mundo.
E assim, dentro de certo tempo, Ilka estava na Alemanha, onde em Munich, seus sonhos se tornaram realidade.

Na Europa, Ilka Machado fez várias apresentações e, cantou muito bem, como era do seu feitio. Deliciou, especialmente, com suas maneiras distintas e modestas, com sua graça esfuziante e, sobretudo, com sua voz maravilhosa e impecável de artista já consagrada, as platéias da Alemanha.
Nada pode definir melhor seu dom de cantora de classe do que os noticiários das gazetas alemãs, que fazem justiça, mas não fazem favores a quem quer que seja e muito menos a uma estrangeira.

Ilka Machado cantou oito óperas de fôlego em teatros europeus, para um público exigente e entendido, merecendo elogios de críticos alemães, sem qualquer sombra de protecionismo.

Sua passagem pela Europa foi mais do que o suficiente para imortalizá-la como cantora lírica. Todas as pessoas principalmente, os críticos alemães que assistiram as suas apresentações, foram unânimes em exaltar a absoluta perfeição com que ela interpretou clássicos nacionais e estrangeiros.

Tinha discernimento próprio e se projetou na carreira artística amparada por um temperamento essencialmente bondoso. Ao longo da vida se tornou amiga de seus irmãos barbacenenses.

Foi homenageada em crônica de Álvaro Coutinho, publicada no jornal Correio da Serra de 7/3/1959, intitulada “Ilka Machado”.
Texto/crônica: “Você venceu, Ilka, e venceu plenamente, porque tem talento, tem vocação e tem o dom maravilhoso que Deus lhe deu: uma voz privilegiada. Não foi sem razão que alguém já a cognominou de [rouxinol moreno das alterosas], nos róseos tempos de sua mocidade em flor. E, nós que nada tínhamos para oferecer-lhe, demos o que pudemos: quentes aplausos, flores e beijos fraternos. A arte não tem pátria... Canta, Ilka, e, cantando, espalha por toda à parte, se a tanto lhe ajudar engenho e arte, as glórias do nosso querido Brasil”.

Um particular muito interessante é saber que o setor artístico da Rádio Barbacena, abriu o caminho do sucesso a várias figuras, hoje famosas em nosso país e no estrangeiro. Entre os nomes projetados pela emissora, encontramos Ilka Cavaca Bonaparte “Ilka Machado”.

FONTE
Antônio Gelli. Repórter. Revista “O Lince”. Ano:48
Números: 1.310/1.311. Abril-Maio: 1959. Juiz de Fora. MG.
José Theodorico de Paula. Radialista, advogado autor.
“Os Primeiros Tempos da ZYL-8 Rádio Barbacena”. Janeiro/1976.
José Francisco dos Reis Fortes “Pingo”.
Depoimento em abril de 2005.

PRÓXIMA POSTAGEM
Hederson Paes Varandas.
Rádio Barbacena.

PAULO JORGE BARBOSA

PAULO JORGE BARBOSA

Natural de Antônio Carlos, onde nasceu em 24 de novembro de 1927.
Filho de Osório Jorge Barbosa e Izolina Pinto Magalhães Barbosa.

Iniciou-se como locutor em meados de 1949, na Rádio Barbacena, administrada pela Organização RADINTERIOR & Cia. Ltda pertencente ao empresário do ramo publicitário Alceu Nunes Fonseca.

Paulo Barbosa tornou-se uma das grandes personalidades do nosso jornalismo, ocupando sempre lugares de destaque na imprensa escrita e falada de Barbacena.

Seus editoriais sempre empolgaram com os mais variados temas da vida política e social. Suas crônicas radiofônicas e seus programas culturais alcançaram destaque de audiência.

Suas qualidades profissionais e artísticas e o alto grau de sua cultura no contexto de suas produções o consagraram como uma das mais importantes figuras da nossa sociedade.

Trabalhou muitos anos no jornal “Correio Mineiro” onde teve uma atuação brilhante. Produziu para a Rádio Barbacena o noticioso “RB Tribuna”. Através do microfone da Rádio Barbacena, teve também uma atuação de relevo e seu espírito de criatividade e comunicação teve profundo acesso.

Fundou o jornal “Mantiqueira” e dirigiu a revista “Em Tempo” consagrando assim seu ideal de empresário e idealista independente, na dinamização de um jornalismo de escola.

Paulo Jorge Barbosa constituiu-se num dos brilhantes valores que pontilharam em suas diversas frentes de atividades, os microfones da Rádio Barbacena, procurando evidenciar o nome e o conceito do prefixo ZYL 8 na arrancada pioneira em busca da afirmação e do êxito.

Não poupava esforços para manter a Rádio Barbacena sempre em níveis de destaque, sempre apoiado em suas atitudes por um verdadeiro batalhão de leais e inseparáveis amigos como Nadyr da Silveira, Barbosa Silva, José Faria, Luiz Carlos Cobucci, Vicente Carneiro Maia, Marinho Luiz da Rocha, Odécio Reis, Armando Santiago, Max Leandro, o “Tio Max”, José Francisco dos Reis Fortes, o “Pingo”, Hélio Calixto da Costa, Benedito Fernandes Carlos e muitos outros.

