sábado, 28 de agosto de 2010

ANTÔNIO AUGUSTO DE CASTRO

Nasceu em Ressaquinha no dia 08 de junho de 1923.
Filho de Augusto Pita de Castro e Dolores Maria de Castro.

INÍCIO NO RÁDIO
Começou a trabalhar como estagiário, no Rio de Janeiro, em 1948, exercendo a função de operador de som nas Rádios Nacional e Globo.

Também trabalhou nas Rádios Bandeirantes e Aparecida, SP; Difusora de Petrópolis, RJ; Industrial e Capital de Juiz de Fora; Cultura de Santos Dumont, MG.

FORMAÇÃO RADIOFÔNICA
Antônio de Castro assevera que naquela época, cultuava-se um rádio serio. “Orgulho-me de ter tido uma formação respaldada por um rádio de verdade, feito com amor e dignidade. Lembro-me das programações musicais realizadas ao vivo, onde não se podia jamais errar. Um tempo em que os locutores, editores e repórteres eram observados de perto por seus diretores setoriais. De um tempo em que os textos levados ao ar eram rigorosamente analisados e revisados pelos contra-regras de estúdio. De um tempo de locutores capacitados e dos comerciais bem montados. Hoje, pelo que tenho observado, o rádio se esvaziou. Não existe mais a preocupação direcionada a qualidade”.

ALCEU NUNES DA FONSECA e ANDRÉ GUSTAVO DE MURTÚ
Antônio Augusto, escarafunchando os porões do passado destaca a figura do empresário Alceu Nunes da Fonseca.

Foi o grande responsável pela sua orientação profissional, quando da sua estada no Rio de Janeiro, onde morou por alguns anos. Época, em que ele trabalhava no Circo do Dú, na Praça da Bandeira.

Depois de conhecê-lo, recebeu o convite para ingressar em sua organização de radiodifusão conhecida como “Radinterior”, uma verdadeira “plantadora de antenas” por este Brasil afora.

Também foi muito apoiado pelo amigo André Gustavo de Murtú, Supervisor Geral da Organização Radinterior Ltda e sogro de Alceu Fonseca.

RÁDIOS BARBACENA e INDUSTRIAL
Augusto voltou para Minas Gerais, em 01 de janeiro de 1951, contratado nas funções de operador de som e de auxiliar de estúdio, para trabalhar na Rádio Barbacena AM, onde prestou serviços até 01 de agosto de 1952.

Em seguida, promovido ao cargo de locutor, foi transferido para a Rádio Industrial de Juiz de Fora, hoje, Rádio Capital AM onde atuou até 26 de julho de 1958.

Neste mesmo período, alternou seu trabalho entre as duas emissoras atendendo às necessidades da Radinterior.

Augusto de Castro se afastou profissionalmente do meio radiofônico em 8 de janeiro de 1981, como funcionário da Rádio Capital de Juiz de Fora.

RÁDIO BARBACENA – FASE TRANSITÓRIA
Augusto recorda que participou da vida da Rádio Barbacena, até a sua fase de transição em 1955, quando a emissora foi transferida por Alceu Nunes da Fonseca para a família Bias Fortes.

COMPANHEIROS DA ZYL 8
Na ZYL 8 (administração Bias Fortes-1956), fez inúmeros companheiros: Sônia Pereira da Silva (Diretora), Carlos Alberto Gonçalves (Gerente Administrativo), Nilo Milagres, Walmic Campos, Barbosa Silva, José Raimundo de Faria, Vicente Maia Carneiro, Romeu Rainho, Paulo Jorge Barbosa, José Francisco dos Reis Fortes, Geraldo Magela, Odécio Reis, Armando Santiago, Nadyr da Silveira, Leonardo Malta, Antônio de Castro, Nilcéa Prenassi, Islam Gomes de Azevedo, Maria da Glória Sampaio dos Santos, Marinho Luiz da Rocha, Sérgio Fernandes, Benedito Fernandes Carlos, Hélio Costa e outros mais.

DESEMPENHO PROFISSIONAL
Augusto de Castro fez um pouco de tudo na Rádio Barbacena, atuando nos setores artístico, jornalístico, esportivo e técnico de externas.

Enfatiza que, no esporte, como suporte técnico, trabalhou ao lado de Barbosa Silva, José Raimundo de Faria, Armando Santiago, Paulo Sérgio, Belarmino Azevedo, Odécio Reis, Júlio Zilbert e Pio Canêdo.

Por solicitação de Barbosa Silva, à época, chefe da Divisão de Esportes, realizou uma série de transmissões em parceria com a Rádio Mauá AM do Rio de Janeiro, comandada por Orlando Batista.

Na área regional trabalhou na manutenção técnica das transmissões simultâneas de Carandaí, São João Del Rei e Barbacena.

No jornalismo, como técnico de externas, assessorou Walmic Campos, Marinho Luiz da Rocha, Barbosa Silva e Hélio Costa.

RÁDIO CULTURA DE SANTOS DUMONT
Castro idealizou e apresentou diversos programas pelo microfone da Cultura ZYV 8, entre eles o musical “Fim de Semana” com a colaboração efetiva de Itamar Vidal, da dupla Jair e Lainôr e do cantor “Carioca”.

Criou os personagens humorísticos “Zé Pindoba” e “Zé Moamba”.
Notabilizou-se como apresentador dos programas “Meu sertão”, “Momento de Meditação”, “Rádio Atrações” (programa de auditório em parceria com Sérgio Fernandes), “Rádio Show” (também em parceria com Sérgio Fernandes).

Antônio de Castro prestou também sua colaboração ao setor jornalístico da ZYV 8, redigindo e apresentando o “Informativo V-8”, focalizando especialmente a atividade policial.

Produziu e dirigiu ao lado dos radialistas Cauby Silva, Odilon Guerra, Cláudio Keler, Aloísio Costa e do Diretor Superintendente da Rádio Cultura José Freixo, o programa especial comemorativo ao 6º aniversário de fundação da emissora.

REVISTA DO RÁDIO
Augusto lembra que, como correspondente da Revista do Rádio, manteve uma coluna com notícias pertinentes a radiodifusão em Minas Gerais, especialmente, das emissoras pertencentes ao agrupamento da Radinterior. “Empresariei vários artistas entre eles: Orlando Silva, o “cantor das multidões” Cauby Peixoto, Carlos Galhardo, Marlene, Ângela Maria, Nely Grey (cantora da Rádio Industrial de Juiz de Fora), Betty Day e Dlores Delmar (artistas da Rádio Belgrano de Buenos Ayres, em rápida temporada na ZYV 8 Rádio Cultura de Santos Dumont. Tempos que considero como maravilhosos” recorda o radialista.

CASTELO FORTE FM
José Augusto de Castro, hoje, aposentado e morando em Juiz de Fora, administra em parceria com amigos, a Rádio Comunitária Castelo Forte FM 88.2 pertencente à comunidade de Monte Castelo.

FONTE
Antônio Augusto de Castro.
Depoimento em dezembro de 2007.
José Maria Alvim Silva.
Apoio documental ao longo de 2007.

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Bellarmino de Azevedo Junior.
Rádios Barbacena AM e Correio da Serra AM.

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