segunda-feira, 12 de julho de 2010

WALTER ANTÔNIO MÖELLER

Nasceu a bordo de um navio de bandeira alemã em águas territoriais internacionais chilenas no dia 24 de novembro de 1948.

Neto do empresário e migrante alemão Henrique Hëlver Möeller vindo para o Brasil em 1894.

Filho de Walter Arthur Möeller natural de Berlim – localizada na região Nordeste da Alemanha e de Alice de Castro Möeller natural de Guadalupe – município da Espanha na província de Cáceres, comunidade autônoma da Extremadura.

Walter Antônio Möeller que, possui dupla nacionalidade – brasileiro por solo e alemão e espanhol por (*jus sanguinis) desembarcou no Brasil em companhia de seus familiares no porto de Porto Alegre, Rio Grande do Sul, RS.

Para falar de Walter Antônio Möeller é necessário fazer uma rápida síntese da história de seus familiares, vindos da Alemanha e Espanha para o Brasil.

Os motivos que trouxeram o seu avô Henrique Hëlver Möeller ao Brasil remotam ao ano de 1894, após atender a convite do amigo e advogado Afonso Augusto Moreira Pena – opositor político do então presidente da República Prudente José de Morais e Barros.

No Brasil fixou residência na localidade de Córrego do Alberto – hoje, município de Alfredo Vasconcelos, MG, onde movido por forte idealismo construiu um pequeno frigorífico. Também investiu no setor de hortifrutigranjeiros. Tornou-se conhecido com um dos maiores plantadores de morango da região.

Na realidade a família de Walter Antônio Möeller teve como primeira base a migração do seu avô Henrique Hëlver Möeller. Em 1948, outros membros da família também migraram para o Brasil, inclusive Walter Arthur Möeller.

Depois desta rápida exposição vamos focar na trajetória radiofônica de Walter Antônio Möeller diversas vezes premiado com Moções Honrosas por parte do Governo do Estado de Minas Gerais.

Começou no rádio a convite dos radialistas Barbosa Silva e Nadir da Silveira compondo o corpo de jurados do “Programascope” uma programação para calouros.

Dado ao seu potencial vocal, foi convidado para integrar o elenco do programa “Flagrantes” apresentado pelo radiojornalista Barbosa Silva.
No mesmo horário, passou a apresentar o “Boletim da Câmara” além de tornar-se o responsável pelas coberturas jornalísticas da emissora.

Conhecido do público e mostrando uma capacidade profissional acima da média, foi convidado por Nadir da Silveira para apresentar o programa “Sábado Alegre” lançado em 1978 pelo radialista Mauro Nascimento Filho. Horário produzido, editorado e dirigido por Nadir da Silveira. Walter Möeller esteve à frente do programa por mais de três anos.

Tempos depois ladeado pelo radiojornalista Paulo Jorge Barbosa e Nadir da Silveira – ajudou a criar o jornal “RB Tribuna” com uma tiragem inicial de cinco mil exemplares.

Devido ao seu trabalho jornalístico desenvolvido na Rádio Barbacena, foi convidado e credenciado, para escrever para os mais diversos órgãos de imprensa a nível estadual e nacional.

Manteve, durante vários anos, uma coluna semanal no Jornal de Minas e Estado de Minas de Belo Horizonte e no Diário Mercantil de Juiz de Fora. Em Barbacena manteve colunas nos jornais – A Época, Tribuna da Mantiqueira, Cidade de Barbacena, RB Tribuna, Correio da Serra e Correio Mineiro.

Quando da morte de Tancredo Neves foi convidado pelo diretor da rádio Correio da Serra Ivair Toledo de Paiva, para cobrir o sepultamento do ex-Presidente. Acompanhado pelo radialista Luiz Lúcio de Almeida realizaram reportagem especial, ouvindo o Presidente da República José Sarney, quando do seu desembarque no Aeroporto de Barbacena a caminho de São João Del Rei.

Os dois repórteres entrevistaram também outras autoridades como Marco Maciel, Newton Cardoso, Evandro de Castro Lins, Murilo Badaró, Aureliano Chaves, Antônio Brito – que se tornou mais tarde Governador do estado do Rio Grande do Sul, Negrão de Lima, Francelino Pereira, Dom Oscar de Oliveira e Dom Serafim Fernandes Araújo.