Além de excelente locutor, destacou-se como cantor ao lado dos companheiros Carlos Alberto Gonçalves, o “Paladino dos Teclados”, Walmick Campos, Margarida Pardini Navarro “Mara Navarro”, João Siqueira, Neusa Maria, Paulo Roberto, Denilton Varandas, Magnólia Rossi, Tijuca, Geraldo Magalhães, Helena Basílio e Joel Militão.

Paulo Barbosa deu o máximo de si no sentido de que fosse mantida a tradição da Rádio Barbacena, a “Emissora da Boa Vontade” à qual, ele sempre dispensou o seu reconhecido espírito de trabalho bem como os seus esforços incansáveis para vê-la engrandecida.

Tendo sua formação cultural em Barbacena e em Belo Horizonte, ocupou lugar privilegiado em nossa sociedade, onde prestou relevantes serviços a nossa comunidade.
Paulo Jorge Barbosa faleceu em 30 de setembro de 1991.

FONTE
“Anuário Barbacena/200 Anos”. Autor: Altair Savassi.
Professor e Historiador.
José Theodorico de Paula. Radialista, advogado e autor.
Depoimento em abril de 2005.
José Francisco dos Reis Fortes “Pingo”.
Depoimentos em março e abril de 2005.

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Ilka Cavaca Bonaparte “Ilka Machado”.
Rádio Barbacena.

MARGARIDA PARDINI NAVARRO "Mara Navarro"

MARGARIDA PARDINI NAVARRO "Mara Navarro"

Nascida em Barbacena em 22 de julho de 1943.
Filha de Carlos Wilson de Abreu Navarro e Helena Pardini de Abreu Navarro.

Mara Navarro não pretendia seguir a carreira radiofônica, mas, acabou emprestando o seu concurso ao “cast” da ZYL 8 Rádio Barbacena como uma de suas primeiras cantoras e locutoras, na década de 50.

Teve como companheiras de trabalho Neusa Maria-Itacy (primeira locutora da Rádio Barbacena), Glorinha Sampaio, Altair Sampaio, Maria Helena Navarro, Syria Kemil, Islan Gomes da Silva e Nilcéia Maria Prenassi.

Foi cantora dos programas “Atrações Organa” e “Parada Infantil” [Cine Brasil] apresentados por Nadyr da Silveira e Barbosa Silva, se tornando expoente no cenário artístico nacional.

Interpretou, em sua primeira apresentação como caloura, a música “Fósforo queimado” sucesso, na época, na voz de Ângela Maria.

Sua voz era muito semelhante a das cantoras Maiza Matarazzo e Dóris Monteiro se tornando uma atração à parte na interpretação de sambas-canção, fox e boleros. Gravou um disco pela gravadora Phillips com as músicas: “Loucura por ti” composição de Willian Duba e Nahum Luiz e “Canto de Cisne” de Freddy Chateaubriand e Vinícius de Carvalho.

Em maio de 1959, em parceria com a Rádio Barbacena, a revista “O Lince” de Juiz de Fora, lançou um concurso para a fotografia da capa entre várias senhoritas da sociedade de Barbacena.

Mara Navarro com traços encantadores, cabelos e olhos castanhos se classificou entre as seis finalistas apresentadas pelo “Stúdio Gentil” sendo bastante difícil para a redação escolher a moça da capa.

Dessa forma, se recorreu aos anunciantes de Barbacena para votarem, já que todas as candidatas eram encantadoras.
O resultado foi o seguinte:
Vera Lúcia Henriques Sêcco (1º lugar/Garota da Capa)
Iara Allevato Corrieri
Margarida Pardini Navarro
Myrtes Roman
Josefina Rocha
Mariléia Frateschi.

Mara Navarro, depois do sucesso alcançado em Barbacena, se transfere para Belo Horizonte, levada pelo então radialista, Hélio Costa funcionário da Rádio Itatiaia, onde no período de (1961 a 1963), passou a integrar o elenco artístico como cantora da TV ITACOLOMI através do programa Wilson Orsini.

Logo após, passou a apresentar “Mara Navarro Canta para Você” horário especialmente cedido pela direção da emissora. Elegeu-se a “melhor da televisão”. Tornou-se o sucesso!

Em Belo Horizonte, teve como companheira no campo da música (embora não a conhecesse pessoalmente) a cantora Clara Nunes, conhecida como a “melhor do rádio”.

Um dos nomes mais importantes da Rádio Barbacena, sem sombra de dúvida foi o de Mara Navarro. Sua arma principal era o timbre privilegiado de voz, suas inflexões perfeitas que ela esbanjava com categoria e um estilo muito pessoal.

Fez carreira, cantando vários gêneros como Maysa Matarazzo, Dóris Monteiro, Dolores Duran, Silvinha Teles, Ângela Maria e Lupiscínio Rodrigues. Depois fez televisão obtendo o sucesso merecido e fazendo uma legião de fãs.

