segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

LUIZ DIAS DA SILVA

Quem sou
Meu nome: Luiz Dias da Silva. Mas todos me chamam de Luiz Penna. Nasci no dia 23 de maio de 1964, no município de Antônio Carlos/MG. Meus pais: Nelson da Silva e Hilda Fernandes Araújo.

Sou jornalista, videomaker, projetista gráfico, escritor, radialista, produtor de tv e blogueiro. Atualmente estudo direito e meio ambiente. É bom lembrar que o apelido Penna, se tornou um hipocorístico que me acompanha desde a adolescência.

Durante algum tempo participei do movimento estudantil em Divinópolis. Mas o meu envolvimento na política começou mesmo no início da década de 80, quando era militante do Partido dos Trabalhadores e fazia parte de um grupo formado em Santos Dumont, pelo então deputado federal do PT, Luiz Dulci [que foi ministro do presidente Luiz Inácio Lula da Silva].

Em 1992, fui um dos principais auxiliares do candidato a prefeito em Barbacena, Fred Ayres, na área de comunicação; quando Ayres se candidatou a deputado estadual (PSB) em 1994, mais uma vez fui convidado para atuar como um dos seus estrategistas de campanha.

Durante um bom tempo assessorei, na área de comunicação, o então deputado estadual Toninho Andrada (PSDB), que hoje é presidente do Tribunal de Contas do Estado de Minas Gerais (TCE).

O começo
Tudo começou em Santos Dumont, na rádio Cultura AM, comandada pelo radialista Gilberto Freire. Fiz o primeiro teste de locução e passei. No dia seguinte já tinha a função de cobrir os acontecimentos políticos de Santos Dumont.
Aos 19 anos e com muitas idéias na cabeça eu levava na mochila um gravador (enorme e pesado), para produzir matérias para a rádio. Foi um tempo de grande aprendizado.

O meu interesse na área da comunicação cresceu quando fui trabalhar, na década de 80, na rádio Castelo Branco FM, em Divinópolis, onde tive o privilégio de ter como professor o jornalista Flávio Flora, hoje um dos maiores nomes da intelectualidade mineira, que conhece como ninguém os labirintos da mídia e do poder.
Nesta ocasião, convivi com figuras importantes da intelectualidade da cidade. Adélia Prado, Júlio Régis e muitas outras pessoas interessantes preenchiam esse cenário rico de elementos culturais.

Depois de uma boa temporada em Divinópolis segui para Lagoa da Prata para fazer um programa na rádio Tropical AM. Foi muito legal esse período, pois conheci toda a região do Centro Oeste Mineiro.

Período intermediário
No começo da primavera de 1986, deitado na cama de um quarto de hotel em Lagoa da Prata, recebo um telefonema de Roberto Cunha (o todo poderoso do Sistema Regional de Comunicação em Juiz de Fora, me convidando para trabalhar na rádio Manchester FM). Era única FM da cidade com uma audiência de dar inveja. Tempo bom e extremamente criativo. A equipe não poderia ser melhor. Joe, Mirtes, Gil Horta, Magrão, Daniela Merheb, Isabela Ladeira, Guto e eu. Fazíamos um trabalho legal.

Como eu trabalhava das 22h às 2h da manhã na Manchester FM, fui convidado por Beto Lavinas (proprietário de todas as rádios) a fazer um programa em Três Rios (Rádio Regional FM), das 14h às 18h. Era uma correria. Tinha que chegar as 18h30 na rodoviária e pegar o ônibus para Juiz de Fora, para dar tempo de tomar banho, comer alguma coisa e ir para a Manchester FM. Uma loucura. No dia seguinte acordava, tomava café... Dava um tempinho para almoçar e voltava para Três Rios.

Um dia visitando Barbacena resolvi conhecer a mais nova rádio da região das Vertentes, que era a Sucesso FM. Procurei Rubens Albuquerque, diretor artístico, para fazer um teste. Ele me contratou de imediato.

A partir deste momento comecei a ter uma forte relação profissional e política na cidade e nos municípios circunvizinhos. Em Carandaí trabalhei na rádio Fama FM; em São João del Rei fui produtor e locutor da rádio Vertentes FM.

Durante um período fiz alguns programas independentes. Um deles se chamava ZOOM, que veiculou na rádio Sucesso FM no início da década de 90, que apresentava temas do cotidiano: amor, preconceito, corrupção, loucura, meio ambiente e vários assuntos. Entrevistei Frei Beto, João Bosco, Ziraldo, Adélia Prado e mais de 1.000 pessoas.