Dois momentos marcaram a carreira de Walter Möeller.
O primeiro, quando o então Presidente da Câmara Municipal Amarílio Augusto de Andrade trouxe a Barbacena, o jurista barbacenense Heráclito Fontoura Sobral Pinto para a solenidade de instituição da Medalha “Sobral Pinto” ocasião, em que estiveram mais uma vez na cidade o então presidente da República José Sarney acompanhado de Marco Maciel além de ministros e senadores.

O segundo, foi quando da morte do Dr. José Bonifácio de Andrada, ocasião em que Walter Möeller – gravou e conduziu todas as homenagens ao saudoso político. Barbacena, na época, recebeu um grande número de personalidades políticas entre elas Hélio Carvalho Garcia e do então Governador Aécio Neves da Cunha.

Anos mais tarde Walter Möeller transferiu residência para Belo Horizonte, permanecendo na capital mineira por 18 anos, exercendo funções junto ao Governo do Estado de Minas Gerais.

É considerado um dos mais competentes comunicadores mineiros, além de ser reconhecido como excelente redator e técnico em diagramação de jornais.

Mesmo com a agenda cheia, não deixou o rádio nem a redação dos jornais. Continuou escrevendo para o Tribuna da Mantiqueira em Barbacena e, em Belo Horizonte para o Jornal de Minas e para o tablóide Cavaleiro Negro de propriedade do ex-goleiro do América Mineiro Jardel Moreira Lemos.

Em Belo Horizonte, também atuou nos quadros das rádios Mineira e Inconfidência além da TV Minas.

Na capital mineira, contratado da Agência Lamê Noau, apresentou diversos shows atuando em casas noturnas como Tulipão, Tulepas Show e New Sagitarius.

Contratado pelo empresário Carlos Alberto de Deus apresentou uma variedade de shows no Parque da Gamelheira e em mais de 68 munícipios, destacando-se as Exposições Agropecuárias de Uberlândia, Uberaba, Corinto e Curvelo quando da apresentação dos artistas Roberto Carlos, Roberta Miranda, Simone, Martinho da Vila, Alcione, Leandro e Leonardo, Paulinho da Viola e Rio Negro e Solimões.

Durante dois anos escreveu os textos de um dos mais marcantes personagens da famosa Escolinha do Professor Raimundo o “Jovelino Barbacena” – interpretado pelo ator e humorista Antônio Carlos Pires – pai da atriz Glória Pires.

Walter Antônio Möeller sempre foi um boêmio inveterado tendo como amigos da noite Vinícius de Morais, Toquinho, Azeitona, Costinha, Paulo Goulart, Agildo Ribeiro, Dayse Guasteme, Milton Nascimento, Gilberto Gil, Saulo Laranjeira, Acir Antão, Eduardo Costa e Walter Silva – nomes ligados à música, ao rádio e a televisão.
Após 18 anos trabalhando em Belo Horizonte, retornou a Barbacena.

Uma curiosidade marcou a vida de Walter Möeller quando das suas passagens pelas emissoras de rádio de Barbacena: fazia questão de que constasse em seu contrato de trabalho, um “item especial” de que jamais falaria e escreveria qualquer tipo de crônica denegrindo a imagem das famílias Andrada ou Bias Fortes primando sempre pelo jornalismo imparcial.

Walter Antônio Möeller hoje, ausente das atividades jornalísticas, reside em Barbacena trabalhando como Oficial de Defensoria junto ao Fórum Mendes Pimentel.

FONTE
Walter Antônio Möeller.
Depoimentos em maio, junho de 2005 e julho de 2010.
Ana Carolina Assis.
Apoio documental ao longo de 2010.

*Jus sanguinis;;; Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Pronuncia-se (ius sánguinis).
É um termo latino que significa “direito de sangue” e indica um princípio pelo qual uma nacionalidade pode ser reconhecida a um indivíduo de acordo com sua ascendência. O jus sanguinis contrapõe-se ao jus soli que determina o “direito de solo”.
O princípio de sangue foi forjado principalmente em conseqüência das grandes emigrações européias dos séculos XIX e XX, visando a dar um abrigo legal aos filhos dos emigrantes nascidos fora do território de determinada nação.

Ainda hoje, na maioria dos países europeus, o princípio do jus sanguinis ainda se mantém como forma principal da transmissão da nacionalidade, o que tem sofrido críticas crescentes pois privilegia filhos de europeus nascidos no exterior em detrimento de filhos de imigrantes não-europeus nascidos na Europa. Muitos países como o Reino Unido e, mais recentemente, a Alemanha já modificaram suas leis e passaram a adotar o princípio de sangue aliado ao princípio de solo em suas leis de nacionalidade.

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Maria da Glória Sampaio.
Rádio Barbacena AM.

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