O nome de Margarida Pardini Navarro figura em um dos pontos mais altos da radiodifusão barbacenense. Sinta-se justiçada por termos tido a oportunidade de honrar o seu nome no sentido de resgatar a história da Rádio Barbacena.

FONTE
Margarida Pardini Navarro.
Depoimento em outubro de 2005.
Maristela Navarro Brito.
Depoimento (diversos) ao longo de 2005.
Fernando Pardini Navarro.
Depoimentos (diversos) ao longo de 2005.
Revista “O Lince”. Ano: 48. Números: 1.310/1.311. Abril/Maio/1959.
Repórter: Antônio Gelli. Juiz de Fora. MG.
“Os Primeiros Tempos da ZYL-8 Rádio Barbacena”.
Autor: José Theodorico de Paula. Radialista e advogado. Janeiro/1976.

PRÓXIMA POSTAGEM
Paulo Jorge Barbosa.
Rádio Barbacena.

MARIA HELENA NAVARRO

MARIA HELENA NAVARRO

Maria Helena Navarro, natural de Barbacena onde nasceu no dia 16 de outubro de 1935.
Filha de Carlos Wilson Navarro e Helena Pardini Navarro.

Outro destaque da ZYL 8 cujo ingresso, deu-se em 1957, na função de locutora.

Conquistou um lugar de projeção pessoal na radiofonia barbacenense graças a sua capacidade profissional aliada a uma bonita voz caracterizada por um timbre inconfundível.

Foi designada para apresentar o famoso programa social “Às Suas Ordens” um dos horários lideres em audiência da Rádio Barbacena. Programa idealizado na gestão do diretor artístico João Baptista Leite em janeiro de 1948.

Apresentou também o programa de calouros “Parada Infantil” no Cine Brasil.

Maria Helena destacou-se também no radioteatro ao lado dos amigos Nadyr da Silveira e Hélio Costa. Como radioatriz interpretou uma infinidade de gêneros conquistando ao longo do caminho uma legião de fãs.

Contracenou ao lado de nomes como José Raimundo de Faria, Max Leandro “Tio Max”, Ionel Guimuzzi, Barbosa Silva, Odécio Reis, Armando Santiago, Louercy Marques, Sérgio Fernandes, Walmick Campos, José Francisco dos Reis Fortes “Pingo” e outros mais.

Na década de 50, participou do espetáculo teatral “A Família do Linhares” dirigido pelo professor e radialista Hilton Navarro.

A peça, apresentada no Cine Teatro Palace, recorde de público, recebeu atenção especial da imprensa mineira e elogios por parte da crítica especializada.

Maria Helena Navarro dona de uma simpatia incomum e, uma personalidade irradiante, conseguiu o máximo da sua carreira tendo a oportunidade de integrar um grupo de primeira linha da Rádio Barbacena à época, administrada, por Sônia Pereira da Silva. Ganhou um cartaz apreciável em toda Barbacena e região.

FONTE
Maria Helena Navarro.
Depoimento em dezembro de 2005.
Maristela Navarro Brito.
Depoimento (diversos) ao longo de 2005.
Fernando Pardini Navarro.
Depoimentos (diversos) ao longo de 2005.
Revista “O Lince”. Ano: 48. Números: 1.310/1.311. Abril/Maio/1959.
Repórter: Antônio Gelli. Juiz de Fora. MG.
“Os Primeiros Tempos da ZYL-8 Rádio Barbacena”.
Autor: José Theodorico de Paula. Radialista e advogado. Janeiro/1976.

PRÓXIMA POSTAGEM
Margarida Pardini Navarro “Mara Navarro”.
Rádio Barbacena AM.

segunda-feira, 17 de maio de 2010

ANTÔNIO LUIZ DUARTE

ANTÔNIO LUIZ DUARTE

Natural de Barbacena onde nasceu no dia 23 de outubro de 1962.
Filho de Otávio Manoel Luiz e Elza Otília Duarte.

Começou na A.B.C. Rádio e Televisão Ltda SUCESSO FM, no dia 2 de janeiro de 1986 como locutor noticiarista e repórter, permanecendo na emissora até 30 de agosto de 1995.

Em setembro de 1995, foi para a Rádio Energia de Juiz de Fora (Rádio Alvorada FM) na função de locutor operador onde permaneceu até 1º de julho de 1997.

Paralelamente, participou também como locutor operador, no período de 1º de outubro de 1995 a 28 de julho de 1997, do quadro funcional da Rádio Sociedade de Juiz de Fora (Rádio Solar FM).

Logo depois foi convidado para trabalhar na Rádio Betim Sociedade de Radiodifusão Ltda (Rádio Liberdade FM) no cargo de locutor operador, permanecendo na rádio, de 1º de agosto de 1997 a 28 de novembro de 1999.

Retornou para a SUCESSO FM, em 2 de maio de 2000, como locutor operador e editor de polícia. Também colaborou como redator para o Portal de Notícias BarbacenaOnline.