Dessa experiência eu produzi alguns documentários: “Que país é este?”, 1990; “Movimento Terrestre”, 1991; “Lugar Nenhum”, 1992; e a história do artista plástico italiano Benine, 1993. Todos esses trabalhos tiveram uma ótima recepção por parte do público.

O que teve mais destaque foi o documentário “Movimento Terrestre” [ele foi visto na França, Bruxelas e Canadá], selecionado para representar Minas Gerais na Eco-92, no Rio de Janeiro, entre os mais de cem títulos vindos de várias partes da França e do Brasil.

Rodado e montado inteiramente usando imagens das ruas de Barbacena e das belas paisagens da Serra de Ibitipoca, “Movimento Terrestre” foge das tendências mais voltadas para o cientificismo que predomina nas produções francesas, mas consegue expor com muita clareza quais são os principais problemas ambientais que o homem terá que enfrentar. O corpo de jurados foi composto por Nelson Pereira dos Santos, Ana Magalhães, Grande Otelo, jornalistas e cineastas franceses.

Jornalismo impresso
No jornalismo impresso atuo há 25 anos. Comecei como cronista e ensaísta no jornal Cidade de Barbacena, dirigido por Marcelo Gonçalves, tendo Edson Brandão como Chargistas e Sérgio Ayres como redator. Depois disso colaborei para o mais novo órgão de comunicação de Barbacena, que era o jornal de Sábado.

Em 1995, recebo o convite de Toninho Andrada para trabalhar na 104 FM (tempos depois Show FM, hoje 93,3 FM). A partir daí a minha relação com Toninho cresce e em 1998, ele me faz outro convite. Por sinal bastante desafiador: assumir o cargo de redator chefe do jornal Correio da Serra. Eu aceitei e dei uma virada no conceito editorial e gráfico do jornal.

Depois disso surge um outro convite. Esse mais desafiador ainda: colocar a TV Campos das Vertentes no ar. A primeira emissora com programação local. Topei e fui escalado para ser supervisor geral da TV e editorialista. Essa fase foi maravilhosa. Pois a equipe era top.

Em 2003, a convite de Toninho Andrada, fui para Juiz de Fora dirigir o jornal Correio Mineiro (que circulou durante três anos nas regiões da Zona da Mata e Vertentes); em 2007, sou indicado para dirigir o jornal Correio do Paraibuna em Juiz de Fora (esse jornal fez barulho); em 2009, voltei a assumir o cargo de redator chefe do jornal Correio da Serra, em Barbacena.

Literatura, política e projetos
Já publiquei um livro de contos, que se chama “Mentes Insanas” e produzi vários trabalhos (poesia visual) que expôs em vários lugares. Já produzi mais de 400 ensaios e 300 mini contos. Tenho 350 editoriais escritos (todos publicados em jornais e revistas).

Em 2010, fui candidato a deputado federal pelo Partido Verde. Muita gente ficou surpresa com a minha candidatura, e a questão principal era: “porque esse cara está saindo a candidato a deputado?”. Antes de qualquer coisa, sem ser enfadonho e demagogo, eu queria pensar algo diferente, que ultrapassasse a ortodoxia ideológica vigente.

E para isso me inspirava em autores nobres e profundos. E uma das pessoas que achava legal de ler era Elinor Ostrom, que recebeu o Prêmio Nobel de Economia em 2009. Em sua opinião, a base de uma nova transformação econômica virá de associações construídas através da coletividade.

Vi que esse pensamento ilustrava com dignidade o momento atual, pois sem ele estaremos fadados ao fracasso. Essa virada de página, de uma visão tradicionalista para uma voltada aos benefícios da troca, se faz notar no dia-a-dia. Afinal de contas, vivemos em uma nova era do aprendizado humano, que é o princípio cooperativo.

Esse foi o principal mote que me impulsionou a valorizar projetos relacionados com a arte sustentável, através de uma economia estruturada pelo talento do povo, para conquistarmos de fato a nossa cidadania plena.

Por isso e por outras idéias me lancei a candidato a deputado federal pelo PV, com a proposta de atuar em áreas relacionadas com o conceito de desenvolvimento sustentável, que possam abrir novas modalidades no crescimento coletivo.

Ser candidato foi uma experiência fantástica, pois amadureci e abri um leque de relações pelo estado que me possibilitou a construção de muitas amizades sinceras.
No Rio de Janeiro estou desenvolvendo vários projetos. Alguns na área ambiental e outros relacionados com artes gráficas.
Também mantenho um blog www.luizpenna43.wordpress.com que está hospedado no site do Mundo Mix em Barbacena.

FONTE
Luiz Dias da Silva. Depoimento e apoio documental em 28 de janeiro de 2012.
PRÓXIMA POSTAGEM
Paulo José de Andrade.Rádio Barbacena/Globo AM.

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