A parir daí foi conhecer outras culturas se afastando da Rádio Sucesso FM em julho de 2006.

Em 2008, mais precisamente no sábado de carnaval daquele ano, após se reunir com o amigo e diretor Marcelo Coelho, foi convidado para trabalhar em uma nova rádio “93,3 FM” que estava surgindo numa fusão com a antiga Show FM.

A partir de 3 de março de 2008, entrava no ar, a Rádio 93,3 FM onde Antônio Duarte segue acumulando até os dias de hoje, as funções de locutor, programador e redator.

Toninho Duarte comenta que:-> “todas as experiências que passei em Juiz de fora e em Betim, serviram-me para que eu, como radialista, deixasse para trás minha inibição e melhorasse meu improviso. O rádio contínua dinâmico e jornalístico por excelência, num contínuo processo de mudança e aperfeiçoamento. Fora de Barbacena, pude me aprimorar mais. Procurava algo que solidificasse minha carreira no rádio. Agradeço a Deus, a minha família e aos amigos do rádio, o êxito alcançado até o momento.É através de minha profissão que pretendo retribuir a amizade e o carinho que meus companheiros do rádio sempre me deram. Vamos continuar batalhando pela nossa radio 93,3 FM”.

A carreira radiofônica de Antônio Luiz Duarte segue marcada por momentos expressivos através da 93,3 FM.
Desprovido de vaidade sei que seu mérito reside no fato de ter enfrentado, com humildade, a parada proposta pelo rádio.

FONTE
Antônio Luiz Duarte.
Depoimentos em abril de 2005 e maio de 2010.

PRÓXIMA POSTAGEM
Maria Helena Navarro.
Rádio Barbacena AM.

LÁZARO ILMAR FERREIRA CARNEIRO "SÉRGIO FERNANDES"

LÁZARO ILMAR FERREIRA CARNEIRO "SÉRGIO FERNANDES"

Sérgio Fernandes. Um profissional intrépido, tanto quanto leal.
Nascido no Rio de Janeiro, Guanabara, em 2 de julho de 1928.
Seus pais:Athaildo Ferreira Carneiro e Maria de Lourdes Rodrigues Ferreira.

Em 1948, no início do segundo semestre a Rádio Barbacena, sofreu alterações substanciais em sua estrutura administrativa. A primeira dessas modificações foi a transformação nas bases da pessoa jurídica da entidade.

Isto é, a empresa local que se constituíra inicialmente numa sociedade por quotas de responsabilidade limitada, fora transformada em Sociedade Anônima. E, nessa oportunidade, várias pessoas, subscreveram ações ou, noutras palavras, entraram como acionistas da nova empresa.

Quanto à outra mencionada modificação, teria sido aquela relacionada com a estrutura administrativa interna da entidade através da exoneração do cargo de Diretor Comercial o jornalista Ney Peixoto do Vale, substituído pelo locutor Almeida Neto.

Á época, Walmick Campos, assume a direção artística em lugar de João Bathista Leite. Neste ensejo, surge como produtor de programas, Saulo Ramos. Tempos depois, Walmick Campos, designado pela Administração da RADINTERIOR, deixa a emissora para exercer atribuições na Rádio Industrial de Juiz de Fora. Ausenta-se também da Rádio Barbacena, Almeida Neto.

Enquanto isso, a Rádio Barbacena ia tentando preencher as lacunas que apareciam. Admite em seus quadros como locutores, Romeu Rainho, Lázaro Ilmar Ferreira Carneiro “Sérgio Fernandes” e Benedito Fernandes Carlos.

Já nessa altura, a Rádio Barbacena teria adotado o slogan “Emissora da Boa Vontade” com Sérgio Fernandes, no comando do Departamento Artístico da emissora.

Aprendi a admirar Sérgio Fernandes, quando dos meus primeiros passos na Rádio Barbacena em julho de 1971. Um camarada especial, que acreditava no ser humano como fonte de desenvolvimento artístico, principalmente, através dos caminhos do rádio. Educado e atencioso para com todos aqueles que dele tiveram a ventura de se aproximar.

Em relação ao talento artístico de cada um, Sérgio Fernandes, durante as conversações que mantínhamos, onde, diga-se de passagem, tirei excelentes ensinamentos, afirmava que a pessoa nasce com determinados dons de Deus e com sensibilidade para determinadas áreas.
Dizia que, o ser humano desenvolve ao máximo ou ao mínimo tais sensibilidades.

Enfatizava que, todo profissional do rádio tem que ser ambicioso, no sentido de que tem que fazer algo de singular, desenvolver projetos através da pesquisa e tentar uma linguagem nova.

Deixava bastante claro que, existem diversos tipos de profissionais: os gênios que são os que criam, os diluidores que já criaram um estilo, e os copiadores, medíocres.
Sérgio Fernandes se enquadrava na primeira linhagem, num aprimoramento constante de estilo, de uma determinada rota de pensamento, originalidade e contemporaneidade, sempre vislumbrando o futuro do rádio.

Lembro-me que, nas horas de folga, sempre procurava conversar com Sérgio Fernandes. Bons papos que, geralmente eram travados nas horas de folga tendo como palco a sacada localizada no último andar do prédio da Associação Comercial, na Praça dos Andradas ou na discoteca da emissora, sempre com a presença de outros bons amigos como Adauto Ayres Machado, Nadyr da Silveira, Vera Lúcia Gonçalves, Odécio Reis, Barbosa Silva, Marinho Luiz da Rocha, Paulo Jorge Barbosa, José Cláudio dos Santos e Benedito Fernandes Carlos.

Ser radialista para ele antes de tudo era um modo e uma alegria de viver, um dom dado por Deus. Amava o rádio, mas não se deixava levar pelo fanatismo.

Como diretor artístico da Rádio Barbacena, enfatizava que, exercer o radialismo em Barbacena, era na maioria das vezes driblar lutas de egos de políticos locais, mas acreditava que manter a sobriedade radiofônica era o passaporte para o reconhecimento da sua profissão e a abertura no futuro para o progresso do rádio barbacenense.

Sua história tem momentos que abrigam verdadeiras lembranças da Rádio Barbacena. Falar sobre Sérgio Fernandes é crescer intelectual e espiritualmente. Sérgio Fernandes morreu no dia 9 de outubro de 1974.
Iremos sempre recordar os seus programas, começando pelo primeiro deles: Sonho de Valsa levado ao ar nas manhãs de domingo.
Depois vieram tantos outros: Melodia da Saudade, Clube da Saudade e Sérgio Fernandes – Seu criado às suas ordens.
Todos cheios de romantismo, melodiosos e repletos de poesia.

Sérgio, também apresentou por longo período a Prece da Ave-Maria (idealizada em janeiro de 1948, pelo Monsenhor Mário Quintão).

Quando a Rádio Barbacena procurava se afirmar ao longo de 1948/1949, era mantida uma audição semanal de Radioteatro, coordenada, de início, por Walmick Campos e depois, por Sérgio Fernandes. O programa ia ao ar, sob o título de “CORTINA SONORA”.

Entre os anos (50 e 60) outra programação com o título “TEATRO DE SONHOS” manteve-se no ar envolvendo um bom número de atores e atrizes como: Clarisse Ferreira, José Mendonça, Théo de Paula, Elias de Souza e Silva, Virgilio Carlos, Carlos Alberto Júnior, Ana Maria Fiorino, Odécio Reis, Adauto Ayres Machado, Vera Lúcia Gonçalves, Cristóvan Abranches e outros mais. A coordenação e as peças eram radiofonizadas por Sérgio Fernandes com o apoio técnico e a sonorização de Nadyr da Silveira.

Foi uma honra tê-lo conhecido e chegado ao microfone da Rádio Barbacena, pela mão do saudoso amigo. Um ser humano que sempre me emocionou, tornou-se credor da minha admiração, sobretudo da saudade de todos nós radialistas.
Hoje, tenho a certeza que os anjos do céu continuam tocando nas suas harpas os acordes sonoros de Sumer Place, o prefixo do seu programa “Sérgio Fernandes – seu criado às suas ordens” que, segues apresentando também no céu.

Rogério Varandas.

FONTE
“Os Primeiros Tempos da Emissora ZYL 8 Rádio Barbacena” Janeiro/1976.
José Theodorico de Paula. Radialista, advogado e autor.
Solange Ferreira Carneiro. Depoimento em Agosto e Setembro de 2004.
Osmarino Eustáquio Coelho. Depoimentos em Outubro de 2004.

AGRADECIMENTOS
Solange Ferreira Carneiro
Sérgio Luiz Ferreira Carneiro

PRÓXIMA POSTAGEM
Antônio Luiz Duarte.
Rádio Sucesso FM.

VERA LÚCIA GONÇALVES DA SILVA

VERA LÚCIA GONÇALVES DA SILVA

Nascida em Barbacena no dia 09 de julho de 1945.
Filha de Guilherme Gonçalves da Silva e Maria José Nézio da Silva.

Vera Lúcia Gonçalves “Verinha” iniciou sua carreira na Rádio Barbacena em 19 de março de 1966, durante administração de Albertina Abrahão. Permaneceu na emissora até primeiro de abril de 1971.

No dia 23 do mesmo mês, ocupou pela primeira vez, o microfone da RB, em substituição ao locutor Ricarbene Antônio, apresentador do programa “Carnet Social” horário líder em audiência.
Graças ao seu desempenho, interesse e facilidade de improviso, foi convidada a produzir e apresentar o programa “Clube das Donas de Casa”.

Vera recorda que naquela época, quem trabalhava em rádio, tinha de ser eclético, pois nós fazíamos de tudo um pouco.

“Eu, por exemplo, devido às necessidades da época fiz os cursos de Jornalismo e Relações Públicas. Senti-me mais segura no desempenho do meu trabalho artístico e jornalístico. Para se ter uma idéia, eu além dos programas que apresentava diariamente, numa escala de segunda à sexta-feira, era convocada para participar do rádio-teatro, jornal falado, transmissões externas, apresentações especiais de shows e cantores. Recordo-me de uma apresentação ao lado do companheiro Adauto Machado, no Ginásio Silvio Raso, quando da visita à Barbacena de Wanderley Cardoso. Quando eu e Adauto o apresentamos o público foi ao delírio. E para completar a minha jornada, eu ainda trabalhava no escritório e na recepção da rádio”.

Quando a Rádio Barbacena procurava se afirmar, ao longo de 1948/1949, era mantida uma audição semanal de Radioteatro, coordenada, de início por Walmick Campos e depois, por Sérgio Fernandes. O programa ia ao ar, sob o título de “CORTINA SONORA”.

Entre os anos 50 e 60, outra programação com o título “TEATRO DE SONHOS” manteve-se no ar envolvendo um bom número de atores e atrizes como: Clarisse Ferreira, José Mendonça, Théo de Paula, Elias de Souza e Silva, Virgilio Carlos, Carlos Alberto Júnior, Ana Maria Fiorino, Odécio Reis, Adauto Ayres Machado, Vera Lúcia Gonçalves, Cristóvan Abranches e outros mais.
A coordenação e as peças eram radiofonizadas por Sérgio Fernandes com o apoio técnico e sonorização de Nadyr da Silveira.

Observa-se que, á época, houve especial intercâmbio, através dos programas com os elencos externos e itinerantes do GAT Grupo de Amadores Teatrais de Barbacena (liderado por Itamar Ribeiro e Osmar de Souza Faria) e da ATEB Associação Teatral Estudantil Barbacenense.

“Tive o privilégio de trabalhar ao lado de grandes profissionais como Sérgio Fernandes, Barbosa Silva, Adauto Machado, Olinto Moreira de Faria, Nadyr da Silveira, Armando Santiago, Marcus Vinicius Moreira Paes, Rogério Varandas, José Mendonça, Moreira Júnior, Odécio Reis, Walmick Campos, Paulo Barbosa e tantos outros. Vivi uma grande fase da ZYL 8 sob administração da amiga Albertina Abrahão. Trabalhei num rádio de verdade onde tudo era correto e real. Tínhamos uma forma de trabalhar que colocava o ouvinte em primeiro lugar, por isso acreditávamos num futuro promissor para a radiodifusão barbacenense” enfatiza Vera Lúcia Gonçalves.

O sucesso da Rádio Barbacena passou certamente pela competência e o carisma de Vera Lúcia Gonçalves. Muito me honrou ter convivido com ela através da minha caminhada profissional na Rádio Barbacena.

Lembro-me do dia em que assumi a apresentação do Programa Carnet Social (minha estréia no microfone da ZYL 8) a convite do amigo e Diretor Artístico Sérgio Fernandes e cercado pela atenção profissional de Verinha.

Vera Lúcia foi uma companheira especial.
Simples, educada, disciplinada e sincera. Intrépida, tanto quanto leal. Com o coração sempre aquietado e, esparramando sorrisos, pelos corredores da ZYL 8 configurou uma etapa de sua vida, através da história da Rádio Barbacena.

FONTE
Vera Lúcia Gonçalves.
Depoimento em julho de 2005.

PRÓXIMA POSTAGEM
Lázaro Ilmar Ferreira Carneiro “Sérgio Fernandes”.
Rádio Barbacena AM.

MANOEL ANTÔNIO DA SILVA

MANOEL ANTÔNIO DA SILVA

Natural de Barbacena onde nasceu em 18 de novembro de 1945.
Filho de Geraldo Antônio da Silva e Nezília Cruz da Silva.

Poucas palavras para definir quem realmente é Manoel Antônio, um profissional que, pela modéstia e pela humildade, jamais se colocou na posição de destaque que sempre mereceu. Um bravo guerreiro, que em nome de um idealismo, conseguiu ultrapassar uma série de obstáculos e consolidar a sua arte através dos tempos.

Seus primeiros passos na radiodifusão foram dados na Rádio Correio da Serra em 1965, na função de operador de externas na cobertura de eventos religiosos e jogos de futebol.

Tempos depois foi designado para trabalhar ao lado do comunicador Benedito Souza Fontes, no programa “Escolha a sua Música”. Em 1966 assumiu o cargo de discotecário e programador da Correio da Serra.

Em 1968, seu passe foi comprado pela ZYL 8 Rádio Barbacena.

Na Rádio Barbacena atuou na Divisão de Jornalismo ao lado do companheiro Barbosa Silva. Como técnico de som participou em diversos eventos externos sempre amparado pela maestria da dupla Marinho Luiz da Rocha e Nilo Milagres.

Acumulou também, as funções de programador, produtor musical além de colaborar com a Divisão de Esportes em sua área técnica.

Ao longo do ano de 1969, ainda em trânsito pelo prefixo ZYL 8 começou a sua carreira de “dee jay” (produtor de estúdio e musical) que se encerrou em 2002.

Permaneceu na Rádio Barbacena até 1971.

Por motivos particulares esteve afastado das suas atividades radiofônicas até 1976, período em que retornou para a Rádio Correio da Serra contratado como discotecário e programador musical, permanecendo na rádio até 1982.

Foi levado pela segunda vez a se ausentar do rádio até o ano de 1985, quando foi convidado para ingressar nos quadros da A.B.C. RÁDIO E TELEVISÃO LTDA Sucesso FM nas funções de programador e discotecário.

Também trabalhou na montagem da discoteca da rádio ficando responsável pela compra de discos e CDs e pela produção musical do programa Disque Sucesso.

Hoje além, da função de discotecário, também é responsável pela catalogação de discos de vinil e CDs.
Desde julho de 2009, exerce a função de produtor musical do programa Primeira Classe, edições levadas ao ar às sextas-feiras a partir das 22h, com apresentações em dualidade com José Rubens de Albuquerque e Rogério Barbosa.

Manoel Antônio da Silva, apontado como um estudioso de obras literárias e musicais de autores brasileiros e estrangeiros em rádios se diz contrário a todo o tipo de “apelação” e falsa cultura musical nacional e importada.

Demonstrando uma capacidade cada vez mais aguçada, Manoel Antônio, segue colecionando uma série de motivos como marcas da sua vida profissional.
Um amigo leal embalado por uma história de amor ao rádio!

FONTE
Manoel Antônio da Silva.
Depoimento em março de 2005 e maio de 2010.
Osmarino Eustáquio Coelho, o Bolinha.
Depoimento em junho de 2005.
Acervo documental (diversos).
Projeto Radiodifusão “A História das Emissoras de Rádio de Barbacena”.

PRÓXIMA POSTAGEM
Vera Lúcia Gonçalves.
Rádio Barbacena AM.

domingo, 16 de maio de 2010

HÉLCIO DO CARMO


Observe a foto: a corujinha, de hábito crepuscular e noturno, se encontra pousada justamente... "onde a coruja dorme".

HÉLCIO DO CARMO

Olá Rogério e amigos do blog Radiodifusão,
Sou natural de Cristiano Otoni, onde nasci no dia 1 de junho de 1938.
Meus pais: Orlando do Carmo e Margarida Marques do Carmo.

Sou associado da AMCE Associação Mineira de Cronistas Esportivos e afiliado a ABRACE Associação Brasileira de Cronistas Esportivos.

Inicie minha carreira na Rádio Correio da Serra AM na década de 80, levado pelo companheiro Silva Júnior. A emissora, à época, se localizava no edifício do antigo Automóvel Clube, no centro da cidade. Lembro que, hoje, a emissora se encontra novamente instalada no mesmo endereço.

Lá, dei os primeiros passos rumo à área do esporte acumulando as funções de editor, produtor de programas esportivos, locutor entrevistador e repórter. Motivei-me escutando o famoso Denis Menezes, à época, excelente repórter da Rádio Globo do Rio.

Fiz a minha estréia trabalhando como repórter de campo, numa cobertura de uma partida valendo pelas finais do Campeonato Mineiro entre o Atlético x Cruzeiro.
O Atlético, treinado por Têle Santana sagrou-se campeão com um gol do jogador Saulo.
Encerrada a partida, a massa atleticana foi à loucura numa explosão de alegria originando uma festa jamais vista no Mineirão.

Recordo-me que, durante a volta olímpica dos jogadores, realizei, na base da correria, a minha primeira entrevista ouvindo o jogador Saulo. Agi de forma rápida. Não sei como, consegui falar com o jogador primeiro do que os demais colegas presentes no Mineirão.
Daí fui apelidado pelos companheiros das emissoras da capital como o “Ligeirinho”.

Em 1997 passei a conciliar a Correio da Serra, com a Rádio Itatiaia de Ouro Preto na consolidação de uma grande parceria direcionada às jornadas esportivas através do sistema de transmissões ITASAT.

Colaborei também em outras emissoras de Minas, como a Rádio Educadora de Coronel Fabriciano, Rádio Divinópolis, Itabira e Acaiaca (Itabira) e Rádio Caratinga (Caratinga).

Além das atividades no rádio, idealizei e dirigi, antes da minha ida para a Correio, as edições do Esporte em Revista lançada na primeira quinzena de abril de 1967, com revisão do amigo Célio Copatti Mazoni e trabalho fotográfico do Foto Canário.

Na Correio da Serra além do Bola Dividida, sucesso de audiência nos anos 90, idealizei e apresentei o programas Terceiro Tempo e Arquibancada Show, levados ao ar pela antiga (Rádio Show) hoje, 93,3 FM.

Aprendi a dedicar-me por inteiro, às coisas do rádio, que sempre amei e passei a conhecer como poucos.
A Rádio Correio da Serra passou a ser parte da minha vida e a menina dos meus olhos.

Ao longo do tempo, resisti aos impactos às vezes impostos pela trajetória radiofônica, conseguindo me manter de pé. Na Rádio Correio da Serra, continuo estrada afora trabalhando e convivendo com grandes profissionais.

Atualmente, coordeno e apresento o programa de esportes Terceiro Tempo (em sua nova versão). Também colaboro com o setor artístico da emissora participando do programa musical, social e jornalístico do companheiro Odair Ferreira.

Rogério eu me sinto profundamente feliz, em deixar a minha parcela de colaboração registrada no projeto Radiodifusão. Um trabalho digno do nosso aplauso e que, com certeza, perpetuará a história do nosso meio radiofônico. Fraterno abraço e obrigado pelo seu carinho!

FONTE
Hélcio do Carmo.
Depoimentos em julho de 2007 e maio de 2010.
Foto/Hélcio do Carmo. Estádio Magalhães Pinto "Mineirão".

PRÓXIMA POSTAGEM
Manoel Antônio da Silva.
Rádio Sucesso FM.

quarta-feira, 12 de maio de 2010

ANTÔNIO MARCOS PINTO

ANTÔNIO MARCOS PINTO

Natural de São João Del Rey onde nasceu no dia 20 de agosto de 1963.
Filho de Geraldo Pinto e Eni Barbosa Pinto.

Antônio Marcos começou a trabalhar aos 13 anos como contínuo na Contabilidade Silas Ribeiro de Moura e, em seguida, na Contabilidade Palmyra. Aos 14 anos, foi atuar como escriturário no Cartório de Registro Civil Arthur Magalhães de Souza.

Aos 17 anos, incentivado pela mãe, prestou concurso público para a Caixa Econômica do Estado de Minas Gerais (MinasCaixa), sendo aprovado em terceiro lugar, iniciando como economiário no cargo de escriturário.

Na agência de Barroso, onde trabalhou por cerca de 13 anos, realizou inúmeros cursos internos de qualificação profissional. Passou pelos setores de Cadastro, Centralização, Carteiras Habitacional, Agrícola e Bancária, Caixa-Executivo e Sub-Gerência.

Com a extinção da MinasCaixa, no início da década de 90, foi transferido para a Secretaria de Estado de Educação, sendo lotado na Escola Estadual Francisco Antônio Pires, em Barroso.
Pouco tempo depois, desligou-se do Estado.

Mais tarde, prestou seus serviços à Cooperativa de Crédito Campo das Vertentes (Credivertentes), do sistema Banco Cooperativo do Brasil (Bancoob).

Antônio Marcos iniciou sua carreira artística como locutor aos 15 anos de idade, sendo contratado pelo sistema de sonorização “Stúdio JF” de Barroso.

Em 28 anos de profissão, foi assessor de Comunicação da Prefeitura de Barroso, assessor de Imprensa da Câmara Municipal de Barroso, e, como comunicador, atuou em mais de 125 municípios mineiros, tendo como sua principal agenciadora a “Tempo Livre Promoções” com sede na cidade de Coronel Xavier Chaves.

Nessa trajetória, recebeu as seguintes homenagens:
>Diploma de “Honra ao Mérito” como “Locutor Revelação Regional”, por uma empresa de comunicação de São João Del Rei.
>Homenageado por duas vezes pela Prefeitura de Cipotânea em reconhecimento pelo trabalho de apresentador da Festa do Milho.
>Agraciado com a placa de “Locutor Destaque Regional” pelos organizadores de uma das edições da Exposição Agropecuária de Senador Cortes, na Zona da Mata.
>Homenageado como “Locutor Destaque” em um dos Carnavais e uma das edições da Festa da Cavalhada, em Mateus Leme, próximo a Divinópolis.

Gravou dois CDs com narrativas bíblicas e de reflexão.

Antônio Marcos começou como radialista em 1989, na A.B.C. Rádio e Televisão Ltda - SUCESSO FM, em Barbacena, como estagiário de programação, e, paralelamente, gravando comerciais em estúdio.
Essa rotina deu-se por um período de seis meses, aproximadamente.

Logo depois, em razão de sua experiência como locutor e na área de reportagem, foi convidado pela direção da emissora para atuar como repórter.

Acumulando experiência e sempre atento aos ensinamentos de seus companheiros de trabalho, conseguiu a confiabilidade e a credibilidade da direção-geral da emissora, sendo promovido a diretor de Jornalismo, cargo que ocupa desde 2000. Apresenta o programa Contato Direto.

Antônio Marcos, dono de uma das mais belas vozes do rádio, integrou a Assessoria de Comunicação do então deputado federal Hélio Costa, em seu segundo mandato.

Foi um dos assessores de Imprensa na campanha vitoriosa de Hélio Costa para o Senado, participando ativamente dos compromissos políticos do então candidato por todo o Estado de Minas Gerais.

FONTE
Antônio Marcos Pinto.
Depoimentos em julho de 2005 e Maio de 2010.
Companheiros da A.B.C. Rádio e Televisão Ltda – Sucesso FM.
Departamento de Jornalismo Sucesso FM.

PRÓXIMA POSTAGEM
Hélcio do Carmo.
Rádio Correio da Serra.